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AVALIAÇÃO: TRILHANDO NOVOS CAMINHOS PARA APRENDIZAGEM

Por:   •  20/8/2017  •  4.429 Palavras (18 Páginas)  •  1.294 Visualizações

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A avaliação começa a assumir uma forma mais estruturada depois do século XVIII, onde começaram a serem formadas as primeiras escolas modernas, os livros passaram a serem acessíveis a todos e criaram-se as bibliotecas. Nesta época devido à utilização de exames como forma de avaliação, esta ficou a associada à ideia de exames, de acordo com Bello (2001).

O termo “avaliação educacional” foi proposto primeiramente por Ralph Tyler em 1934 na mesma época em que surgiu a educação por objetivos, que tem como princípio formular objetivos e verificar se estes eram cumpridos.

Na década de 40, o termo avaliar era usado como sinônimo para medir, por conta dos testes utilizados para medir o conhecimento dos alunos, mas como o tempo esse termo foi apresentando suas limitações, pois nem todos os aspectos da avaliação podem ser medidos, segundo Haydt (2002).

Em 1960, a avaliação assumiu novas dimensões. A partir daí houve várias mudanças e influencias no campo da Avaliação. Podemos citar, entre essas mudanças, a pedagogia de Comenius, onde o uso dos exames era o ideal para que os alunos se esforçassem a tirar boas notas. Influencia essa usada também nos dias de hoje, de acordo com Golz (2010).

O que é avaliação?

Há várias definições para o termo avaliar. Comecemos pelo Aurélio, que define avaliação da seguinte maneira:

s.f. Ato de avaliar, seu efeito. / Cálculo do valor comercial de uma propriedade. &151; O valor comercial é o preço mais provável pelo qual uma propriedade pode ser comprada ou vendida por pessoas capazes. As avaliações são feitas por especialistas denominados avaliadores.

Para Luckesi (1986), a avaliação escolar é uma apreciação qualitativa sobre dados relevantes do processo ensino e aprendizagem que auxilia o professor a tomar decisões sobre o seu trabalho.

Libâneo (1994) também nos dá sua contribuição, definindo avaliação escolar da seguinte forma,

[...] é um componente do processo de ensino que visa, através verificação e qualificação dos resultados obtidos, determinar a correspondência destes com os objetivos propostos e daí orientar a tomada de decisões em relações às atividades didáticas seguintes.

No ambiente escolar, a avaliação vai além de uma medição de valores. Avaliar não é apenas medir o valor de alguma coisa ou alguém, mas sim de verificar as habilidades do aluno de uma instituição e o desempenho deste.

Avaliação é também um processo contínuo de aprendizagem no qual se deve manter a interação entre professor e aluno. Neste caso, a avaliação não pode ser vista como método de reprovação, mas uma especialidade para promover o conhecimento participativo, coletivo e construtivo entre ambos. Haydt (2002) afirma também que avaliação se divide em diversas modalidades como formativa, diagnóstica e somativa, que veremos no decorrer deste artigo.

Uma avaliação realizada de maneira adequada é capaz de modificar o ambiente e transformar alunos, assim como uma avaliação inadequada também, porém uma de forma positiva e a outra negativa.

O tema avaliação ainda configura-se como um grande problema na educação, já que os educadores relacionam a ação de avaliar com provas finais cujo objetivo é sentenciar e classificar, deixando de lado a essência do avaliar propriamente dito.

Segundo Hoffmann (2003), a grande preocupação dos professores está na precisão e justiça na hora da atribuição dos resultados sobre o desempenho do aluno, ou seja, só veem dois caminhos, aprovação e reprovação, com tudo se não for utilizada a abordagem correta à mesma poderá reforçar o autoritarismo inerente à ação classificatória.

A prática avaliativa concebida como julgamento de resultados baseia - se na autoridade e no respeito unilateral do professor. Impõem-se ao aluno, imperativos categóricos que limitam o desenvolvimento de sua autonomia moral e intelectual. Essa pratica desconsidera a importância da reciprocidade na ação educativa. Reciprocidade entendida não como um perfeito regulamento tanto do mal quanto do bem, mas como mutua coordenação dos pontos de vista e das ações. (PIAGET apud HOFFMANN, 2003, p. 29).

Para que o educador reconstrua o significado da ação avaliativa de acompanhamento continuo do desenvolvimento do educando, é necessário revitaliza-lo (HOFFMANN, 2003).

Funções e modalidades da avaliação

Há uma preocupação por parte dos professores ao que se refere à avaliação do rendimento escolar dos alunos, pois cada educando tem seu ritmo, enquanto uns aprendem em tempo hábil outros são um pouco mais lentos.

Ao avaliar o aluno o professor também tem seu trabalho avaliado. As avaliações refletem-se. Segundo Haydt (2002), ensinar e aprender são verbos indissociáveis.

Por isso, há essa apreensão, para que o professor aprimore e atualize suas técnicas de avaliação, para que essa não se confunda apenas com reprovação, fracasso, notas e repetências.

Ainda, seguindo os conceitos de Haydt (2002) a avaliação apresenta três funções: diagnosticar, controlar e classificar.

A avaliação diagnóstica (Diagnosticar): verifica os conhecimentos prévios dos alunos, no inicio do ano letivo. O que ele já adquiriu, quais são suas dificuldades e até onde pode chegar.

Avaliação formativa (Controlar): essa avaliação é realizada ao longo do ano letivo, verifica se o aluno está atendendo aos objetivos propostos inicialmente, através deste o aluno tem consciência de seus erros e acertos. Proporciona um feedback (retroalimentação) para professor e aluno.

Avaliação somativa (Classificar): a avaliação somativa tem uma função classificatória, é realizada ao final do ano letivo, e distingue os alunos que atingiram os objetivos previstos e se irão ou não, passar para outra série.

Na avaliação é preciso estar presente estas três modalidades, relacionadas com suas funções de diagnosticar, controlar e classificar, a fim de garantir a eficácia do ensino.

Segundo Haydt (2002), a avaliação é um processo continuo e sistemático. Não pode haver improvisos, precisa ser planejado e constante.

A avaliação tem por objetivos ser funcional, pois define as funções dos objetivos, orientadora, não é para ser usada no intuito de eliminar os alunos, mas orientá-los quanto à aprendizagem e integral,

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