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O ENSINO DE HISTÓRIA MEDIEVAL E SEUS ESTERIÓTIPOS ”

Por:   •  24/10/2018  •  1.599 Palavras (7 Páginas)  •  291 Visualizações

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Contrariando aquilo que é por muitas vezes é repassado nas escolas, o período Medieval difundiu conhecimentos científicos e seu maior legado foi a criação das universidades. As primeiras surgiram em Bolonha, Paris, Oxford e Cambridge como associações de mestres e alunos, foram valorizadas por reis e papas e reagiram às tentativas de controle em poderes locais, a burguesia além de favorecer a expansão das atividades econômicas, estimulou a expansão da escrita, disseminação de ideias novas e transformações culturais.

Uma das teses clássicas sobre a Idade Média afirma que após um processo de ruralização da economia em que as cidades e o comércio desapareceram, a Europa conheceu um vigoroso renascimento comercial e urbano. Criticando essa visão, Marc Bloch lembra que o comércio nunca deixou de existir durante toda Idade Média. Jacques Le Goff completa afirmando que as cidades criadas na Antiguidade sobreviveram na Idade Média e que a partir do século XI ocorreu um alargamento das atividades econômicas dos núcleos urbanos de origem antiga. Assim, no lugar de um “renascimento comercial e urbano”, houve, na verdade, um crescimento das atividades comerciais como também a expansão da produção agrária, que favoreceu o desenvolvimento do comércio. Tais transformações contribuíram para um forte crescimento demográfico entre os séculos XII e XIII. O mundo urbano estava intimamente vinculado ao mundo rural medieval exercendo influências sobre a nobreza e os camponeses acelerando mudanças no campo. As atividades comerciais e artesanais das cidades estavam ligadas às atividades desenvolvidas no campo. A cidade medieval era consumidora de víveres e matérias primas produzidos nos feudos. Os senhores davam proteção às feiras e garantiam a segurança nas estradas.

Uma das teses clássicas sobre a Idade Média afirma que após um processo de ruralização da economia em que as cidades e o comércio desapareceram, a Europa conheceu um vigoroso renascimento comercial e urbano. Criticando essa visão, Marc Bloch lembra que o comércio nunca deixou de existir durante toda Idade Média. Jacques Le Goff completa afirmando que as cidades criadas na Antiguidade sobreviveram na Idade Média e que a partir do século XI ocorreu um alargamento das atividades econômicas dos núcleos urbanos de origem antiga. Assim, no lugar de um “renascimento comercial e urbano”, houve, na verdade, um crescimento das atividades comerciais como também a expansão da produção agrária, que favoreceu o desenvolvimento do comércio. Tais transformações contribuíram para um forte crescimento demográfico entre os séculos XII e XIII. O mundo urbano estava intimamente vinculado ao mundo rural medieval exercendo influências sobre a nobreza e os camponeses acelerando mudanças no campo. As atividades comerciais e artesanais das cidades estavam ligadas às atividades desenvolvidas no campo. A cidade medieval era consumidora de víveres e matérias primas produzidos nos feudos. Os senhores davam proteção às feiras e garantiam a segurança nas estradas.Já não se usa mais o termo “idade das trevas”, porém, ainda subsiste a ideia de uma Europa medieval atrasada mergulhada em crenças ditas absurdas e fantasias repletas de magos, feiticeiras, fadas, dragões, ogros, cavaleiros errantes e duendes. É pertinente lembrar a atração que essas representações exercem sobre os alunos e o sucesso que fazem no cinema, em jogos eletrônicos e livros de ficção. Talvez, por isso mesmo, deve-se considerar a pertinência de levar esse conteúdo à sala de aula. As figuras do imaginário pagão sobreviveram à consolidação da fé cristã e continuaram vivas nas camadas populares mesmo sofrendo a perseguição e intolerância da Igreja medieval. A Igreja denominava-os de “seres maravilhosos” pertencentes a uma realidade sobrenatural (mas não sagrada nem religiosa) que poderia se manifestar como os anjos e os demônios. Criou-se assim uma simbiose onde se misturavam elementos cristãos e pagãos, como foi o caso de São Jorge, o santo cavaleiro que matou o dragão. O imaginário pagão e o maravilhoso cristão produziram uma rica tradição oral em lendas, contos e fábulas que hoje fazem parte de nossa herança cultural. Como lembra Macedo, “herdamos da Idade Média nosso gosto por ouvir boas histórias, boas narrativas, boas canções”. Trazer esse patrimônio cultural para a sala de aula é uma boa maneira de aproximar os alunos da Idade Média e do imaginário medieval. Além disso, a rica literatura medieval aborda situações, sentimentos e padrões de conduta que são importantes aos adolescentes como amor, amizade, honra e fidelidade. São numerosas as opções de textos da literatura medieval, entre elas, o ciclo do rei Arthur e dos cavaleiros da Távola Redonda, a busca do Santo Graal, El Cid campeador, Carlos Magno e os doze pares de França, contos de aventura e amor escritos por Maria de França no século XII, e uma infinidade de fábulas. (Veja sugestões ao final desse artigo.) Cabe lembrar ainda que os europeus que participaram da expansão marítima e comercial, da conquista e da colonização da América, apesar de serem contemporâneos ao humanismo renascentista, estavam impregnados de uma mentalidade de base medieval. As façanhas dos heróis lendários e as ameaças de seres fantásticos ainda povoavam suas cabeças e foram trazidas para o Novo Mundo

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