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O DESENVOLVIMENTO HUMANO NA TEORIA DE PIAGET

Por:   •  16/8/2017  •  1.396 Palavras (6 Páginas)  •  843 Visualizações

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(2 a 7 anos): Para Piaget, nesse ponto de vista, “o raciocínio da criança pré-operatória é sincrético, não se baseia na lógica, mas sim na contiguinidade.” Outro fato interessante “nesse período é a possibilidade de imitação. A criança tem a capacidade de imitar uma série de situações, pessoas, símbolos, etc.” (Stoltz pg.30). Marcada pelo aparecimento da linguagem oral por volta dos dois anos a qual da possibilidade da criança construir esquemas de ação interiorizados chamados de esquema representativos ou simbólicos, nessa fase a criança pode substituir objetos, ações, situações e pessoas por símbolos que não as palavras. A criança ainda não é capaz de perceber que é possível retornar ao ponto de partida de seu pensamento.

Período das operações concretas (7 a 11, 12 anos): Agora nesse período, “há a possibilidade de pensamento racional. A criança estabelece relações entre os conhecimentos a que teve acesso classifica-os e os organiza logicamente.” (Stoltz pag.30). No que se refere ao desenvolvimento moral, à criança do operatório concreto inicia o desenvolvimento da sua autonomia, mas de uma autonomia na ação (Piaget, 1977). O pensamento torna-se menos egocêntrico e a criança é capaz de construir um conhecimento mais compatível com o mundo que a rodeia, o real e o fantástico não mais se mistura em sua percepção.

Período das operações formais (12 anos em diante): Segundo Piaget em sua teoria, há aqui em operações formais a capacidade de identificar mentalmente diferentes caminhos, deduzir suas consequências e fazer escolhas conscientes. (Stoltz pag.42). A principal característica dessa etapa reside no fato de que o pensamento se torna livre das limitações da realidade concreta, nessa etapa a partir dos doze anos de idade a criança consegue racionar logicamente ocorrendo à libertação do pensamento das amarras do mundo concreto, permitindo ao adolescente pensar e trabalhar não só com realidade concreta, mas também com a realidade possível.

Segundo Piaget, “compreender as possibilidades e limites do objeto é a mesma coisa que compreender as possibilidades e limites do sujeito” isso quer dizer que, no processo do conhecimento o sujeito e objeto são componentes no qual conhecer é simbolizar o que é exterior à mente e então para que ocorra o conhecimento é importante à relação entre esses dois elementos, sujeito sendo a nossa mente e o objeto sendo a realidade o mundo conhecido.

De acordo com Piaget “Sempre corremos atrás e isso é a ciência” segundo, José Antônio Damásio Abib (2003 art. Scielo ISSN 1807-0329) isso significa que:

Isso significa dizer que auto-organização é conhecimento, ciência. Parece que basicamente deve-se entender que o sujeito, a inteligência e o conhecimento referem-se à integração do mundo e ao ajuste ao mundo. Contudo, o que se enfatiza é o ajuste ao mundo, porque é somente assim que as estruturas assimilativas do sujeito são alargadas, o que amplia sua inteligência do mundo bem como lhe propicia os elementos para a crítica de seus próprios limites: o sujeito tem uma finalidade, que é a de romper incessantemente seus próprios limites e conquistar a compreensão do mundo. Esse sujeito é o sujeito crítico-hermenêutico: o sujeito que compreende o mundo e é crítico de si.

As ideias principais das considerações finais da teoria de Piaget é que para o biólogo interessava-lhe descobrir como acontece e como se processa o conhecimento lógico-abstrato do homem, desde o seu nascimento até a idade adulta. Piaget construiu teoria do conhecimento baseada na biologia e em que as especulações filosóficas estivessem embasadas na pesquisa empírica, resultando, então, no que hoje se conhece como uma psicologia do desenvolvimento. As contribuições de Piaget para o ramo do conhecimento que se preocupam com o desenvolvimento do homem foram de grande importância, ao enfatizar o papel ativo do homem no processo de aquisição e elaboração do pensamento.

REFERÊNCIAS

ABIB, José Antônio Damásio. O sujeito na epistemologia genética. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-73722003000200007&script=sci_arttext> Acesso em: 02 de junho de 2015.

PIAGET, Jean. A epistemologia genética/ Sabedoria e ilusões da filosofia; Problemas de psicologia genética – e. Ed. – São Paulo: Abril Cultural, 1983.

STOLTZ, Tania. As perspectivas construtivista e histórico-cultural na educação escolar. Curitiba: InterSaberes, 2012.

TERRA, Marcia Regina. O Desenvolvimento humano na teoria de Piaget. Disponível em: <http://www.unicamp.br/iel/site/alunos/publicacoes/textos/d00005. htm> Acesso em:

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