INCLUSÃO: PARCERIA ENTRE FAMILIA E ESCOLA NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
Por: Rodrigo.Claudino • 9/10/2018 • 3.511 Palavras (15 Páginas) • 369 Visualizações
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A dificuldade de inclusão não está somente no ambiente escolar, principalmente nos pequenos municípios tanto as escolas, quanto as demais repartições públicas, como hospitais, bancos, postos de saúde, não estão aptos a atender pessoas com necessidades especiais, pois os custos para adaptar os ônibus, salas de aulas, escolas e também o treinamento de educadores em profissionais capacitados em lidar com diversidades são altos, e muitas vezes são deixados de lados. Há ainda uma visão antiquada de que pessoas com deficiência são improdutivas e por isso pouco se investe, dificultando assim a entrada na escola e posteriormente no mercado de trabalho, acentuando assim a sua condição desfavorecida em relação a outras pessoas.
É de fundamental importância que haja mudanças no processo de inclusão escolar, porém isso exige maior esforço das escolas, porém este esforço amplia também o conceito da escola como ambiente de construção de conhecimento. Para isso, a educação deverá ter um caráter amplo e complexo, o que possibilita a escola beneficiar-se de programas educacionais, desde que sejam dadas as oportunidades adequadas para o desenvolvimento de suas potencialidades. Tais mudanças exigem que o professor tenha uma mudança de postura, redefinição de papeis que possa favorecer o processo de inclusão e formação adequada às novas funções que serão exercidas por ele.
Não há nenhuma proposta de inclusão que possa ser generalizada ou multiplicada, pois ainda é incipiente, no entanto é de consenso que esse processo é de responsabilidade de toda a sociedade e é preciso que a escola esteja aberta para a "escuta", favorecendo assim, as trocas para a construção do processo de inclusão escolar.
2 O QUE É EDUCAÇÃO INCLUSIVA?
Daniela Alonso, especialista em educação inclusiva conceitua.
A Educação inclusiva compreende a Educação especial dentro da escola regular e transforma a escola em um espaço para todos. Ela favorece a diversidade na medida em que considera que todos os alunos podem ter necessidades especiais em algum momento de sua vida escolar.
A utilização de apoio e recursos especializados pode facilitar e até mesmo garantir a aprendizagem dos alunos com necessidades especiais, como dos demais alunos. Daniela salienta que a educação é um direito de todos e deve ser orientada no sentido do pleno desenvolvimento e do fortalecimento da personalidade. A inclusão é uma forma de respeito aos direitos e liberdades humanas e deve ser incentivado.
Entende-se por educação inclusiva educar todas as crianças em um mesmo contexto escolar. Optar por este tipo de Educação não significa negar as dificuldades dos estudantes, através da inclusão, as diferenças não são vistas como problemas, mas como diversidade. Sobre este aspecto, Carvalho diz que:
Ao refletir sobre a abrangência do sentido e do significado do processo de Educação inclusiva, estamos considerando a diversidade de aprendizes e seu direito à equidade. Trata-se de equiparar oportunidades, garantindo-se a todos - inclusive às pessoas em situação de deficiência e aos de altas habilidades/superdotados, o direito de aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conviver. (CARVALHO, 2005).
A educação inclusiva vem sendo regulamentada em todo o mundo, e no Brasil, a regulamentação mais recente que norteia a organização do sistema educacional é o Plano Nacional de Educação (PNE 2011-2020). Segundo Daniela, o documento estabelece a nova função da Educação especial como modalidade de ensino que perpassa todos os segmentos da escolarização; realiza o atendimento educacional especializado (AEE); disponibiliza os serviços e recursos próprios do AEE e orienta os alunos e seus professores quanto à sua utilização nas turmas comuns do ensino regular.
O documento considera que crianças com deficiência física, intelectual, auditiva, visual e múltipla, bem como crianças com transtorno global de desenvolvimento (TGD) são o alvo principal da educação inclusiva.
O aluno que apresenta alguma necessidade específica pode requerer os recursos identificados como necessidades educacionais especiais (NEE), além dos direitos comuns a todos os educandos em idade escolar. Os recursos oferecidos aos educandos com necessidades especiais são de acordo com a deficiência apresentada. Além de participar das aulas normais, cada aluno tem direito a um acompanhante que facilite a sua locomoção e até comunicação com os demais alunos. Daniela Alonso diz que:
O estudante poderá beneficiar-se dos apoios de caráter especializado, como o ensino de linguagens e códigos específicos de comunicação e sinalização, no caso da deficiência visual e auditiva; mediação para o desenvolvimento de estratégias de pensamento, no caso da deficiência intelectual; adaptações do material e do ambiente físico, no caso da deficiência física; estratégias diferenciadas para adaptação e regulação do comportamento, no caso do transtorno global; ampliação dos recursos educacionais e/ou aceleração de conteúdos para altas habilidades.
Buscando diminuir a exclusão, principalmente em termos de aprendizagem escolar e social de pessoas com necessidades especiais, a educação inclusiva tem sido um caminho importante, pois através dos novos preceitos e leis, cada vez mais pessoas tem a oportunidade de uma educação que visa não somente o aprendizado dentro de suas condições físicas, mas também a inclusão social, o que possibilita maiores condições de entrar no mercado de trabalho.
Segundo Daniela Alonso, para estruturar as flexibilizações na escola inclusiva deve ser feita uma reflexão sobre os ajustes que devem ser feitos na organização didática, pois se não for bem estruturado, o plano didático pode ser excludente. O educador deve estar atento ao fazer adaptações que atendam todos os alunos. Daniela argumenta que as flexibilizações e/ou adequações da prática pedagógica deverão estar a serviço de uma única premissa: diferenciar os meios para igualar os direitos, principalmente o direito à participação, ao convívio.
O projeto inclusivo deve ser desenvolvido não só pelo educador, mas por toda a equipe pedagógica. É essencial que o educador tenha uma atitude positiva, seja disponível e saiba criar uma atmosfera acolhedora na classe, orientando os demais alunos a reconhecer e aceitar as diferenças.
Para crianças com necessidades educacionais especiais uma rede contínua de apoio deveria ser providenciada, com variação desde a ajuda mínima na classe regular
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