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Fichamento "A Origem da Família, da Propriedade privada e do Estado".

Por:   •  5/4/2018  •  1.932 Palavras (8 Páginas)  •  488 Visualizações

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- Relações sexuais sem entraves - Relações sem restrições como nos diais atuais. Como exemplo: O incesto.

- Promiscuidade sexual – O autor define como uma relação carnal, no qual não haviam restrições nas relações de antigamente.

- Família consanguínea - Primeira etapa da família. Irmãos e irmãs, primas e primos são todos considerados irmãos. Pai e filho estão excluídos da responsabilidade matrimonial e das relações sexuais.

- Família Pulanuana – Primeiro, exclusão dos irmãos das relações sexuais e responsabilidade matrimonial, posteriormente a exclusão dos irmãos colaterais (primos e primas).

- “ A descendência por linha materna é a única decisiva por ser a única certa”. Famílias grupais a certeza parental só está na mãe, pois nem sempre se sabe quem é o pai da criança, só reconhecendo a descendência materna.

O autor cita que somente se reconhece a linhagem feminina na família de grupo. Discordo da citação, visto que o feminino não está atrelado a mulher, assim como o masculino não está atrelado ao homem. No caso, deveria ter sido “linhagem da mulher”.

- “Mulheres que se lhe entregam voluntariamente, sem resistência; [...] quem tem várias mulheres cede uma a seu hóspede para com ele passar a noite”. (pg. 54)

- “Quando um jovem, com a ajuda dos amigos, rapta, a força ou pela sedução, uma jovem, ela é possuída por todos, um em seguida ao outro, mas depois passa a ser esposa do promotor do rapto”. (pg. 55)

Ambos os tópicos (pg. 54, 55) demonstram o costume da coisificação da mulher, e a mulher como objeto de prazer dos homens.

- Família Sindiásmica – Adultério como direito do homem e proibição da mulher, sendo a mesma, duramente castigada caso o cometa.

- Dissolvição do vínculo conjugal, sendo o filho, exclusiva responsabilidade da mulher.

Apesar de se tratar de uma sociedade primitiva, percebe-se que não a toa, nos dias de hoje a responsabilização materna é muito maior que a responsabilização paterna por parte da sociedade. Esse é um conceito que está atrelado desde as famílias primitivas.

- Matrimônios arranjados – Muitas vezes os noivos não se conhecem, sendo arranjado os matrimônios pelas famílias. O noivo dar presentes a família a noiva (somente a parte da mãe) como forma de comprar sua futura esposa.

- Lar comunista – “Predomínio da mulher na casa, tal como o reconhecimento exclusivo de uma mãe própria, na impossibilidade de conhecer com certeza o verdadeiro pai; significa alto apreço pelas mulheres, isto é, pelas mães”. (pg. 58)

- Comando das mulheres – Na economia doméstica comunista havia uma preponderância desse sexo, visto que a maioria pertencia ao mesmo gens, e os homens não.

- Mulher bárbara trabalha duramente e é vista pelo seu povo como uma verdadeira dama.

- Liberdade sexual da mulher, em alguns povos como questão religiosa, em outros sem a religiosidade, antes do matrimônio.

- Em alguns povos, os convidados tinham direito a ter relações sexuais com a noiva, sendo o noivo o último.

- Matrimônio por grupos (estado selvagem) → Família sindiásmica (estado de barbárie) → monogamia (civilização)

- No leste, o modo de subsistência mudou a família, passando ao homem a responsabilidade da alimentação, e a mulher, a casa. Na medida em que a riqueza, gerada pelo rebanho (propriedade do homem), ia aumentado, a importância do homem na família também acompanhava esse processo.

- A herança paterna não ia para seu filho, pois o mesmo não tinha o gens do pai, somente na mãe. Para que o filho herdasse os bens do pai, mudaram o costume, e o reconhecido passou a ser o gens do pai, e não mais o da mãe. Para além, o homem apoderou-se também da casa, tornando a mulher, uma escrava sexual, no qual, só tinha função de reprodução.

- A família monogâmica nasce entre a fase média e superior da barbárie, depois da família sindiásmica. Predomínio do homem, reconhecimento da paternidade para a herança ser passada para o filho.

- O homem pode romper o casamento, a mulher não. O homem pode ser infiel, a mulher não.

- A monogamia nasce com o intuito de passar as riquezas concentradas nas mãos de apenas um dos sexos, o homem, para o filho, e por isso foi-se necessário que a mulher vivesse nessa nova forma de matrimônio, mas o homem não.

Mais do que em qualquer outro tipo de formação familiar, a família monogâmica tem a predominância do homem como o principal representante, e a mulher como mera reprodutora sexual, sem liberdade, sem direitos, somente vigiando a casa e suas escravas.

- “Monogamia só para a mulher, e não para o homem”. (pg.76)

- Mulher da sociedade dos Jônios – Era vigiada, acompanhada sempre por uma escrava quando saia, e retirava-se quando havia visita.

“A monogamia não aparece na história , portanto, como uma reconciliação entre o homem e a mulheres, menos ainda, como a forma mais elevada de matrimônio. Pelo contrário, ela surge sob a forma de escravização de um sexo pelo outro, como a proclamação de um conflito entre os sexos, ignorado, até então, na pré-história”. (pg.79) Importante destacar essa frase, no sentido de entender que a mulher, mais do que em qualquer momento histórico, definiu-se como um objeto para o homem.

- O primeiro antagonismo de classe desenvolveu-se através do antagonismo entre o homem e a mulher através da monogamia. A primeira opressão de classe através da opressão do sexo feminino pelo masculino.

- Matrimônio de conveniência – Casamento dos burgueses, no qual tinha como característica, casar-se com mulheres da mesma classe.

- Matrimônio do proletariado – Nada tem a ver com o sentido histórico da monogamia.

- Nos dias de hoje, segundo o autor (1884), na família, o homem representa o burguês, e a mulher o proletariado.

- Na idade média, o casamento nada tinha a ver com o amor, visto que os casamentos eram arranjados, e normalmente relacionados com assuntos políticos, interesses que a família do príncipe tinham.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Percebe-se que a estrutura familiar passou por vários processos históricos

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