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Escola Inclusiva

Por:   •  19/9/2017  •  1.734 Palavras (7 Páginas)  •  558 Visualizações

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(...) Conhecer bem a criança é o primeiro passo. Outra ação igualmente importante é envolver os demais professores e funcionários da escola, além dos colegas de classe em ações que ajudem a se organizar. Com a atenção de todos, é mais fácil incluí-la na rotina. Andrea Ruffo, professora da SEMEI Dep. João Herrmann Netto, Campinas, São Paulo.

O conceito de escola inclusiva, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais paraEducação Especial (MEC-SEESP, 1998), implica em uma nova postura da escola regular que deve propor no projeto político-pedagógico, no currículo, na metodologia, na avaliação e nas estratégias de ensino, ações que favoreçam a inclusão social e práticas educativas diferenciadas que atendam a todos os alunos. Pois, numa escola inclusiva a diversidade é valorizada em detrimento da homogeneidade.

“Educação inclusiva não quer dizer somente aceitar as diferenças, mas também potencializar o sujeito para as transformações sociais”.

Conceito de Educação Inclusiva:“É o caminha para uma escola aberta à diferença, onde todos possam fazer o seu percurso de aprendizagem independente das desvantagens de natureza biológica, sociocultural, psicológica e educacional que possa apresentar (MARINHO, 2007, p.9)”.

A educação inclusiva se apoia na premissa de que é preciso olhar para o aluno de forma individualizada e colaborativa, contemplando suas habilidades e dificuldades no aprendizado em grupo. Isso não significa reduzir as expectativas da turma ou deixar de avaliar os estudantes: as metas de conquista do conhecimento são estabelecidas em consonância com o potencial de cada criança. No Brasil, essa visão se consolidou com a criação, em 2008, da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Em cinco anos, de 2007 a 2012, o número de alunos com deficiência na escola regular passou de cerca de 306 mil para mais de 620 mil, um aumento de 102,78%. Diversas iniciativas do MEC têm auxiliado as redes públicas na tarefa de deixar para trás o modelo segregador que vigorava. Muito mais que recursos financeiros, a mudança depende de uma revisão de paradigma que ultrapassa as fronteiras da educação, dizendo respeito aos conceitos de inclusão da sociedade como um todo.

Na idade média o modelo de segregação se deu pelo pressuposto da religião, para o homem medieval o conhecimento é iluminação. Nesta época as pessoas eram vistas como possuidora de alguma força do bem ou do mal. Já no dias de hoje a ciência revolucionou garantindo o homem o domínio sobre a natureza e a perspectiva de entender esse novo padrão de racionalidade aos âmbitos físico, social, político e moral. a educação inclusiva segundo Bueno(1997). Nos anos 60 surge os primeiros movimentos de luta contra a segregação veio ai a primeira lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 40.24/61, onde nos art. 88 e 89 que essa educação deveria se enquadrar no sistema geral da educação. Em 1994 os dirigentes de mais de 80 Países assinaram um importante documento "a Declaração de Salamanca" O compromisso de garantir os direitos educacionais, onde proclama as escolas regulares inclusivas como o meio mais eficaz de combate a quaisquer tipo de discriminação.

Segundo Sassaki (1997), a integração social consistia no

esforço de inserir na sociedade pessoas que apresentam

deficiências que alcançaram certo nível de capacidade

compatível com os padrões sociais existentes.

Nesta compreensão, o acesso dos alunos com necessidades especiais nas escolas normais dependia unicamente de seus progressos, o que raramente acontecia, deixando a integração escolar apenas no discurso, pois na prática não asseguravam a promoção de habilidades, da imagem social, da autonomia, desses sujeitos na totalidade, embora assegurado ao aluno com deficiência seu acesso à escola comum, mas não se garantia sua participação no contexto educacional, visto que a escola não era adaptada para atender os alunos em suas necessidades, a exigência era que o aluno se modificasse até que pudessem se encaixar nos padrões burocráticos das escolas regulares.

O breve contexto sobre o atendimento aos educandos com necessidades especiais, nos leva a perceber que o período que antecede o século XX é marcado por atitudes sociais de exclusão educacional, visto que os alunos deficientes eram descriminados, a deficiência era vista pela como limitações, que tornava- os incapazes e até indignos de receber uma educação escolar, ainda que estudos científicos da época demonstrassem que havia possibilidades e potencial desses sujeitos frequentarem o espaço escolar desde que suas particularidades fossem consideradas, mas o preconceito predominante na sociedade impedia essa nova visão.

Na perspectiva da promoção da inclusão escolar é indispensável que seja criada uma nova estrutura educacional, onde as escolas sejam preparadas para atender os alunos nos mais diferentes aspectos, ou qualquer dificuldade. Para tanto, a escola deve desfazer-se de heranças negativas, preconceituosas e burocráticas que valorizam os conteúdos programáticos, as notas das provas, e a classificação de alunos a partir das diferenças sociais, culturais e principalmente em pessoas com deficiência e pessoas sem deficiência, o que nega aos sujeitos o direito ao saber.

A inclusão escolar para se materializar na prática, precisa ser amplamente debatida no âmbito da sociedade em geral e principalmente no contexto educacional, visto que para muitos profissionais da educação ainda não estar claro o verdadeiro sentido da inclusão e uma educação inclusiva de fato exige sensibilidade de todos os envolvidos no processo educacional, assim como investimentos públicos significativos que ofereça condições dignas de funcionamento às escolas, já que na sua maioria não possui estrutura nem para atender os alunos ditos normais. Embora, entendemos que a escola inclusiva deve incluir todos sem exceção, como enfatiza a Declaração de Salamanca (1994):

[...] escolas deveriam acomodar todas as crianças, independentemente

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