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A INTERPRETANDO A NARRATIVA BÍBLICA

Por:   •  22/8/2018  •  1.828 Palavras (8 Páginas)  •  305 Visualizações

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1. Mateus reproduz 90 por cento do assunto de Marcos, em linguagem grandemente idêntica à de Marcos. Lucas faz o mesmo, por bem mais que a metade de Marcos.

2. Numa seção media que ocorre nos três evangelhos, a maioria das palavras reais usadas por marcos é reproduzida por Mateus e Lucas. Seja alternadamente ou por ambos juntos.

3. A ordem relativa de incidentes e seções em Marcos é, em geral, apoiada tanto por Mateus como por Lucas; onde um deles abandona Marcos, o outro geralmente encontrado apoiando-o.

4. O caráter primitivo de Marcos é mostrado ainda: (a) pelo uso de expressões que poderiam causar ofensa, que são omitidas ou atenuadas nos outros dois Evangelhos; (b) pela rudeza do estilo e gramatica, e a preservação de palavras aramaicas.

5. Pela maneira como o material de Marcos e o que não é de Marcos são distribuídos em Mateus e Lucas, respectivamente, parece que cada um tinha diante de si o material de Marcos, num único documento e confrontava-se com o problema de combinar este com material de outras fontes.

6. Comparando Mateus e Marcos em material comum a cada, vê-se que Mateus apresenta, invariavelmente, a narrativa mais curta, dai, Mateus reduziu Marcos, ao invés de vice-versa.

A teoria dos dois documentos é a resposta para o problema dos sinópticos, mais ainda não responde todas as perguntas, pois existem versículos em Mateus e Lucas que teve sua origem em Marcos e outros não, com isso chega à conclusão que existe um terceiro documento que chamamos de "Q".

A teoria dos documentos Múltiplos é realmente aceita, pois parece ser a explicação mais logica dos problemas dos sinópticos, basicamente esses documentos seriam: Marcos (o material partilhado pelos três sinópticos), "Q" (Material que não é de Marcos, partilhado por Mateus e Lucas), "M" (material encontrado somente em Mateus) e "L" (Material encontrado somente em Lucas). Por falta de provas de outros documentos muitos estudiosos não questionam esta ideia.

2 CRÍTICA DA FORMA

Talvez a principal contribuição da crítica da forma foi a ênfase colocada sobre a comunidade primitiva onde a tradição foi formada, ajudando a estabelecer a veracidade dos registros dos evangelhos, obrigando um estudo do período oral do qual foi identificado que os evangelhos não vieram apenas de quatro homens, mais sim de uma comunidade inteira, provando que esse período não foi estático mais sim dinâmico. Algumas conclusões da critica da forma são: A história simples, História elaborada, lendas sagradas, História mística. Broadus David hale em introdução ao estudo do Novo Testamento pagina 62-64 afirma:

História Simples:

“Este é o tipo de história que é bem acabada, completa por si, não pressupõe nenhuma ligação com o que precede ou se segue, e mostra brevidade e simplicidade... Geralmente os personagens são identificados quanto ao nome. este tipo de narrativa esta, provavelmente, mais próximo ao evento real do que qualquer uma das outras "formas".

História Elaborada:

“Novamente estas historias são completas em si, mas contem uma grande quantidade de detalhes”. O interesse encontra-se no próprio milagre, e o "dito” (se existe um) de Jesus é de importância secundaria. Estas narrativas são escritas para satisfazer à curiosidade do leitor, e, portanto, há sempre uma confirmação do milagre no final da narrativa. Estas são menos dignas de confiança que as histórias simples, e estão mais afastadas do evento.

Lendas Sagradas:

"As lendas sagradas são narrativas acercar de pessoas da história sagrada. a palavra lenda, sentido primário, tem a ver com a vida de um santo. lendas são historias que foram construídas em torno de uma pessoa que esteve em contato com Jesus. a ênfase é colocada sobre essa pessoa, em vez de sobre o Senhor."

História Mítica:

"As historias míticas foram denominadas Historias de Cristo, por Gunther BornKamm. Esse tipo de narrativa, em outras religiões, fala acerca de deuses que aparecem entre os homens (veja a suposição da multidão em Listra, Atos 14.11 e ss.). O mito puro não é encontrado no Novo testamento, mas o conceito do Filho de Deus tendo um ministério terreno e provando sua divindade por milagres aproxima-se do mítico. As historias individuais em que os elementos míticos são observáveis incluem o Batismo, A caminhada sobre as Aguas; a Transfiguração e as Aparições do Senhor Após a Ressurreição".

O desenvolvimento da critica da forma e seus critérios deixou um legado importante e tem contribuído muito com a interpretação da narrativa bíblica, ajudando a chegar a resultados importantes à interpretação bíblica.

CRITICA DA REDAÇÃO

É uma ferramenta que tenta reconstituir todos os momentos histórico-sociais de intervenção numa narrativa. Essa escola teve seu inicio no final do ano de 1950 e acredita que os evangelhos são literais e não um conjunto de texto desprovido de originalidade. A ideia da critica da redação é mostrar que cada autor teve suas próprias decisões e objetivos na escolha de qual fonte usar para inclusão em sua narrativa. Com o crescimento dessa nova escola existem muitas definições e umas das melhores definições, segundo Broadus David hale, em introdução ao estudo do Novo Testamento pagina 66 é essa:

“Redaktionsgeschichte (crítica redacional) é a tentativa de chegar-se ao proposito ou propósitos, visões e ênfases teológicas únicas que os evangelistas impuseram sobre os materiais disponíveis a eles... uma definição mais concisa é que a critica da redação é a tentativa de se discernir a ênfase teológica de cada um dos evangelhos como um autor criativo focalizando a atenção sobre os aspectos especiais de sua obra inteira. Isto levaria em conta o acréscimo da situação da vida do autor aos fatores interpretativos dos evangelhos,

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