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Desafio Código de Ética

Por:   •  8/2/2018  •  3.075 Palavras (13 Páginas)  •  248 Visualizações

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Objetivos específicos

- Compreender a realidade na qual está inserida a população em situação de rua;

- Mapear a região de maior concentração e movimentação dessa população;

- Estabelecer conexões entre suas rotinas e as políticas públicas a elas direcionadas

- Conhecer o perfil desta população.

- Discutir a contribuição do Serviço Social na perspectiva de efetivação dos direitos sociais da população de rua.

3- JUSTIFICATIVA

RELEVÂNCIA DA PESQUISA SOCIAL PARA O CAMPO DO SERVIÇO SOCIAL.

De acordo com as pesquisas bibliográficas realizadas, metodologia científica é o conjunto de conhecimentos e técnicas utilizados pela ciência para formular, explicar e até mesmo encontrar possíveis soluções para e resolver questões objetivas de forma sistemática.

O método científico ele envolve a observação de um fato, acerca deste fato algumas perguntas serão elaboradas, embasados numa teoria que precisa ser explicada para se formular uma hipótese, que consiste em possíveis respostas para estas perguntas.

Para o Serviço Social, a pesquisa enquanto dimensão formativa possui grande importância para o desenvolvimento de um profissional, pois prepara-o de forma qualificada a atender as necessidades postas no seu cotidiano.

Para uma melhor compreensão da história da Pesquisa no Serviço Social, desde o seu surgimento até a atual conjuntura, faz-se necessário uma breve retrospectiva sobre a sua evolução, quais as bases doutrinárias adotadas pela profissão durante o seu processo de implantação.

Nascido em “berço burguês”, influenciado diretamente pela Igreja Católica, com o objetivo de controlar as insatisfações e manifestações populares, o Serviço Social desenvolvia as suas ações atreladas aos interesses da classe dominante. Portanto, durante longos anos os agentes sociais trabalhavam sem nenhuma formação acadêmica, tendo como base teórica e metodológica os ensinamentos da doutrina católica, com cunho caritativo e práticas de benemerência, paternalismo etc.

De acordo com José Paulo Netto (2005, p. 84) esta realidade começa a sofrer uma transformação a partir do Movimento de Reconceituação do Serviço Social, cuja principal conquista define-se, principalmente, na recusa do profissional em situar-se como um agente técnico puramente executor, que passa a reivindicar atividades de planejamento para além dos níveis de intervenção microssocial, abrindo portas para que a pesquisa seja inserida como atributo também do Serviço Social.

A partir desse período, dá-se início a um processo participativo dos profissionais, pois, começam a surgir as conferências, debates, seminários fóruns, entre outros eventos, que tiveram primordial importância para a evolução e aprimoramento do Serviço Social no Brasil e no mundo.

Para Figueiredo (1988:29) apud Nobuco Kameyama (1998, p. 35):

A fase de expansão e consolidação institucional das Ciências Sociais brasileiras começa no início dos anos 60 e torna-se mais vigorosa a partir de 1966, quando as agências de fomento à pesquisa iniciam as suas operações institucionais junto à comunidade de Ciências Sociais através de convênios, particularmente com a Universidade Federal de Minas Gerais, visando apoiar e desenvolver o ensino e a pesquisa na área de Ciências Política.

A partir da década de 70, o Serviço Social inicia-se como produtor de conhecimento científico, num momento privilegiado para a realização da pesquisa, pois a profissão, até então havia realizado poucas obras de pesquisas ao longo de sua história, devido a sua trajetória ter sido marcada pelo cunho assistencialista e informal fazendo com que se tornasse impossível maiores avanços científicos.

Nas décadas de 80 e 90 teve início um expressivo incentivo à realização de pesquisa, o que se concretizou por meio de concessões de bolsa de estudo para que houvesse um aperfeiçoamento científico, tendo como marco o ano de 1988 onde a pesquisa alcançou sua maior visibilidade e concretude, quando os direitos sociais foram consolidados e garantidos pela Constituição Federal.

O Serviço Social enquanto profissão tem como desafio a realização da pesquisa, pois diante das constantes mudanças do projeto neoliberal eminente na contemporaneidade, a pesquisa torna-se o instrumento mais eficiente para uma atuação profissional adequada, bem como para a obtenção de novos conhecimentos, uma vez que esta atuação se dará diretamente com as expressões da questão social.

De acordo com Nobuco Kameyama (1998, p. 72-75) estas são algumas das algumas das deficiências mais frequentes no que se refere à pesquisa no Serviço Social:

- Dificuldade de identificar o objeto de pesquisa e construí-lo com base nas sucessivas abstrações, que a partir da realidade, permite ir gradualmente precisando, delimitando e particularizando o objeto;

- Tendência ao pragmatismo. É necessário considerar que a investigação social é instrumento para a transformação social, isto é, contribui para a transformação, mas não a realiza, porque não é sua função específica;

- Pesquisas de caráter isolado e que abordam universos muito limitados e particulares, onde os resultados não podem ser generalizados, o que não contribui para o aprofundamento e complementação do conhecimento sobre o tema;

- O rebatimento tardio de temas da área do Serviço Social faz com que os pesquisadores utilizem a bibliografia dos autores das áreas de Ciências Sociais, sem a preocupação de buscar as fontes em que os mesmos se basearam.

- Tendência à utilização do método qualitativo, considerando o método quantitativo de caráter positivista, ou por ter pouco domínio sobre os conhecimentos de estatística.

- Amplitude das áreas temáticas, o que provoca dispersão e fragmentação dos conhecimentos.

Diante do exposto verifica-se a necessidade da pesquisa ser inserida na formação do Assistente Social como uma exigência para que haja um processo de superação do pragmatismo, tão marcante na sua prática profissional e que ainda se faz presente na contemporaneidade. Apresentar uma postura investigativa constante e permanente é uma exigência imperiosa na formação e atuação profissional, sendo a pesquisa, essencialmente, o desenvolvimento de processos

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