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Interpretando o Patrimônio Histórico e Cultural de Paripiranga-BA

Por:   •  22/12/2017  •  1.606 Palavras (7 Páginas)  •  404 Visualizações

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A Igreja possui também quatro pilares devidamente espaçados, as portas e janelas da fachada em vergas de arco abatido, protegidas para os intemperes da natureza por cornijas, os vitrais laterais antes do estilo barroco, atualmente são vidros comuns em forma de arco devidamente espaçados em vãos iguais, é uma pena não ter pensado na devida valorização dos aspectos originais e deixou-se perder parte da identidade que cada vitral trazia.

Atualmente apesar das grandes modificações já feitas, a igreja está sendo bem cuidada, a preocupação de todos é que com alguma administração nova venha a intervir novamente. Faz-se necessário então as pessoas conscientizarem umas às outras para que isto não venha a ocorrer novamente, uma igreja tão imponente não pode perder seu aspecto cultural e histórico que a séculos continua sendo um dos pontos mais importante da cidade.

ANÁLISE DOS EDIFÍCIOS CIVIS COLONIAIS EM PARIPIRANGA

A arquitetura colonial Paripiranguense possui alguns aspectos das casas de engenhos do estado de Sergipe produzidas para produção do açúcar, podem-se vê nela também fachadas bem decoradas, possuidora de simetria, com janelas enfeitas por cornijas, com ogivas retas e redondas e parapeitos, algumas possuidoras de volutas que davam uma maior expressividade a obra entre outros mais variados aspectos construtivos.

A residência 1 (anexo 3), é um testemunho de preservação e vitalidade de algumas construções do período colonial na cidade, pois até hoje está em devida manutenção sempre sem que suas características originais sejam descaracterizadas assim como ocorreu na igreja matriz. A casa de planta quadrada possui em sua fachada possui cinco janelas, sendo três ao lado esquerdo e ao direito três todas com cornijas e vergas e ombreiras retas, devidamente espaçadas para atingir um ideal de proporção, ao contrário de outras construções da época colonial a proporção não foi seguida à risca, utilizaram do desequilíbrio entre um lado e outro para dá um aspecto diferente das outras residências desse período.

Na parte superior, ao redor de toda a fachada, há uma cornija para proteger os vãos das janelas da água da chuva, muito utilizadas na época, atualmente substituídas pelas marquises que além da função de proteger da chuva protege também do sol, ao lado esquerdo um pequeno muro ao qual dá acesso a um jardim, de influência paisagística francesa sendo que possivelmente as pequenas grades de ferro tenham sidas postas épocas depois.

A residência 2 (anexo 4), retrata o abandono ao patrimônio histórico, no Brasil essa pratica é constante, o patrimônio é tido como ultrapassada pelas novas gerações, e muitos são abandonados pelo fato de estarem localizados em áreas consideradas de baixo poder aquisitivo, o fato é que nenhuma residência colonial tem vagas para garagem e muitas pessoas que possuem carros não irão morar em casas como está visto que não se pode restaurar e acabam abandonando e acontecendo o que a imagem retrata.

Há então, um rico mostruário de arquitetura, em conjunto harmônico, que em sobrevivido como documento testemunhal do fausto nordestino, ou Brasil velho. Ao lado dele sobreviveram os espaços do povo, igualmente. E ainda que não haja encaixe estético nas senzalas, a pulsação, a alma, tudo da vida subalterna merece resenha e documentação (Kátia, 1999, p.6).

É muito forte vê um patrimônio histórico se degradando com o tempo e nenhuma intervenção de restauração seja feita, é parte da história de um povo que está sendo perdida ali. A fachada dessa residência é típica do período colonial brasileiro, a cornija separa as janelas e as portas que são a direita mostrando-se característica da cultura africana banta, enfeites de brasões na fachada para demostrar poder aquisitivo.

CONCLUSÃO

Podemos observar, em linhas gerais, que a maior parte da produção colonial de Paripiranga está abandonada, isso porque há uma falta de incentivo por parte da administração, é uma pena que tais patrimônios tenham sido largados, visto que estes carregam parte da identidade cultural deste povo, é raro encontrar residências desses período bem preservadas mais ainda à algumas (anexo 1 e 5).

O Brasil é um país heterogêneo em questões culturais, porém na década de 60 toda e qualquer obra de estilo barroco foi considerada patrimônio cultural por se acreditar que o barroco era o estilo totalmente brasileiro estilo este também da igreja de Paripiranga (anexo 1), aconteceu que a “política de patrimônio que preservou a casa-grande, as igrejas barrocas, os fortes militares, as casas de câmara e cadeia como as referências para a construção de nossa identidade histórica e cultural e que relegou ao esquecimento as senzalas, as favelas e os bairros operários” (FERNANDES, 1993, p. 275), mas o que se pode perceber que este é influência do barroco antes produzido na Europa e para que fosse originalmente brasileiro teria que ser produzido pelos índios o que não aconteceu. O que deve-se levar em conta é que toda e qualquer obra produzida por gerações passadas tem um cunho muito forte no aspecto de identidade de uma nova geração e redescobrir o passado é fundamental para conhecer onde se vive.

REFERÊNCIAS

FUNARI, Pedro Paulo e PELEGRINI, Sandra C.A. Patrimônio Histórico e Cultural. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2006. Col. Ciências Sociais Passo a Passo.

FERNANDES, J. Ricardo Oriá. Educação Patrimonial e Cidadania: uma proposta alternativa para o ensino de História. Revista Brasileira de História 13 (25/26), 1993, p. 265-276.

KATIA,

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