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Gestão Educacional

Por:   •  10/11/2017  •  3.049 Palavras (13 Páginas)  •  469 Visualizações

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Pensar um novo formato de escola é sempre um trabalho de imaginação pedagógica e sociológica. Mesmo que inspiradas em experiências concretas, tal reflexão é um exercício de criatividade e extrapolação.

A escola para exercer a sua função social precisa ter uma participação ativa e constante na vida do bairro ou da cidade onde se encontra. A escola precisa estampar uma imagem positiva para justificar sua existência no lugar que se encontra.

A formação das novas gerações é fruto de complexas ações, intencionais ou não, localizadas em práticas ou em instituições sociais, das mais fragilizadas; como hoje nos parecem à família e as organizações comunitárias, e, no caso brasileiro, a própria escola, às mais fortalecidas como os atuais meios de comunicação.

A educação escolar incorpora os elementos mais significativos do projeto da modernidade, tanto aqueles aparentemente cumpridos – como o conhecimento a serviço do bem estar humano, quanto os obsoletos – como a pretensão de homogeneização cultural a partir de uma visão etnocêntrica.

Está ao nosso derredor e em nosso coração um dos maiores fracassos da modernidade; a igualdade de oportunidades. Além do mais, tem encarnado o desvincula mento entre o saber e o uso que dele se pode fazer, ou seja, entre conhecimento e vida.

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PRÁTICA INTEGRADORA

O conceito mais tradicional encontrado para a definição de educação integral é aquele que considera o sujeito em sua condição multidimensional, não apenas na sua dimensão cognitiva, como também na compreensão de um sujeito que é sujeito corpóreo, tem afetos e está inserido num contexto de relações. Isso vale dizer a compreensão de um sujeito que deve ser considerado em sua dimensão biopsicossocial.

Escola de tempo integral refere-se à organização escolar na qual o tempo de permanência dos estudantes se amplia para além do turno escolar, também denominada, em alguns países, como jornada escolar completa.

Em sentido amplo, abrange o debate da educação integral – consideradas as necessidades formativas nos campos cognitivo, estético, ético, lúdico, físico-motor, espiritual, entre outros – no qual a categoria “tempo escolar” reveste-se de relevante significado tanto em relação a sua ampliação, quanto em relação à necessidade de sua reinvenção no cotidiano escolar (MOLL, 2010).

Já nos estudos de Cavalari (1995), o indivíduo seria moldado para servir aos interesses do Estado Integral. Ao mesmo tempo, a pretendida identificação entre os interesses do Estado, da família e da religião abria espaços para o privatizou, isto é, para a iniciativa privada. Paro & Ferretti (1988), Arroyo, (1988) afirmam que os pesquisadores da área educacional dedicam pouco estudo a essa temática e as suas experiências concretas no país caracterizam como utópica e/ou de difícil consecução.

Entretanto, outros autores se debruçam em investigar o potencial desta proposta em seus aspectos teóricos e metodológicos (COELHO, 2003; CAVALIERE, 2002, 2003 e COELHO & CAVALIERE, 2002, 2003). Por outro viés, Teixeira (1996) apresenta diferentes aspectos da educação e do pensamento social brasileiro.

A educação integral fundava-se em uma concepção de educação que a incluía como possibilidade real de alavancar o progresso e o desenvolvimento científico e tecnológico no País e, em atendimento a esse propósito, cabia uma formação a mais completa possível, ou seja, em termos práticos.

O conceito de Educação Integral presente no Programa Mais Educação é o de “formação mais completa possível” para o ser humano. Embora não haja consenso sobre o que se convenciona chamar de “formação completa” e, muito menos, sobre quais os pressupostos e metodologias a constituiriam (BRASIL, 2009, p.16).

As práticas integradoras são assim denominadas porque mobiliza a integração entre sujeitos, saberes e instituições. Elas podem ocorrer em diversos níveis e envolvendo uma

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diversidade de elementos, de forma a propiciar a existência de uma rede de relações de

saberes, o que se pode identificar como rede epistêmica.

As práticas integradoras no campo da educação teriam o objetivo de atender ao princípio da dialogicidade entre os saberes. Sua existência nos contextos de formação escolar visa à promoção de uma percepção mais completa e complexa da realidade e dos problemas que assolam a humanidade.

Dentre as possibilidades de prática integradora, o projeto integrador se apresenta como componente curricular que oportuniza ações dessa natureza no interior dos projetos pedagógicos das instituições de ensino médio e superior de nosso país.

A presença do projeto integrador no currículo oficial garante, de forma sistemática e contínua, o espaço para efetivação de ações pedagógicas que evidenciem a concepção de que o conhecimento é uma totalidade social historicamente construído. Segundo Zen e Oliveira (2013), o Projeto Integrador é um componente curricular que difere dos demais porque não traz em sua essência nenhuma lista de conteúdos prescritos, mas se torna realidade a partir das necessidades de alunos e professores em estudar um determinado tema, que é gerador, para solucionar uma questão ou problemática do mundo do trabalho, do universo familiar, social, histórico e cultural.

Para Barreto (2007, p. 7) “[...] o Projeto Integrador não é mais uma disciplina da matriz curricular, mas uma metodologia voltada para a articulação entre os conhecimentos estudados nas disciplinas que integram cada período letivo, na perspectiva da interdisciplinaridade.” Como metodologia de trabalho, revela a essência pedagógica de um curso e a natureza das práticas docentes instituídas.

O Projeto Integrador, nesse sentido, inspira atitude metodológica da problematizarão, pesquisarão e socialização de novos conhecimentos.

Os professores se referem à prática integradora quando: a) relacionam um conteúdo a outros conteúdos no âmbito de uma mesma disciplina; b) abordam o conteúdo, articulando teoria e prática; c) realizam a interação entre a instituição de ensino e outras instituições ou a comunidade; d) consideram espaços coletivos de discussão como oportunidade/possibilidade de integração.

A análise mostra que a maioria dessas práticas integradoras está situada em

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