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NO FIM, ERA O PROTAGONISTA QUE ESTAVA ESCREVENDO A HISTÓRIA DELE MESMO SE ELE TIVESSE ATENTIDO AO ''CHAMADO''.

Por:   •  12/12/2017  •  1.648 Palavras (7 Páginas)  •  440 Visualizações

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O garoto deixou-se cair no infinito de seus pensamentos, horas de prantos incessantes vieram a seguir. Os dias seguintes foram sombrios, o menino deu inicio à uma existencia entorpecida e insconsciente. Fora levado diversas vezes ao pscólogo, teve de escutar horas de conversas com seus país sobre o abuso sexual e como os jovens que sofrem devem proceder ou como o bullyng deve ser denunciado. Nada daquilo parecia surtir efeito no garoto.

Um dia, sentado em um ponto de ônibus próximo à uma faixa de pedestre ele notou um acontecimento no mínimo interessante. Uma senhora de cabelos brancos, com um vestido preto até os joelhos, pernas cobertas por uma espécie de segunda vestimenta transparente, nas mãos uma bolsa também de cor preta e no cabelo uma fita em forma de laço . Ao lado dela havia um homem, mas que o garoto não deu muita importância, a senhora havia atraído toda sua atenção.

O sinal fechou para os carros. A senhora e o rapaz se prepararam para atravessar a rua. Mas antes de começar a andar a senhora jogou um objeto ,que, pela distância, não foi possível ser reconhecido pelo garoto, mas que chamara atenção pelo brilho estonteante. A senhora saiu na frente. O rapaz, notando que a senhora havia deixado o objeto, voltou para pega-lo e devolver à sua dona. A mulher caminhou até o meio da rodovia quando o rapaz finalmente pegou o objeto e gritou para chamar sua atenção. A senhora ignorou e deu mais dois passos, quando um carro fora de controle a atropelou, levando-a à metros de distância, sem chances de sobrevivência.

O rapaz ficou boquiaberto, se ele não tivesse voltado para pegar o objeto deixado pela senhora, ele também seria atingido. O garoto assistiu aquilo com indiferença, como de costume nos últimos dias. Mas ele remoía aquele assunto em sua mente, seria a velha mulher uma vidente, ou foi só obra do acaso? O garoto tinha plena certeza de que acaso não existia, visto que ele havia recebido provas recentes de que o destino controla tudo e todos.

Depois de horas a sós com sua consciência, o jovem teve uma epifania. O destino havia preparado aquela situação para abrir sua mente. E se aquela mensagem do destino não fosse uma amostra do impossível, mas sim um lembrete da capacidade das pessoas? Pela priveira vez em semanas ele não se viu preso ao destino e sentiu-se livre. Estava tudo claro agora, o garoto sabia o que tinha que fazer.

Enquanto nós nos prendemos à crença de que estamos destinados a isso ou aquilo nós nos acomodamos e deixamos de entrar em contato com nossa alma, corrompendo-a. Pela primeira vez ele viu o destino não como algo irremediável, mas sim como uma estrada onde tudo é possível. O destino é o que proporciona o caminho para as nossas vontades, não quem o cria.

E em uma tarde chuvosa de um mês de maio sem importância, o garoto tomou uma decisão. Ele iria, junto de sua alma, criar o o seu próprio destino.

Capítulo Um

Quando eu sai de casa naquela quarta-feira eu estava decidido. Durante horas eu perambulei pela minha cidade em busca de alguém que tivesse a capacidade de fazer um desenho de acordo com a imagem que eu tinha em mente. Fui de um ponto ao outro da pequena cidade onde eu morava. Nada.Ao chegar em casa tive que recorrer à internet. Porque não pensei nisso antes?

'' Desenhos&Aprendizado'' foi a primeira página que encontrei. Se tratava de uma pequena residência que oferecia curso de desenho para iniciantes. No final do site estava o telefone de contato.

'' Boa tarde, eu gostaria de saber se vocês possuem artistas competentes ai, digo, alguém que possa criar um retrato-falado, de acordo com características. Como naqueles filmes policiais.''

'' Sinto muito senhor, não oferecemos esse tipo de serviço por aqui, o nosso único trabalho é didático. Mas eu posso te passar o telefone de alguns de nossos professores, talvez algum tenha a capacidade de fazer um.. qual o nome, retratato-falado? Isso.''

Anotei o número de três pessoas e liguei em seguida para o primeiro.

'' Pizzaria ''Bom gosto'', pois não...''

''Oi? é.. me passaram esse número dizendo ser de um desenhista, talvez você deva conhecer, ele trabalha numa escola de arte chamada ''Desenhos*...''

'' Não senhor, você ligou para uma pizzaria. Vai fazer algum pedido ou posso desocupar a linha?''

'' Ah sim claro, vocês fazem pizza em forma de retrato-falado?''

...

O telefone deve ter ficado mudo, então liguei para o próximo número.

'' Oi , então, me indicaram do seu trabalho. Disseram que você talvez teria a capacidade de fazer um desenho para mim?''

'' Ah, é..., claro, mas isso é bastante relativo. Qualquer um pode fazer um desenho.''

'' Sim, perfeitamente. Quero dizer, eu preciso de um retrato-falado.''

''

...

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