RELAÇÃO QUESTÃO SOCIAL, POLITICAS SOCIAIS E INTERVENÇÃO PROFISSIONAL
Por: Hugo.bassi • 31/1/2018 • 1.809 Palavras (8 Páginas) • 494 Visualizações
...
Sader (2008) afirma que esse chamado Estado Ditorial, que realmente ficou forte na década de 70, mesmo mediante de toda economia recessiva que o Capitalismo Internacional passava. Essa fortificação se deu, porque o militares na tentativa de compensar a restrição dos direitos civis e políticos realizou uma ampliação nas politicas sociais, dando seguimento a politica de desenvolvimento da industrialização do país, iniciada pelo governo de Juscelino Kubitscheck. Uma forma de governar que tinha como fundamentos o principio positivistas implantando na bandeira brasileira “Ordem e Progresso”, o setor produtivo do país foi fortalecido pelas ações e movimentações de empresas estatais, fusões de instituições financeiras e bancos, o uso de recursos públicos para criação de novos rendimentos, a criação da Embraer, se dando através da Aeronáutica e o Instituto Tecnológico, criação de estradas que ligariam e oportunizariam novos escoamentos de produções ; foram essas e outras ações que acabaram por diferencias a ditadura militar que aconteceu no Brasil de outros países vizinhos, que acabaram por implantar medidas recessivas em suas economias (Oliveira, 2010).
Por fim da década de 80, a recolocação do modelo de Governo Democrático se tornou uma questão social na sociedade brasileira. Telles (1994) no conduz a analogia de que o esgotamento do modelo desenvolvimentista imposto pelo regime militar ocasionou em novos e intensos movimentos sociais que traz em debate os fatores da divida sócia, a autora afirma que os direitos operavam formas que regulavam as praticas sociais. Dagnino (1994) no mostra que a reconstrução dos novos espaços públicos que teriam como objetivo a politização das novas demandas sociais do Brasil, resultaram em questionamentos de que o Estado deveria passar a ter funções e prestações de serviços que atendesse as demandas sociais populacionais, através das novas politicas sociais; sendo assim, antigos benefícios passariam aser transformado em direitos, através de uma nova ordem democrática e não por uma simples concessão governamental, nova ordem essa que priorizaria os direitos fundamentais do cidadão, fundamento então os pilares da igualdade social e a participação politica. E quando paramos para identificar essas ações é possível encontrarmos medidas em praticamente todas as áreas, saúde, nutrição, cultura, educação, trabalho, previdência social entre outros; podemos evidencias como exemplode reorganização no âmbito da saúde com surgimento da proposta de criação de um Sistema Único de Saúde, no âmbito da Previdência Social, temos a criação do seguro- desemprego, criações de universidade e instituições federais de ensino, entre outras diversas ações (CASTRO & FARIA , 1989).
POSTURA E REFERENCIAL DO SERVIÇO SOCIAL NO PERÍODO DE 1960 A 1980.
Netto(1991) nos mostra que justamente na década de 1960, através do Movimento de Reconceituação do Serviço Social, que era nada mais que a apresentação de opções e ferramentas que romperiam as tendências funcionalistas que reforçavam o conservadorismo, e com isso, acabariam assim por fundamentar um novo modelo teórico- metodológico da profissão, totalmente desatrelado ao parâmetros norte-americano, que até o presente momento era hegemônico. Netto segue dizendo que esse movimento eclodiu praticamente por todos os países da América Latina, países como Uruguai, Chile, Argentina entre outros, e que essas mudanças tiveram como principal característica a busca por um novo foco profissional, onde os interesses implicavam em ter a sociedade como um fator participante em seu trabalho, quebrando assim a imagem conservadora que a profissão passava; então todo esse movimento reconstrutivo do Serviço Social latino-americano teve suas perspectivas de ação modernizada, os seus princípios conservadores foram reatualizado, e principalmente uma perspectiva de romper com qualquer paradigma do Serviço Social tradicional. E foi então assim que toda essa Reconceituação do Serviço Social iniciada na década de 1960 que deu forças para que ela pudesse enfrentar toda a “formação tecnocrática conservadora” que veria nas décadas seguintes, e foi justamente entre as décadas de 70 e 80que as base desse novo projeto começou a se fundamentar através dos proventos ético-político do Serviço Social, que acabou por condicionas barreiras de bloqueios sociais que se levantavam com o conservadorismo daquela época.
As décadas de 80 foram resultado de um processo de grandes mudanças. Re seção Econômica Mundial, aumento da divida externa, a transição do poder estatal da ditadura para um modelo liberal democrático, todos esses acontecimento se deram praticamente de forma simultânea, caracterizando assim o surgimento de uma grande demanda social, em uma sociedade que precisava encontrar no novo Estado uma segurança de seus direitos, sendo então, uma serie de medidas sociais fizeram com que o final dessa década fosse marcada por uma grande vitória dos direitos sociais, a criação da Constituição Federal em 1988, acabou garantindo uma universalidade dos direitos e deveres da sociedade, uma uniformidade dos benefícios, mostrando os princípios e novo modelo do Sistema de Seguridade Social (assistência sócia, previdência social e saúde), caracterizando pois assim a integralidade da Seguridade Social e suas politicas. Conquistas essas que fundamentavam as bases dos Serviço Social no país, segundo Netto (1991).
Tamanhas foram essas mudanças que Foucault (1995) afirma que foi justamente nesse período entre as décadas de 60 a 80 que a Psicologia Social perante o assunto vivenciado pela população brasileira compreende-se que o Brasil sob o regime militar que durante muitos anos controlou a população de seus atos e pensamentos e também passou a ganhar corpo no Brasil com leis que regulamentavam seus campos de ação, como centros no Rio de Janeiro e Porto Alegre que tinha ligações diretas com as proveniências europeias, que fundamentavam sua cultura e poder de ação, através das predominâncias dos pensamentos sociais de grandes pensadores como Weber e Durkheim; essas fundamentações deram origem a campos de analise institucional, organizações de estruturas.
CONCLUSÃO
O período de 1960 a 1970, realmente foi um período de grandes mudanças para a sociedade brasileira, na verdade ele foi um seguimento, pois anterior a esse período já evidenciávamos um grande crescimento estrutural, afinal a politica de Juscelino “50 em 5” realmente era passível de cresça, frente aos seus resultados, porem ela desencadeou uma crise social no pais, crise essa que foi o ponto inicial para uma grande mudança
...