Artigo Aprendizagem Organizacional versus Organizações que Aprendem

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a partir da comparação de suas experiências pessoais com as dos outros. Para ele, o aprendizado ocorre quando as pessoas refletem sobre as consequências de seus atos, principalmente quando conseguem estabelecer nexos causais e correlacionais ente os eventos que levam ao sucesso ou ao fracasso organizacional.

No cotidiano organizacional pode-se notar inúmeras barreiras ao desenvolvimentos dos processos organizacionais, tais como a capacidade de agir, o excesso de prioridades, os objetivos confusos, a falta de poder de decisão, o temor de correr riscos, a punição por erros e o não-conhecimento dos sucessos.

Um outro obstáculo seria a capacidade de refletir, como a pressão pelo desempenho a curto prazo, a falta de um ambiente de indagação, a ausência de fóruns de aprendizagem e a exigência de um sistema de recompensas atreladas apenas ao alcance de alvos financeiros. Por fim, o último conjunto de obstáculos refere-se à capacidade para disseminar, como a ausência de oportunidades de compartilhamento de insucessos e de resultados, a não visualização do erro como uma oportunidade de aprendizado e a existência de poucos mecanismos de comunicação interna.

Em síntese, os especialistas dessa vertente convergem na tentativa de explicitar os passos necessários para que a aprendizagem ocorra no contexto organizacional e de salientar os obstáculos, de modo que as organizações possam gerenciar o próprio processo de aprendizagem nos planos individuais e coletivos.

Fazendo uma análise de cada vertente, conclui-se que elas se diferenciam claramente na forma como abordam o fenômeno da aprendizagem organizacional, em especial pela diversidade de seus públicos específicos (acadêmicos e gestores). Em ambas as vertentes, alguns aspectos relacionados ao processo de produção de conhecimento ganham relevo por mostrarem lacunas ou desafios a serem devidamente enfrentados.

A aprendizagem é um processo, tanto no nível individual quanto no organizacional. A sua investigação requer metodologias apropriadas para analisar e descrever fenômenos cuja dimensão temporal está embutida na própria definição. Já organizações que aprendem é um conceito aberto, que pode ser definido por infinito número de sentenças.

Os esforços no sentido de aproximar duas vertentes encontram justificativa no reconhecimento da complexidade da aprendizagem organizacional, que pode ser visualizada a partir do expressivo volume de contribuições de diversas áreas científicas, como a Administração, a Antropologia, a Engenharia, a Psicologia, a Sociologia, que tentam encontrar respostas às indagações sobre esse objeto de estudo, mas cada uma delas oferece um modelo incompleto.