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Histologia dos Epitélios e Desenvolvimento do câncer

Por:   •  30/9/2017  •  3.534 Palavras (15 Páginas)  •  468 Visualizações

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Serão apresentados aspectos referentes ao tecido epitelial, desde as suas características, principais funções, componentes e possíveis danos que podem afetar o seu devido funcionamento adequado.

2.1. Características e Funções

As células que compõem o tecido epitelial possuem diversas formas e podem se agrupar em camadas simples ou em múltiplas camadas, mais conhecida como forma estratificada. A configuração do seu núcleo é variada, porém acompanha o formato da célula, o que pode nos dar uma certeza do tipo de célula epitelial que está sendo observado (JUNQUEIRA, 2008).

As células epiteliais têm a característica de apresentarem uma região da célula que abriga maior quantidade de organelas especificas do que outra, deixando essa região polarizada, onde temos como exemplo, as células polarizadas.

Os epitélios não possuem vascularização própria, sendo que o seu suprimento provem dos tecidos adjacentes, principalmente do tecido conjuntivo, que está diretamente ligado ao epitélio através da membrana basal.

As regiões das células que estão em contato com as células vizinhas são denominadas membranas laterais. Entretanto, oposto à vascularização, os epitélios possuem uma alta quantidade de nervos que estão dispostos em plexos nervosos formados na lâmina própria e são responsáveis pela alta sensibilidade de alguns epitélios, como da epiderme, e pelo funcionamento de algumas células secretoras, estimulando ou inibindo sua atividade de secreção.

Os principais representantes são a epiderme “pele”, anexos epidermais e, glândulas e células secretoras, e o tecido epitelial tem funções que podem variar de acordo com sua localidade, podendo ser de revestimento de superfícies, defesa, absorção e secreção, percepção de estímulos sensitivos, e contração.

De acordo com GARTNER (2007), algumas células epiteliais podem apresentar especializações de membrana apical como microvilos, que se encontram presentes em células, cuja função principal é aumentar a área de absorção das células. Existem também outras células epiteliais que são especializadas em criação de cílios ou flagelos, sendo ambos compostos por dois microtúbulos centrais, com nove microtúbulos periféricos a sua volta, inseridos na base da célula pelos corpúsculos basais.

A diferença entre esses cílios e flagelos é baseada na característica dos cílios serem menores e em maior quantidade em uma única célula; aproximadamente 250 cílios; enquanto já os flagelos são mais longos e um está disposto em cada célula.

Alguns tipos de células epiteliais, por exemplo, células do epidídimo e do ducto deferente, são especializadas em dispostas em um tipo diferente de microvilo, esterocílios, que são microvilos maiores e ramificados tendo como característica principal serem imóveis, com a função de ajudar na locomoção de moléculas para dentro e para fora das células.

2.1.1. Membrana Basal

A membrana Basal (figura 01) é o espaço entre os tecidos e o tecido conjuntivo, onde esse espaço é visível apenas microscopicamente. O tecido epitelial forma uma lâmina basal com o tecido conjuntivo, que é menos espessa do que outras membranas basais como as que são formadas entre células adiposas e do conjuntivo.

Segundo Junqueira (2008):

Isso se deve ao fato de ambos os tecidos possuírem epitélio de revestimento, o que torna suas lâminas basais mais espessas, e as principais funções das membranas basais são: estrutural, filtrar moléculas, além de oferecer ao epitélio, regular a proliferação e diferenciação celular ao se ligar a hormônios e outros fatores de crescimento celular, influenciar no metabolismo das células e servir como suporte para migração celular (JUNQUEIRA, 2008).

[pic 3]

Figura 01 – Identificação da membrana basal (JUNQUEIRA, 2008).

Com base na figura 01, a membrana basal é dividida em dois seguimentos distintos somente visíveis ao microscópio eletrônico: lâmina basal e a lâmina reticular.

A lâmina basal pode ser divida em duas partes: lâmina densa e lâmina lucida. A lâmina densa é formada por uma rede de fibrilas e a lâmina lucida são camadas elétron-lucentes que podem se formar em uma ou em ambos os lados da lâmina basal.

Os principais componentes da lâmina basal são colágeno do tipo IV, glicoproteínas (laminina, entactina e proteoglicanos) e colágeno do tipo VII, que é responsável por formar uma rede que se adere ao tecido conjuntivo e ao epitelial, ligando os dois tecidos por meio das fibrilas de ancoragem.

A lâmina basal permite a adesão entre o epitélio e o tecido conjuntivo e é uma barreira de filtração seletiva para as substâncias que se movimentam entre esses dois tecidos. Ela influencia a diferenciação e a proliferação das células epiteliais.

Muitos de seus componentes são sintetizados pelas células adjacentes como pelas células epiteliais, conjuntivo, adiposo e muscular (GARTNER, 2007).

A lâmina reticular que é composta por feixes de colágeno, que podem ser produzidos tanto pelo epitélio, quanto pelo tecido adjacente e se projeta para dentro do tecido conjuntivo ao redor. (JUNQUEIRA, 2008).

2.2. Epitélios Especiais

a) Célula Serosa

As células serosas se caracterizam por ser poliédricas ou piramidais com núcleos arredondados, intensa basofilia na região basal, resultante do acumulo de retículo endoplasmático rugoso e polirribossomos; uma região apical com a presença de um desenvolvido complexo de Golgi

e muitas vesículas arredondadas envolvidas por membranas chamadas de grânulos de secreção, também chamados de grânulos de zimogênio no pâncreas. As células serosas liberam seus grânulos

de secreção através do movimento de proteínas motoras e do citoesqueleto, que empurra esses grânulos para região apical da célula onde a membrana desses grânulos se funde com a da célula e o material é liberado por exocitose.

b) Célula Mucosa

São células representadas, que tem como principal representante, as células caliciformes (Células de Goblet), e são células que possuem numerosos grânulos que contem muco de glicoproteínas intensamente hidrofílicos, na região apical. O núcleo normalmente é deslocado para a região

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