Análise crítica dos artigos - Para uma crítica da medievalização na educação e Família, escola e desempenho acadêmico

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Em síntese, esta análise crítica não tem o intuito de simplesmente criticar a medicalização pois ela também é importante, trata-se aqui da medicalização com o diagnóstico sem responsabilidade, sem compromisso ético com o indivíduo. Entendo que o indivíduo é um ser que possui leis gerais mas que também possui peculiaridades, entendo a importância de o professor que tem total influência sobre o aluno enxerga-lo dessa maneira, de maneira que busque novas práticas para pensar no indivíduo como um todo.

Como é citado no texto um parágrafo que achei genial: “estamos diante da total ausência de crítica! Estamos pedindo às crianças que prestem atenção em tudo o que lhes é apresentado, mmesmo que esses conteúdos não façam o menor sentido! E, ainda mais: que por vezes a situação lhes pareça insuportável

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Toda essa discussão acerca da medicalização indevida na educação, é completa perfeitamente pelo segundo artigo em que trata da importância da família, das influências sociais e etc.Com toda a reorganização social que vivemos na metade do século XX, o mercado de trabalho foi redefinido, a própria organização da família foi reestruturada, as mulheres que antes dedicavam-se totalmente a sua família, hoje estão inseridas no mercado desempenhando sua própria carreira e identidade.

Portanto, o papel da escola e o papel da família ficaram confusos, pois um joga pro outro a responsabilidade que deveria se ter enquanto o aluno é o mais prejudicado. A educação precisa ser dada pela família e complementada pela escola. Quando não ocorre, quando uma esfera deixa de fazer seu papel, um dos campos fica sobrecarregado e não consegue cumprir com o desenvolvimento do indivíduo.

E exatamente nessa questão que os dois artigos conversam, pois ambos consideram que o processos escolar é complexo e fruto da realidade social, portanto pensaro desempenho acadêmico do aluno em um dado estatístico isolado e a família possui um papel direto nisso.

Considero a relação escola e família muito importante no processo, pois uma família que compreende, incentiva o aluno e o trabalho feito na escola, há troca e assim ambos solucionam os problemas juntos. Válido ressaltar também que o filho é reflexo dos pais, dos seus valores, crenças e é até um critério para sua autoestima. É importante também repensar a definição de sucesso e fracasso escolar, onde o ‘’ser bem sucedido’ na escola é sinal sinal de ter muitos bens, notas altas, enquanto o fracasso é taxado aquele indivíduo que não acompanha o rendimento da turma. Todas essas definições devem ser repensadas, pois alguém aquele indivíduo já é, ele tem uma história, conhecimentos seus, portanto não deve associar a ideia de ser alguém a somente o indivíduo que possui um alto rendimento.

Considerando que para muitos, sucesso é conseguir escrever o seu nome. Entendo que essa massificação da escola, traz muitos pensamentos errôneos, onde a escola é somente o único e exclusivo detentor do conhecimentos, mas considerar que o aluno também pode compartilhar saberes e que torna-lo ativo no processo, faz com que estimule sua atenção, sente-se envolvido na aprendizagem, logo traz significação e faz com que apara além de simplesmente receber a informação, ele aprenda verdadeiramente.

O nível de formação dos pais, da sua condição socioeconômica, o meio em que ele está inserido, o tornam mais vulnerável as dificuldades do processo escolar.

Em síntese, considero que os dois artigos trazem uma visão mais ampla acerca do indivíduo, tanto a importância da troca família e escola, tanto na importância de se compreender as características individuais para não se medicar um traço de personalidade. É preciso compreender a trajetória de vida do indivíduo, vínculos familiares, rede de apoio que o mesmo possui, entendo que a escola é um contexto diversificado, portando deve ser vista a partir de suas variáveis, pois além de envolver uma gama de pessoas com personalidades diferentes, envolve regras, valores distintos. É um ambiente multicultural que a partir disto tem a capacidade de promover o indivíduo este espaço sem julgamentos, onde estão sendo preparados para inserção na socidade.