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A SEGURANÇA MARÍTIMA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Por:   •  20/12/2018  •  1.827 Palavras (8 Páginas)  •  286 Visualizações

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Todos os modais são importantes, mas para o trabalho é necessário o foco em três deles. O ferroviário, aquaviário e rodoviário que também são os principais e carregam mais de 95% de todos produtos. A principal discussão é a troca entre as rodovias pelas ferrovias e aquavias. Notando a diminuição da poluição por meio de gases poluentes, diminuição do transito e maior transporte de cargas.

- DESCRIÇÃO DO ASSUNTO

Para um transporte de cargas sustentável é preciso pensar em um modo de transportar mais mercadorias com o mínimo de poluição possível. Analisando as opções de modais, temos como a mais sustentável o aquaviário. Para efeito de comparação da poluição dos gases, uma barcaça com cinco mil toneladas de mercadoria transporta a mesma quantidade que 143 carretas com 35 toneladas cada, ou equivalente a 72 vagões com 70 toneladas cada.

Para notar a carência do setor o Brasil tem 2,6 quilômetros de hidrovias para cada mil quilômetros quadrados de área. Fazendo uma comparação a China tem 11,5, os EUA têm 4,2 e a Argentina tem 4 mil quilômetros de hidrovias para mil quilômetros quadrados de área. Ainda em comparação com esses três países o Brasil é o único deles que transporta mais de 60% das cargas no modal rodoviário, sendo dois deles com dimensões continentais.

Para uma mudança de cultura o governo vem apresentando metas de planejamento de longo prazo no trânsito e transporte brasileiro, de acordo com o Plano Nacional de Logística e Transportes do Ministério dos Transportes (PNLT), a redistribuição da matriz de transportes para obter maior equilíbrio entre os principais modais até 2025. A meta da matriz é transportar 25% pelo modal aquaviário, 35% do ferroviário, 30% do rodoviário e o restando pelas dutovias e aerovias. Hoje o Brasil transporta cerca de 61% por rodovias, 21% em ferrovias, 14% em hidrovias e o restante por dutos e aeronaves.

Segundo pesquisas feitas pela Direção-Geral de meio ambiente da Comissão Europeia, são emitidos pelo modal rodoviários cerca de 116 kg de CO2 no transporte de mil toneladas por quilômetro útil contra 34 e 20 kg no transporte ferroviário e aquaviário, respectivamente. Considerando que os transportes são responsáveis por 13% das emissões globais de CO2, uma matriz limpa contribuiria muito para redução no Brasil.

Como solução para mudança de cultura, tem que mudar aos poucos o tipo de transporte de mercadorias. Isso passa com o investimento do governo em modais menos valorizados, maior atenção à sustentabilidade e ideia da movimentação menos poluente mesmo sendo mais custosa financeiramente. Com uma mudança de cultura nas empresas e incentivo à boa política ambiental, tem como fazer essa mudança gradativa no pensamento geral da população.

- ANÁLISE CRÍTICA

Desafios sociais afiguram-se de compatibilização extremamente complexa e por vezes até antagónica. Por exemplo, a indústria do Shipping está constantemente à procura de soluções novas para os seus navios, pois mantem-se fortemente pressionado pelas instabilidades dos mercados mundiais e cumulativamente pela apertada regulação internacional, debatem-se por maximizar a sua eficiência, manter a sua competitividade e a recuperação do transporte marítimo. As subsequentes réplicas materializando-se na formação de alianças globais (mitigação de riscos comerciais) na crescente dimensão dos mega porta contêineres (potenciar a eficiência decorrente dos efeitos de escala) e na experimentação de uma enorme nascente de soluções tecnológicas.

Os novos esquemas de pintura dos cascos, lubrificação do casco com bolhas de ar, evolução da hidrodinâmica das carenas e dos aparelhos propulsores, introdução de combustíveis com menor teor de enxofre. A Introdução de combustíveis alternativos, como por exemplo o LNG, as máquinas principais menos poluentes e energeticamente mais eficientes. Introdução dos filtros dos gases de evacuação, adoção da redução das velocidades de navegação, recuperação energética das amplitudes térmicas e das ações dinâmicas do navio são exemplos de inovações tecnológicas visando o desenvolvimento sustentável.

A IMO já reviu o Anexo VI da MARPOL para impelir à obtenção de mais cortes nas emissões sulfurosas dos navios, reduzindo das correntes 3.5% para 0.5% até janeiro de 2020, está em curso um estudo que deverá ser concluído até 2018. Os portos tentam adaptar-se às iniciativas empreendidas pelos Armadores, parece tornar-se consensual que a tecnologia pode ajudar a resolver alguns dos problemas ambientais e simultaneamente a melhorar a eficiência operacional exigida pelo século XXI. Inclusive alguns portos passaram a aplicar sistemas tarifários indexados à eficiência energética de cada navio, mais concretamente ao Environmental Ship Index – ESI bonificando os armadores que investem na eficiência e na redução de emissões gasosas.

Os portos são fundamentais não só para o setor dos transportes marítimos como também para outros setores, e o seu potencial de crescimento para os anos vindouros é elevado. São portas de acesso à rede global de transportes e, como tal, são motores de desenvolvimento económico e fontes de prosperidade para países, cidades e regiões.

Para que este desígnio seja realmente maximizado estamos a assistir a uma nova “Revolução Digital” impulsionada pelos desígnios da sustentabilidade. Efetivamente coabitam dois canais fundamentais um canal informacional e canal físico, ambos suportados por novas plataformas informacionais onde estão disponíveis funcionalidades como as de seguir a mercadoria durante o transporte, comparar preços entre os vários prestadores e rotas alternativas, avaliação da pegada ambiental para cada opção de transporte.

A geolocalização dos diferentes meios de transporte permite o ajuste ótimo de velocidades relativas e por conseguinte redução de emissões. Centrada ao nível dos serviços logísticos onde os múltiplos operadores conjugam os seus serviços e processos. Assistimos à experimentação do conceito do E-Maritime, a qual visa melhorar a partilha de informações que permite aos carregadores escolherem previamente o serviço de transporte mais adequado às suas necessidades, reduzir o tempo e os recursos absorvidos pelo cumprimento de exigências administrativas e permitir que os prestadores de serviços de transporte e logística para otimizar a gestão dos meios de transporte em tempo real, facilitando assim a criação de transportes ambientalmente mais eficientes.

Internacionalmente assistimos como vetores de inovação logística

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