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ESTUDO DOS EFEITOS DA MÚSICA NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS NAS ESCOLAS BÁSICAS PÚBLICAS E PARTICULARES – UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO

Por:   •  29/12/2017  •  3.081 Palavras (13 Páginas)  •  575 Visualizações

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De acordo com Faria (2001, p. 4): “A música passa uma mensagem e revela a forma de vida mais nobre, a qual, a humanidade almeja, ela demonstra emoção, não ocorrendo apenas no inconsciente, mas toma conta das pessoas, envolvendo-se trazendo lucidez à consciência”.

Segundo Ongaro e Silva (2006): “A música como qualquer outra arte acompanha historicamente o desenvolvimento da humanidade e pode se observar ao analisar as épocas, pois cada uma, ela está presente. Além disso, ela é algo constante na vida da humanidade e pode ser vista em todos os registros da história”.

Ela não substitui o restante da educação, ela tem como meta desenvolver em cada indivíduo toda a perfeição de que é capaz. Porém, sem o uso da música não é possível atingir a esta meta, porque nenhuma outra atividade consegue levar o indivíduo a agir. A música atinge a motricidade e a sensorialidade por meio do ritmo, do som, e por meio da melodia, atinge a afetividade (GAINZA, 1988).

Com isso, a música afeta as emoções, pois as pessoas vivem mergulhadas em um oceano de sons. Em qualquer lugar e qualquer hora respira-se a música, sem se dar conta na disso. A música é ouvida porque faz com que as pessoas sintam algo diferente, proporcionando tais sentimentos como: alegria, melancolia, violência, sensualidade, calma entre outros, que constitui um fator importante formação do caráter do indivíduo.

- A HISTÓRIA DA MÚSICA NAS ESCOLAS

A música sempre teve uma grande importância nas escolas de educação básica, porque elas marcaram a trajetória e a prática do docente neste contexto, bem como aos conteúdos e metodologias que devem alicerçar a atuação do educador musical nesta realidade tem sido amplamente debatidas na área da educação musical nas escolas (ARROYO, 2000).

As primeiras manifestações foram às músicas eruditas trazidas ao Brasil pelos portugueses, por intermédio dos jesuítas. Esses missionários, dispostos a conquistar novos servos para Deus, encontraram na arte um meio de sensibilizar os indígenas. A música que os jesuítas trouxeram era simples e singela, as linhas mais puras do cantochão cujos acentos comoveram os indígenas, que desde a primeira missa, deixaram-se enlear por tais melodias (AMATO, 2006).

Quando D. João VI, veio ao Brasil ele recebeu um tratamento especial, principalmente quando foi feito uma reorganização na Capela Real pelo padre José Maurício Nunes Garcia que lhe deu um grande fulgor, quando mandou vir de Portugal o organista José do Rosário. Porém a música não poderia se limitar apenas a Igreja e se iniciou a edificação do Teatro São João, uma vez que o velho Teatro Manuel Luiz não era mais “digno” da corte portuguesa (NAGLE, 1968).

Um dos pontos mais marcantes que teve nesta jornada histórica foi a aprovação do Decreto 1.331 A, de 17 de fevereiro de 1854, sendo o primeiro documento que fez menção ao ensino da música na “instrucção publica segundaria do Município da Corte” na cidade do Rio de Janeiro. Outro ponto que mostrou a importância da música nas escolas foi à inserção e prática orfeônica como base para as aulas de música no ensino secundário, a partir de 1931 para o Distrito Federal, definido pelo Decreto n. 19.890, de 18 de abril de 1931. Sua expansão para as outras partes do mundo se deu a partir de 1942 com a criação do Conservatório Nacional de Canto Orfeônico (OLIVEIRA, 2000).

Durante o período republicano, existia a Reforma Capanema que contribuiu muito para o ensino da música nas escolas, onde o canto orfeônico fazia parte do currículo, durante quatro anos no primeiro ciclo e três anos no ciclo dois com a denominação “música e canto orfeônico” (MACHADO, 2004).

O curso para a formação de professores de música foi criado em São Paulo, em 1960 pela Comissão Estadual de Música que estava na época ligada ao Conselho Federal de Cultura, junto à Secretaria do Estado dos Negócios do Governo (FONTERRADA, 1991).

Com isso a educação musical se transformou em disciplina curricular, devido ao Conselho Federal de Educação substituindo o canto orfeônico, provocando uma alteração no cotidiano musical escolar, como mostra no trabalho de Fonterrada, 1991.

Esse currículo passou a compor-se de quatro áreas artísticas distintas: música, arte plásticas, artes cênicas e desenho. Assim a educação artística foi instituída como disciplina obrigatória nos currículos de primeiro e segundo grau, substituindo outras áreas da época (SÃO PAULO, 1991).

Dessa maneira, pode-se observar que o Brasil já tem uma trajetória histórica belíssima, educativa e cultural que nos permite refletir e criticar acerca de perspectivas e caminhos concretos que possam subsidiar a inserção da educação musical nas escolas (MACHADO, 2004).

- MÚSICA COMO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA EM SALA DE AULA

A música para o desenvolvimento de uma criança em sala de aula é muito importante, pois favorece uma interação significativa para a interação sociocultural. Alguns estudos têm demonstrado que os elementos da música (ritmo e melodia) atuam na área cognitiva da criança desenvolvendo a sua criatividade, facilitando assim a sua aprendizagem na leitura e na produção escrita. A música pode estimular o desenvolvimento cognitivo, afetivo, sensitivo, estético e musical específico (VIEIRA E LEÃO, 2003).

A música é uma expressão viva da cultura de um país e que deveria conter nos Parâmetros Curriculares Nacionais, na medida em que são instrumentos que possibilitam a transmissão dos legados culturais de forma mais sistematizada. Percebemos que hoje em dia a prática de ensino que não condiz com a realidade e necessidade de inclusão do conhecimento musical popular nos currículos escolares. Não está sendo repassada a nossa cultura musical popular brasileira, nosso repertório, nossa maneira tão personalizada e bem criativa de representação do cotidiano, por meio de sons para os nossos alunos. Com isso, muitas histórias vão se perdendo ao longo do tempo. (TEIXEIRA E ROMÃO, 2007).

Segundo Sekeff, (2007, p.45):

A música rítmica dá ao educando o sentido e a emoção do movimento, ampliando sua concepção de mundo. Essa sensação provavelmente precede a possibilidade de realização, tendo em conta que, do ponto de vista embriológico, o sistema motor é o primeiro a se desenvolver antes de qualquer sistema sensorial.

Portanto, a música em si, através da sua representação gráfica, pode ser considerada uma

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