A Aprendizagem organizacional

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O ambiente pós-industrial é instável, com isso, o indivíduo enquanto permanece na organização deve se integrar a ela e trabalhar em equipe visando ao atendimento de certas metas e objetivos, deve manter-se atento ao próprio desenvolvimento e aprendizagem e à manutenção de uma rede de contatos, a fim de garantir uma empregabilidade.

De acordo com essa linha de argumentação, o “homem que aprende” deve aceitar os desafios, aprender e evoluir com eles, uma vez que sua própria identidade é um elemento em construção. A organização deixa de ser responsável pelo bem estar e proteção do indivíduo.

Uma breve revisão do conceito Aprendizagem

Segundo o modelo clássico de aprendizagem comportamentalista, a aprendizagem implica em uma série de operações precisas e reguladas que fundamentam a aquisição de uma aptidão nova ou de um comportamento novo. O individuo progride por ensaio e errado e evolui em resposta a estímulos que orientam o sentido de suas tentativas.

Aprendizagem de circuito simples: refere-se ao individuo que incorpora novas práticas à medida que elas não contradigam seus pressupostos e valores de base. Não há incorporação de novos comportamentos que questionem seus sistemas cognitivos.

Aprendizagem de circuito duplo: em primeiro lugar o indivíduo tem acesso a novas informações. Em segundo, comparam-se as informações obtidas com as normas de funcionamento de dado sistema ou processo, e depois se questionam a pertinência das normas de funcionamento do sistema e a iniciação de ações corretivas apropriadas, que podem envolver a mudança de práticas, valores e pressupostos.

A aprendizagem organizacional implica questionamento e mudança dos padrões de ação e formas de comportamento nas organizações gerando inovação.

O conceito de aprendizagem organizacional pode ser entendido como “um processo de apropriação de novos conhecimentos nos níveis individual, grupal e organizacional, envolvendo todas as formas de aprendizagem – formais e informais – no contexto organizacional, alicerçado em uma dinâmica de reflexão e ação sobre as situações-problema e voltado para o desenvolvimento de competências gerenciais”. Assim definido, o conceito é complexo e multidimensional, e apropria um leque de campos referenciais teóricos heterogêneos, como psicologia, sociologia, antropologia, cultura, metodologia, e gestão.