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A Relação Questão Social, Políticas Sociais e Intervenção profissional

Por:   •  29/12/2017  •  1.296 Palavras (6 Páginas)  •  514 Visualizações

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Com isso, aponta Farias (2005) o Estado precisa criar estratégias para reduzir as desigualdades sociais causadas pela ausência de equalização de oportunidades efetivas de mercado.

As evoluções tecnológicas, as lutas sindicais e os movimentos dos trabalhadores, após um longo período de alienação, ocasionada pela instauração da ditadura militar em 1964, foram alguns dos fatores que influenciaram a construção de uma nova Constituição. Segundo os Parâmetros do Conselho Federal de Serviço Social, a seguridade social representa um dos maiores avanços da C.F. (Constituição Federal) de 1988, no que se refere às históricas reinvindicações da classe trabalhadora.

Na década de 1970, o modelo das políticas sociais existentes no país, podem ser descritos, na visão de Farias (2005) como reprodutoras de desigualdade social. Mas com a C.F./88 passou a prevalecer a tendência da focalização do modo de implementação dos programas e serviços, enquanto o discurso oficial aponta para a universalização e combate a pobreza.

A partir da C.F./88, passou a fazer parte dos princípios da Seguridade Social do País: a concepção de direitos sociais e dos deveres do Estado. Nesse período percebe-se clara ligação entre políticas econômicas e políticas sociais, pois as políticas sociais implementadas visam alavancar a economia e melhorar a renda da população. Dessa forma, como esclarece Cohn (2000) o Estado passa a assumir os maiores investimentos na área social, passando a criar novos postos de trabalho, possibilitando a inclusão social de um segmento da população que estava marginalizado.

A sociedade contemporânea caracteriza-se por uma situação de complexidade social e as questões sociais estão focalizadas nos segmentos mais vulneráveis da população. Da década de 90 até os dias atuais, a derrota dos trabalhadores para os detentores do capital, levou a criação de estratégias por parte destes, dirimindo seus deveres e delegando-os ao Estado.

No novo século, com a eleição de Luís Inácio Lula da Silva, em 2002, havia a expectativa de construção de um Brasil novo, com redução das desigualdades sociais por meio de uma política econômica com redistribuição de renda e geração de emprego (CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL, 2010, p. 21).

Essas novas práticas econômicas e sociais criadas pelos governos, desenham um novo perfil do modelo de proteção e assistência social no país.

“Enfrentar a pobreza, dessa perspectiva, significa a formulação de políticas sociais focalizadas nos grupos sociais identificados através de parâmetros técnicos como socialmente vulneráveis – o principal deles a renda” (COHN, 200, p. 11). A sociedade capitalista de consumo, dita novos paradigmas sociais, que aumentam as desigualdades sociais.

E, ainda vivemos em uma sociedade onde as políticas sociais em defesa dos direitos básicos: saúde, educação e segurança; se tornem universais e equânimes em todo o Brasil, equalizando a oferta desses serviços básicos de assistência social. Pois, como aponta Farias (2005) as políticas sociais brasileiras não integram um projeto nacional amplo que inclua um regime fiscal e tributário capaz de arcar com um projeto de desenvolvimento mediado pela equalização das oportunidades.

3- CONCLUSÃO

A questão social está atrelada a outros segmentos sociais, tais como economia e política.

No Brasil, as lutas sociais por melhores condições de vida, se tornaram mais consistentes a partir dos movimentos da classe trabalhadora. O que levou o Estado a criar políticas para melhorar as condições de trabalho, carro chefe do movimento populista de Getúlio Vargas, mas protegendo os interesses dos detentores do capital. De tudo, é possível afirmar que à construção das políticas sociais, no Brasil, são planejadas a partir de fatores políticos e econômicos da sociedade.

Por fim, conclui-se que a proposta inicial deste trabalho coletivo foi realizada, pois construiu-se um texto coeso, que buscou explicar a relação da questão social, frente as políticas públicas, planejamento social e a concepção ética do serviço social.

REFERÊNCIAS

COHN, Amélia. Gastos Sociais e Políticas Sociais nos anos 90. A persistência do Padrão Histórico de Proteção Social Brasileira. 2000. Disponível em: http://www.empreende.org.br/pdf/Programas%20e%20Pol%C3%ADticas%20Sociais/Gastos%20sociais%20e%20pol%C3%ADticas%20sociais%20nos%20anos%2090.pdf>. Acesso em: 15 de agosto de 2015.

CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL. Parâmetros da atuação de assistentes sociais na política de saúde. Disponível em: .Acesso em: 15 de agosto de 2015.

FREITAS, Maria Raquel Lino de Freitas. Desenvolvimento e Políticas Sociais no Brasil Considerações sobre as Tendências de Universalização e de Focalização. 2º Seminário Nacional Estado de e Políticas Sociais no Brasil. 2005. Disponível em: .Acesso em: 15 de agosto de 2015.

PEREIRA, PotyaraAmazoneidaP.. Utopias desenvolvimentistas e política social no

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