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A escola e a construção da autonomia moral

Por:   •  16/11/2017  •  5.309 Palavras (22 Páginas)  •  417 Visualizações

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AUTONOMIA

- “ [...] implica em coordenar os diferentes fatores e perspectivas numa situação para decidir agir da melhor maneira para todos os envolvidos”

- Código de ética interno, obrigando-se a considerar os outros além de si.

- Integração dos valores – conservação

- Valores morais devem ocupam lugar mais central

“O cerne da autonomia é que as crianças tornem-se capazes de tomar decisões por si próprias. Mas não se deve confundir a autonomia com a liberdade completa, pois não é a mesma coisa. A autonomia leva em consideração os fatos relevantes para decidir agir da melhor forma para todos. Não pode haver moralidade quando se considera somente o próprio ponto de vista, seja, quando se olha o próprio umbigo.

Mas, quando uma pessoa leva em consideração os pontos de vista das outras, não está mais livre para mentir, quebrar promessas e ser leviano” (Marcelo Moura e Ana Eleonora S. Assis. Etica na Educação Infantil.

Dimensao Cognitiva e Dimensão Afetiva: imprescindiveis para a autonomia

Além do suporte intelectual e do conhecimento como condições necessárias, para que haja a ação é preciso que este conhecimento se torne valor (principio revestido de afeto) para o sujeito.

- SABER FAZER: a dimensão intelectual – disposições intelectuais que permitem decidir o que fazer, como fazer, quando fazer.

- QUERER FAZER: a dimensão afetiva – energética da ação, privilégio à construção do auto-respeito, vontade de agir.

Para agir bem e corretamente, é preciso pensar bem – SABER FAZER

Sejam quais forem os fundamentos e conteúdos escolhidos para o agir moral, A RAZÃO sempre está presente. Ser moralmente responsável por uma decisão ou juízo implica ter liberdade de escolha, a qual implica fazer uso da inteligência, ser capaz de pensar, refletir e tomar consciência.

Assim, a dimensão intelectual para o agir moral pressupõe o conhecimento das regras, dos princípios e dos valores (Yves de La Taille)

Mas se é “preciso saber, pensar, raciocinar e julgar, é preciso também querer seguir o dever, ‘querer agir bem’” (Telma Vinha) – QUERER FAZER

Um trabalho com AFETIVIDADE na escola é permitir que as crianças possam se conhecer para controlar a energia que as move a agir, ou seja, seus SENTIMENTOS E EMOÇÕES – e assim possam estar bem consigo mesmas para estarem bem com os outros.

Em termos morais, significa que há “necessidade de que o bem ao outro seja tomado como SATISFAÇÃO PARA SI PARA QUE, DE FATO, ACONTEÇA” (Luciene Tognetta).

Dimensão cognitiva e dimensão afetiva da autonomia

Dimensão cognitiva: capacidade de descentrar-se, de coordenar perspectivas e pensar por hipóteses - DEVER FAZER

Dimensão afetiva: ENERGÉTICA DAS AÇÕES - QUERER FAZER (força de vontade)

A capacidade de conceber deveres morais, e a de experimentar o querer fazer moral acontece por volta dos 4, 5 anos.

Os sentimentos presentes na fase do despertar do senso moral que se inicia por volta dos 4 anos são: medo, amor, confiança, culpa indignação.

Autoestima = [...] consiste em ter consciência de ser bom em suas capacidades; todavia, a valorização de si próprio é constituída de representações positivas de si, que são estranhas ou até contrárias à moralidade. Valores não morais

Autorrespeito = honra = [...] autoestima experimentada quando a valorização de si incide sobre os valores morais, como ter sido generoso. Valores morais

Pesquisa de Bagat (1986)

- modelos educativos podem favorecer ou inibir no sujeito a passagem da moral heterônoma para a autônoma.

- educadores dogmáticos, ou seja, autoritários, centralizadores e donos da verdade, não auxiliam a construção do senso de responsabilidade nas crianças.

- Educadores pouco dogmáticos contribuem mais efetivamente para esse desenvolvimento.

Formação da Personalidade Ética

Objetivo: formar personalidades autônomas e aptas a co-operar.

Favorecer a formação de sujeitos morais, portadores de uma consciencia crítica, política, reflexiva, propiciando condições aos individuos de avaliar permanentemente os códigos, normas, tradições, baseados em uma perspectiva de liberdade e justiça.

A ação moral tem como pressuposto a livre escolha do sujeito. E essa condição de sujeito moral autônomo é uma condição a ser conquistada e continuamente fortalecida.

Modelos de Formação da personalidade ética:

- 1. Pautado em VALORES ABSOLUTOS, em que os valores e normas de conduta não são passiveis de discussão ou mudanças

- 2. Pautado em VALORES RELATIVOS, os valores e normas são vistos como critérios subjetivos, individuais. A educação moral é inócua.

- 3. Baseado NA CONSTRUÇÃO RACIONAL E AUTONOMA DE VALORES; propor situações que favoreçam a construção da autonomia moral pelos estudantes

Qualidade das relações sociais construídas na escola:

La Taille (2009, p. 255-273) aponta que de todas as atividades importantes para a formação moral das crianças, a construção do ambiente sociomoral cooperativo é nuclear e fundamental. “Transversais ou não, os momentos de reflexão moral não são suficientes sendo IMPERATIVO que o convívio escolar seja a expressão concreta da moral que se pretende legitimar“ (LA TAILLE, 2009, p. 273).

Vinha (1999, p. 23) trabalhará este tema no item “ambiente cooperativo”, no qual afirma que “a construção da personalidade moral vai se dar a partir da interação com os diversos ambientes: familia, escola, meios de comunicação, etc. Cada um tem um peso.”

. Qualidade das relações sociais construídas na escola:

“Quando falamos de salas de aula morais, estamos falando sobre

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