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A Educação inclusiva

Por:   •  14/8/2018  •  7.189 Palavras (29 Páginas)  •  383 Visualizações

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RESUMO

Este estudo tem como objetivo verificar a trajetória histórica enfrentada pelas pessoas portadoras da Síndrome de Down, e as mudanças ocorridas até os dias atuais no século XXI. Será abordada a importância da participação e aceitação da família na vida do portador da Síndrome de Down. O âmbito familiar é essencial para a vida de toda criança e isto requer da família atenção, carinho, respeito por suas habilidades, imposição de limites, para que este venha alcançar não somente as coordenações motoras e a alfabetização, e sim a inserção ao mercado de trabalho, que é assegurado no Artigo 27 da convenção da ONU (2009).

INTRODUÇÃO

Este estudo tem como objetivo visar à contribuição da aprendizagem dos alunos com síndrome de Down na educação infantil, a socialização e sua chegada ao mercado de trabalho. E foi instigado a partir da leitura do livro “Síndrome de Down: Um problema maravilhoso” (MORENO, 1996). Este livro relata a chegada de uma criança com síndrome de Down em uma família tradicional na década de 60 e como ela foi bem recebida, em uma sociedade em que as crianças desse tipo eram consideradas pejorativamente como mongoloides. Retomando as discussões apresentadas podemos ver que deparamos com muitos alunos com essa síndrome em nosso âmbito escolar e em nosso cotidiano. E assim não tinham direito à educação.

No primeiro capitulo será abordado à trajetória histórica das pessoas portadoras da Síndrome de Down na pré-história, idade média e na atualidade no século XXI. É posto o estudo do cientista Langdon Down para a causa da S.D, ele descobre que ao invés de 46 cromossomos agrupados em 23 pares, tinham 47 pares, ou seja, um a mais. Então em sua homenagem pela descoberta se deu o nome Síndrome de Down. Surgiram as primeiras instituições no Brasil, período colonial para crianças especiais, onde os deficientes mentais eram isolados em uma instituição de internação até o surgimento da APAE, e ouve uma mudança na constituição federal em 1988, que foi posto a integração da pessoa portadora da S.D nas escolas regulares, a inclusão na sociedade e as leis que as amparam a ter acesso à educação saúde e demais acessibilidade.

1 PRÉ-HISTÓRIA NA VIDA DAS PESSOAS COM SÍNDROME DE DOWN

Segundo Werneck, (1995), pessoas com algum tipo de deficiência existem desde o início da humanidade. Podendo confirmar essa informação com pinturas rupestres que registram a existência de seres com algum tipo de deficiência já na pré-história. A primeira evidência sobre a Síndrome de Down é datada no período de 1500 a 3000 a.c, na cultura Olmeca, hoje conhecida como Golfo do México. O registro antropológico mais antigo da Síndrome de Down deriva das escavações de um crânio saxônico, no século VII, apresentando modificações estruturais vistas com Síndrome de Down (Pueschel, 1995, p.45).

O que podemos perceber é que desde na trajetória do homem, da pré-história até bem recentemente no século XX, pessoas com S.D. foram vistos como mongolóides, doentes, possuidores de bons ou maus espíritos, tidos também como carmas. Muitos neste período eram abandonados quando crianças, mortos, ignorados pela sociedade, escondidos pelas famílias.

- Trajetória histórica da Síndrome de Down

Para (Werneck), o século XIX é o ponto de partida para a história da Síndrome de Down no mundo, pois os deficientes mentais eram vistos como grupo único, sendo tratados e medicados de forma igual, sem pensar na causa da deficiência, que podem ocorrer de inúmeras maneiras, como durante a gestação, no momento do parto e depois do nascimento. A medicina da época, não tinha conhecimento de que a redução da inteligência representaria um sinal à situação diversificada.

Em 1886, o cientista inglês John Langdon Down fez uma grande avaliação, que contrariou as crenças da época. Ele questionava o porquê de várias crianças, mesmo filhos de pais europeus, eram semelhantes entre si e também havia traços que recordavam a população da raça mongólica.

Outros cientistas, como o francês Seguin (1846) o inglês Ducan (1866), notaram as características semelhantes dessa condição. Mas o grande mérito coube a Langdon Down. Este cientista foi muito importante para os portadores da Síndrome de Down, pois ele foi o primeiro a reconhecer o fato de estar rodeado de pessoas com intuito de estudar e registrar as causas de ser consideradas doente e incapaz, que para ele era um erro cometido pela sociedade da época. No entanto John Langdon Down é considerado o grande cientista responsável pela descrição física e clínica, que é valido até os dias atuais no século XXI.

A descoberta de Langdon Down demorou a ser reconhecida, aproximadamente 70 anos. No final do século XIX, médicos de outros países europeus diagnosticaram a situação descoberta por Langdon Down em alguns de seus pacientes, trazendo novas informações. E através destas descobertas cientistas profissionais da saúde e de educação, se unem para que o termo mongoloide, ou mongol não seja mais usado. Foi necessário reverter o quadro no meio da sociedade e divulgar os dados sobre a verdadeira causa dos portadores da Síndrome de Down.

No século XX, houve muitos avanços, o cientista francês Jerome Lejeune, em 1958, trouxe a verdadeira causa da síndrome de Down. Estudando os cromossomos de seres humanos, descobriu que ao invés de terem 46 cromossomos por célula, agrupados em 23 pares, tinham 47, ou seja, um a mais. Alguns anos depois, dando continuidade às suas pesquisas, Lejeune identificou este cromossomo extra, sendo justamente no par 21, que em vez de dois, passava a ter três cromossomos. Por esta razão, a síndrome de Down é também denominada trissomia do par 21. Trata-se do resultado de um acidente genético que pode acontecer com qualquer casal em qualquer idade. Suas causas ainda são desconhecidas.

O nome síndrome de Down foi uma homenagem ao médico inglês, John Langdon Down, que há quase 130 anos chamou a atenção da sociedade para a existência de um grupo de pessoas até então ignorado.

1.2 As primeiras instituições no Brasil para as crianças com síndrome de Down

No período colonial brasileiro, as pessoas com deficiência eram mantidas isoladas em uma instituição de internação, confinadas pela família e em caso de desordem públicas, eram recolhidas às Santas Casas de Misericórdia ou às prisões.

No século XIX, iniciaram as primeiras ações para

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