AS DIFICULDADES DE ACESSO DA POPULAÇÃO A EDUCAÇÃO DE QUALIDADE

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O que vemos ainda em pleno século XXI, são alunos ainda fora da escola, pois vivem em situação de estrema pobreza, e a escola não é um atrativo diante da fome. Temos também homens, mulheres e jovens, ainda analfabetos, muitos desses vivem nas localidades rurais em Jitaúna, que não sabem o mínimo de letramento, escrevem apenas o nome. São situações tristes, entre outras, são questões sociais antigas, que ainda não estão solucionadas.

Dentro do Serviço Social , podemos entrar nas mazelas que afetam a população, pois podemos identificar os fatores sociais, culturais e econômicos que determinam os processos que mais afligem o campo educacional no atual contexto, tais como: evasão escolar, o baixo rendimento escolar, sexualidade, violência doméstica e que precisam necessariamente de intervenção conjunta com educadores, psicólogos, dirigentes governamentais, possibilitando consequentemente uma ação mais efetiva.

De acordo com a pesquisa, o número de pessoas com mais de 15 anos que não conseguem sequer escrever um bilhete foi estimada em 8,7%, o que correspondeu ao contingente de 13,2 milhões de analfabetos. Em 2011, essa taxa foi de 8,6% e o contingente foi de 12,9 milhões de pessoas. Estes dados são preocupantes, pois é a primeira vez que a taxa de analfabetismo aumenta em 15 anos, e muitos têm apenas até três anos de estudo. É verificado que a maior clientela que sofre com essas mazelas é a população pobre de que moram na periferia de nossas cidades.

Podemos observar que são muitas as situações que encontramos em nossa sociedade, que para muitos estudiosos , a desigualdade social tende a se acumular, pois os que vêm de família modesta têm, em média, menos probabilidade de obter um nível alto de instrução, e os que possuem baixo nível de escolaridade têm menos probabilidade de chegar a um status social elevado, de exercer profissão de prestígio e ser bem remunerado.

- CONSIDERAÇÕES FINAIS

O discurso de que a educação é a solução para um país mais digno, no papel é real, mas quanto às ações, elas não se concretizam na totalidade. Sabemos que estão acontecendo investimentos na educação, mas precisamos de fiscalização mais rígida quanto a utilização dos recursos, que muitas vezes são desviados, não chegando na sua totalidade onde deveria ser investido.

Em Jitaúna por exemplo, foi desviado muitos recursos do TOPA( Todos pela Alfabetização), que atua na educação de jovens e adultos, em 2011 e 2012. Daí a necessidades de muitas mudanças, para ajudar à população a resolver às dificuldades de acesso a educação de qualidade.

Entendemos que a atuação do Serviço Social deverá ser implementada, como uma ação complementar da política social de educação, já que, sendo a escola um espaço privilegiado na vida da comunidade, qualquer ação neste âmbito pode significar o envolvimento de grande número de pessoas e um apoio significativo para o enfrentamento da questão social.

A política educacional, deve ser reflexo de uma participação efetiva das famílias e da comunidade, com canais eficientes de comunicação e com vistas a gestão democrática (GONÇALVES, 2009). Em Jitaúna, houve mudança de gestão, então a população deverá ter nova postura, cobrar e acompanhar as ações do novo gestor, para acreditar que a situação pode melhorar.

Para obtermos a educação de qualidade tão sonhada , as questões sociais deverão ser implementadas como uma ação complementar da política social de educação, já que, sendo a escola um espaço privilegiado na vida da comunidade, qualquer ação neste âmbito pode significar o envolvimento de grande número de pessoas e um apoio significativo para o enfrentamento da questão social.

- REFERÊNCIAS

DUARTE, N. Vigotski e o aprender a aprender: críticas às apropriações neoliberais e pós-modernas da teoria vigotskiana. 3. ed. Campinas: Autores Associados, 2004.

GONÇALVES, A.B. A prática cotidiana do assistente social na escola privada. 2009.

Dissertação (Mestrado em Serviço Social). Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná.

UNESCO, São Paulo: Cortez Editora, 2012.7. ed. rev.

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