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A COMUNICAÇÃO INTERNA À APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL

Por:   •  28/11/2018  •  6.268 Palavras (26 Páginas)  •  320 Visualizações

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Dentro desse cenário, abordamos a comunicação nas organizações, à luz da cultura e da aprendizagem organizacional, trazendo à tona autores como Argyris (1992), Marchiori (2010) e Schoferneler (2008). Por conseguinte, analisamos a comunicação e sua relação com as teorias da liderança e o perfil do líder nos dias atuais, perpassando por teóricos como Lewin (1948), Moscovicci (1980) e Goleman (2000). Ao final da contextualização teórica, pincelamos a relação entre a comunicação e a gestão estratégica de RH, ressaltando a importância do gestor de RH nesse contexto, a partir de autores como Ribeiro (2012) entre outros.

O objetivo deste estudo é analisar o impacto na comunicação interna, dentro da empresa LOCAL, à luz das teorias comunicacionais e da aprendizagem organizacional.

Cada vez mais a comunicação interna é importante para as organizações crescerem. Atualmente, o foco é nas pessoas e suas condições, sendo que a comunicação é o principal elo que vincula um ser ao outro e impulsiona as relações dentro das empresas. Dessa forma, pesquisar sobre comunicação abre um campo gigantesco e curioso, tal qual, por ser inesgotável.

Portanto, na apresentação da metodologia, falamos da escolha do estudo de caso, e os procedimentos éticos da pesquisa, bem como salientamos a transparência como o processo de seu dentro da empresa Local.

Nos derradeiros tópicos, apresentamos os resultados quantitativos e os qualitativos, bem como o resultado da observação participante, que dá um fechamento a essa triangulação de dados e dos resultados.

Por fim, indicamos estratégias de melhorias e sugerimos novas pesquisas dentro desse inesgotável tema.

- COMUNICAÇÃO, CULTURA E APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL

Ao nos depararmos com um olhar sobre as organizações, nos dias de hoje, sentimos a necessidade de resgatar a história, bem como de analisar o processo de mudanças dentro das teorias organizacionais, até o momento atual.

Para autores como Ruas, Antonello, Boff et al (2005), as estruturas organizacionais podem ser modificadas, ao mesmo tempo que a aprendizagem organizacional vem para contribuir com esse processo, através da ideia que aprendizagem organizacional vem do processo de aprendizagem em ação, ou seja, que parte do uso em pequenos grupos, da coleta rigorosa de dados e da observação dinâmica do emocional dos grupos.

Por sua vez, os estudos passam a mostrar a necessidade de analisarmos como as estruturas burocráticas, os estilos de liderança e a organização de trabalho podem ser modificados, a fim de criar espaços estimulantes, funções desafiadoras, às quais passariam a encorajar as pessoas a exercitar suas competências e tornarem-se mais abertos dentro do processo (MORGAN, 1996). Já a teoria organizacional discute dois modelos de gestão; a mecanicista, com ênfase nas regas, ou seja, a comunicação de cima para baixo, e o orgânico, com ênfase nas pessoas. (MAXIMILIANO, 2007).

Dessa forma, podemos perceber que as organizações passam a abrir-se as novas perspectivas. Dentro delas está, necessariamente, a comunicação, como ponto nevrálgico desse processo.

Ao vermos a importância da comunicação, podemos identificar os diferentes pontos de vista teóricos que embasam o conceito. Partindo de um caminho mecanicista, encontramos a visão do transmissor, ou seja, daquele que sobressaí uma relação dual.

Porém, ao verificarmos as diferentes teorias, podemos pensar que essa não é explicativa, ou seja, não considera aspectos culturais e psicológicos nesse processo. Para Berlo (2003), no entanto, faz-se necessário a inclusão dos fatores que possibilitem a avaliação e análise das informações recebidas. Para o autor, por sua vez, uma organização só existe por meio da comunicação. Assim, da comunicação nascem os vínculos entra as pessoas, e os processos dentro das organizações, sendo a comunicação um componente fundamental da condição humana (MAXIMILIANO, 2007).

Entretanto, nos dias de hoje, podemos notar a relação indissociável entre o contemporâneo e as organizações, ou seja, as organizações podem ser consideradas como organismos vivos, produtores de interação, em e nas diferentes culturas, formas de pensar e de compreensão (MORIN, 2000). Já nas leituras atuais, entendemos a comunicação como um universo do discurso, ou seja, o discurso bom ou ruim na organização se sobrepõe dinamicamente, com o intuito de envolver e comprometer o colaborador com a identificação organizacional vigente (ROMAN, 2009).

Portanto, a comunicação, nos dias de hoje, vai além do midiático e dos modismos. Sendo assim, a comunicação é um dos mais brilhantes símbolos do século XX, tendo como ideal aproximar as pessoas, os valores e as culturas (BURIOL, 2012).

Dessa perspectiva, a comunicação organizacional passa a ser visto como um processo de criação, não mais mecanicamente, como fonte de motivação e estímulo, como construtora da realidade organizacional. Pode-se dizer como coloca Marchiori (2006) que a comunicação nos dias de hoje pode ser trabalhada em dois níveis, o tático e o estratégico. Para a autora, a primeira é fonte dos fatos ocorridos e tem a função informativa básica. A segunda é geradora de fatos, criadora de contextos. Tem como função, criar a visão de futuro da organização.

Entretanto, análise deve transcorrer acerca da complexidade do processo comunicativo e suas consequências. É necessário estudar aspectos fundamentais presentes na gestão, como, as barreiras, os níveis de análise, as redes, os fluxos, os meios e as diversas modalidades existentes. Mostram-se as diferentes barreiras comunicacionais (gerais e específicas) sendo que a primeira trata dos aspectos psicossociais do indivíduo e a segunda dos relacionados ao âmbito organizacional, sendo os ruídos os que mais prejudicam esse processo (COSTA, 2009).

Quando falamos nas interações e interelações, apontamos a aprendizagem como um fator que diferencia um grupo no todo, onde a comunicação passa a ser ferramenta no processo de aprendizagem, tendo em vista que ele produz uma ação não momentânea e estática, tornando o processo voluntário, prazeroso para aqueles que se apropriam. No grupo, ao provocarmos o questionamento, a discussão de objetivos, de metas a alcançar, bem como das reflexões sobre as ações intragrupais e intergrupais, estamos desacomodando preceitos anteriores. Ao desacomodar o já estabelecido, podemos nos defrontar com resistências e elevar a ansiedade do grupo, que tendem a surgir ao longo do processo de discussão

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