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ANÁLISE DE INTERFERÊNCIAS RELIGIOSAS NO ENSINO DE EDUCAÇÃO CIENTIFICA PARA CRIANÇAS DE CLASSE ESPECIAL.

Por:   •  11/12/2018  •  4.175 Palavras (17 Páginas)  •  272 Visualizações

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Cada (1985), afirma que o choque entre as duas teorias é constante na sociedade, debates entre cientistas e religiosos são freqüentes, ambos buscam argumentos para reforçar suas teses e para derrubar a tese oposta.

Este embate ocorre também na educação, pois os dois pontos de vista são aceitos na escola, a teoria do big bang é ensinada em ciências e a palavra de Deus é passada na matéria de ensino religioso. Segundo Delizoicov 1994, técnicas de ensino de que auxiliam o professor a explicar o conteúdo proposto nas grades curriculares sem passar por cima de conceitos religiosos ou tendo como principal fator cumulativo o fato de nunca comentar o assunto em dia de explicação que possa ser conflituosa, a menos que seja um aluno que toque no assunto, quando este autor fala sobre a relação com outras disciplinas fala em criar uma abrangência fazendo com que uma matéria junte-se com a outra, mas neste caso seria melhor mantê-las separadas pois possuem afluentes muito distintos.

Contant 1958, fala em senso comum para explicar o que seria a idéia de Deus ou do big bang para a sociedade. O senso comum seria, resumidamente, como aquilo que cerca o homem e que esta em seu cotidiano e por isto o homem tenta buscar uma origem lógica para o fato de que o objeto em questão esteja ali. Delizoicov 1994, faz com que haja uma melhor compreensão da metodologia a ser usada na abordagem com as crianças de classe especial, pois nestes capítulos o autor fala sobre a lógica infantil e sobre pontos críticos na aplicação de temas e conteúdos na aplicação de conteúdos para crianças portadoras de necessidades especiais ou de condições de aprendizagem diferenciadas.

Segundo Delizoicov 1994, a influencia que os pais exercem nos filhos, dependendo do caso, pode causar um sério atraso no rendimento escolar do aluno e levá-lo a reprovar de ano, já em outros casos o aluno vai muito bem nos estudos e se mostra um aluno acima da média graças a influencia dos pais que as vezes pode ser espontânea e deixar o alunos progredir livremente ou em outros casos o aluno pode estar sendo pressionado a ter tal rendimento na escola.

Ambos os temas são abordados na escola, a teoria cientifica de criação do mundo esta nas grades curriculares de educação e normalmente é abordada pela primeira vez no 5º ano, porém, superficialmente devido à idade dos alunos e a complexidade do conteúdo. Já a religião é abordada na escola em uma disciplina normalmente chamada de ensino religioso que busca passar tanto os conceitos cristãos quanto a história e conceitos de outras religiões.

Do sexto ano em diante estes conteúdos são passados separadamente e por professores diferentes (professores de matérias especificas), o que é mais benéfico para os alunos pois estes conseguem separar melhor os temas e criar uma analise critica para cada um, no caso do 5º ano a professora é a mesma para todas as matérias e esta decide como, quando e de que maneira abordar os conteúdos. E isto torna ainda mais interessante à pesquisa, pois a observação da relação entre professor (período integral), aluno e pais será de grande valia possíveis situações de conflitos que possam ocorrer na carreira de qualquer professor que aborde tais temas.

A metodologia de pesquisa escolhida foi a qualitativa, e foi realizada com alunos de 4º série do ensino básico de uma escola municipal da cidade de Fazenda Rio Grande –PR. Esta escola possui aproximadamente 1.000,00 alunos dos quais a maioria pertence à classe média baixa. Possui também duas classes para alunos especiais, que funcionam no contra turno de estudo dos alunos. Os alunos que freqüentam esta turma possuem diversos distúrbios de aprendizagem tais como disgrafia, discalculia, déficit de atenção, hiperatividade, TGD.

O total de alunos do quinto ano presentes nas classes especiais em ambos os turnos que assistiram aulas sobre a origem do planeta Terra é de dezesseis entre os dois turnos da escola, sendo estes divididos em cinco turmas diferentes nos períodos da manhã e da tarde. As professoras regentes destes alunos seguem um planejamento único e, portanto aplicaram o conteúdo sobre origem do planeta Terra em um período relativamente próximo uma da outra. Estas aulas foram acompanhadas no decorrer da pesquisa para a analise do conteúdo aplicado e de possíveis questionamentos por parte dos alunos.

Os instrumentos de coleta de dados para esta pesquisa foram utilizados na seguinte ordem: Um questionário aos alunos; um questionário para os pais;; uma entrevista com a professora; uma observação de; e por fim um grupo focal com os alunos. Foi obtido um total de 15 questionários com os alunos, estes questionários continham cinco questões objetivas e discursivas.

A primeira questão tinha por objetivo saber se a família da criança praticava alguma religião, e se praticasse, qual era a religião de sua família. As respostas obtidas apontam que nove dos alunos vêm de família católica, três dos alunos vêm de famílias evangélicas, um não tem religião e os outros dois pertencem a outras religiões. Na segunda questão buscava-se saber se os alunos cuja família tinha religião também eram praticantes desta, a uma maioria quase absoluta respondeu que sim (aproximadamente 93%) enquanto apenas 7% dizem não ser praticantes da religião a qual sua família pertence. A terceira questão buscava saber se os alunos que praticavam sua religião acreditavam em todos os conceitos passados pela mesma. A maioria (sete) afirmou acreditar em todos os conceitos de sua religião, três dos alunos disseram não acreditar em todos, três acreditam na grande maioria, mas não em todos e apenas dois optaram por não responder esta pergunta.

O objetivo da quarta questão era saber se os alunos conflitaram a explicação sobre a teoria do big bang, com o que aprenderam em casa sobre religião com o conteúdo que estava sendo passado pela professora. 12 dos alunos responderam que sim, houve conflito, e três afirmaram que não houve e argumentaram a favor dos pais ou da professora. A analise das respostas mostrou que os alunos se mostraram bastantes confusos com relação às duas teorias, alguns afirmam que deveriam aprender uma ou outra e não as duas, outros dizem que é bom aprender mais, porem mesmo com as mais variadas respostas explicando o porquê deste conflito os alunos apresentam este bloqueio epistemológico que lhes afeta o processo de aprendizagem.

O questionamento abordado na 5ª questão buscava saber qual era a importância do conteúdo passado para o aluno, foram dispostas cinco alternativas podendo o aluno marcar quantas fossem necessárias. A primeira alternativa afirmava que o conteúdo passado pela professora

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