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EUCARISTIA E MORAL (DEBILIDADE MORAL PELA FALTA DO ALIMENTO ETERNO)

Por:   •  4/10/2018  •  2.549 Palavras (11 Páginas)  •  341 Visualizações

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da vida pessoal, da íntima ligação que existe entre Deus e o homem,

protagonista da Revelação divina. É, de certo modo, o meio pelo qual o ser

humano, através de sinais visíveis, enxerga a realidade que está para além da

existência material, ou seja, a presença de Deus entre nós seres humanos que

caracteriza a verdade fundamental do cristianismo, onde Deus fez-se tão próximo

de nós que assumiu a nossa carne escolhendo perpetuar-se sob as espécies

eucarísticas que nos foi dado para alimento eterno.

Desde que o verbo eterno, em quem habita toda a sabedoria e toda glória, quis

cumprir a vontade do Pai se encarnando no ventre de Maria, assumindo a nossa

vida, o nosso destino, a nossa existência cotidiana e a nossa morte, para poder

nos salvar e dar-se como alimento; a nossa vida foi resgatada e santificada por

Aquele que é o Santo dos Santos, o Filho eterno do Pai que nos quer ter ao seu

lado na bem-aventurança eterna. “A Eucaristia (...) a celebração perpétua, de que

o próprio Deu nos faz o dom, da nossa própria salvação, eis o ato essencialmente

religioso da nossa vida, o ato que nos une pura e simplesmente a Deus”2. Os

nossos hábitos, momentos de oração devem encontrar na Eucaristia o seu auge,

pois, não se trata de somente conversamos, em oração com Deus, mas de modo

primordial, de estarmos com Deus que está sob as espécies de pão e vinho.

Passemos agora a uma análise daquilo que corresponde a nossa vida

cotidiana, ou seja, o que constitui a sua essência. Como prévio conhecimento

temos que saber ou pelo menos termos uma ideia bem elaborada de: quem

somos? Para que viemos? E para onde vamos? De modo geral, sabemos sermos

criaturas de Deus que através do Batismo e da fé em seu Filho Jesus Cristo nos

tornamos filhos deste mesmo Deus. Viemos a esse mundo por pura vontade de

Deus e aqui estamos por Amor e misericórdia do Deus de Jesus Cristo, e viemos

para dar testemunho deste Deus que é Amor. Quanto à última pergunta, tendo em

vista as duas primeiras respostas, resta-nos dizer que, vamos para a realização

final que tem por objetivo a nossa “divinização”, ou seja, o preenchimento de

2 RAHNER Karl – A Eucaristia e os Homens de Hoje, Edições Paulinas, Lisboa, p.186

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nosso ser com a presença de Deus em nós, a felicidade plena de nossa existência.

Dito isto, agora falemos como está o nosso cotidiano e se corresponde com as

três perguntas e respostas dadas. O apóstolo Paulo aos filipenses diz o seguinte:

“Anseio pelo conhecimento de Cristo (...) Não pretendo dizer que

já alcancei (esta meta) e que cheguei à perfeição. Não. Mas eu

me empenho em conquistá-la, uma vez que também eu fui

conquistado por Jesus Cristo. (3, 10;12) ”3

A ânsia pelo conhecimento de Cristo como diz Paulo, deve ser o objetivo cotidiano de

todo batizado e o alimento a ser buscado, além do físico, deve ser aquele oferecido

pelo próprio Cristo ao dizer “tomai e comei” (26, 26)4. Sabemos ser obrigação de todo

batizado "Receber o sacramento da Eucaristia ao menos pela Páscoa da ressurreição"5,

mas devemos nos perguntar se o fazemos apenas por obrigação de cumprir o preceito,

ou se de fato, busco receber por entender a real necessidade que tenho de alimentar

também o espirito. Queremos fazer parte do Reino de Deus, mas sem esse alimento não

teremos a força necessária para nos encontramos como convidados do Noivo. “Também

precisamos reconhecer o Reino de Deus como o horizonte pelo qual vivemos nossas

vidas cristãs”6, e não tem como continuamos vivendo em vista desse horizonte, sem

participarmos integramente da santa comunhão (santa eucaristia).

A Santa Mãe Igreja nos dá através de suas leis a orientação para,

convenientemente, podermos receber de Nosso Senhor este alimento eterno na

celebração da santa Missa;

“No domingo (...), os fiéis têm a obrigação de participar da

missa; além disso, devem abster-se das atividades e negócios

que impeçam o culto a ser prestado a Deus, a alegria própria do

dia do Senhor e o devido descanso da mente e do Corpo. ” 7

Como percebemos, essa lei não é apenas para cumprimos de modo indiferente ao

objetivo espiritual. Sabemos que nessa participação na santa Missa, estando em

estado de graça, nela recebemos Jesus na santíssima eucaristia e depois de

3 FILIPENSES, In: A BÍBLIA de Jerusalém, São Paulo: Paulus, 2010

4 Idem, Mateus

5 CATECISMO da igreja Católica. ed. Loyola, São Paulo, Brasil, 2000, parágrafo: 2042

6 HARRINGTON, Daniel j. e KEENAN James F. Jesus e a ética da Virtude, edições Loyola, ano 2006,

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7 CÓDIGO

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