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Ética Educacional

Por:   •  26/2/2018  •  2.008 Palavras (9 Páginas)  •  270 Visualizações

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Não devemos cair na pequenez de resumir ética, em uma forma em que se entenda que possamos obtê-la com se fosse um objeto, resumindo, nos equivocamos em dizer que uma pessoa possui ética ou que não a possui. A ética é algo que deve fazer parte da nossa vida, não como objeto, mas sim como elemento indispensável na vida.

Caso pensarmos assim, ética como objeto, ora o sujeito a tem e hora não, imagine como se a ética fosse um óculo de sol, a pessoa tem a ética, mas usa quando acha necessário, usa às vezes, em dias ensolarados, ou nem nesses. Já a ética como elemento de vida, torna -se uma parte do ser humano, não podendo ser esquecida em casa como a ética objeto.

Segundo Cortella a única coisa que garante a nossa capacidade de lidar com dilemas éticos, é a nossa integridade. A dificuldade de responder às três grandes questões da vida humana: “Quero?”, “Posso?”, “Devo?”. Há coisas que eu quero, mas não devo; há coisas que eu devo, mas não posso; há coisas que eu posso, mas não quero. A paz de espírito e a felicidade só existem quando se conciliam esses princípios.

Na visão de Chalita (2003) podemos dividir a ética em dez mandamentos. Sendo o primeiro “Fazer o bem”, o autor escreve que poderíamos listar uma infinidade de características positivas e belas, todas elas desejadas pela ética.

Mas que ela poderia ser traduzida pela palavra bem. O bem é a finalidade da ética, ou seja, como disciplina, a ética procura determinar meios para atingir o bem. Mas pode se dizer também, de maneira muito mais ampla, que o bem é a finalidade de todas as atividades humanas.

Segundo mandamento, “Agir com moderação”, a moderação é o modelo de toda a conduta ética, neste sentido as ações devem manter sua essência do inicio ao termino, sem desvio de sua finalidade que deve ser sempre de boas intenções e bons objetivos.

O terceiro mandamento é “Saber escolher” as escolhas revelam nosso caráter, as escolhas nascem da vontade do ser humano, e nós como seres éticos devemos discernir se são escolhas boas ou não. E se respeitam os princípios citados acima.

“Praticar as virtudes” este é o quarto mandamento, neste mandamento Chalita (2003) traz exemplos de virtudes, tais como não ser escravo do dinheiro, que devemos estar em um meio termo, buscar um equilíbrio entre a prodigalidade e a avareza. Segundo Chalita (2003) a liberalidade é como um modo de administrar os bens mateiras, servindo de medida e ponderação para os gastos que todos têm de ter, de dinheiro ou de trabalho, para viver bem. Um seu parente próximo é a magnanimidade, que se relaciona intimamente com a liberalidade, à medida que também trata das riquezas de seu uso.

A pessoa magnificente é como um artista, pois ela pode ter uma visão do que é conveniente e gastar grandes somas com bom gosto. Aristóteles (1999 apud CHALITA 2003 p.103). Ainda neste mandamento Chalita (2003) cita que existe uma dose certa de pretensão e ambição, escreve também sobre o bom senso e a sensibilidade, a verdade, o bom humor, o recato e os bons costumes.

Quinto mandamento de Chalita é “Viver a justiça”, segundo o autor a justiça é a excelência mais completa. Justiça visa o bem comum, é impossível algo ser justo para mim e injusto para o outro. A consciência é uma boa sinalizadora da justiça, ao enganar o outro, tirar vantagem de alguma situação, faz com que se quebre uma harmonia que é necessária para que se haja justiça.

A justiça deve estar enraizada no coração do ser humano, é verdade que podemos fazer atos injustos independentemente de nossa vontade. Qualquer ação não voluntária ou involuntária pode causar resultados positivos ou negativos, ou seja, ter consequências benéficas ou prejudiciais a outra pessoa ou ao próprio agente.

É a sensibilidade, a intuição, o conhecimento interno e externo que formam um bom julgador. A missão não é simples, mas é gratificante.

“Valer-se da razão” é o sexto mandamento. Como todos nós seres humanos somos livres para agir de acordo com nossas vontades, temos de usar da razão para não deixarmos de ser seres éticos.

Devemos usar da ciência, da técnica, do discernimento, da inteligência e da sabedoria. Com isso chegaremos a conquista do objetivo maior, a ética.

Sétimo mandamento é o de “Valer-se do coração”, segundo o autor devemos controlar nossos desejos e anseios, aprendermos a conter nossos impulsos interiores, que tantas vezes fazem parte de nós.

Esses por sua vez podem querer o mal, no entanto, é importante destacar que o mal não tem uma essência própria além de ser o afastamento de boas finalidades, das ações justas, do bem. O autoconhecimento e a interiorização de bons hábitos e desejos são fundamentais para alcançarmos o bem.

Com o autoconhecimento podemos controlar os nossos impulsos e alimentarmos o coração com uma vontade justa e desejos que nos conduzem ao verdadeiro bem.

“Ser amigo” mandamento de número oito de Chalita, mandamento esse fácil de fazer-se entender, pois se a ética visa fazer o bem, não há nada que expresse melhor esse sentimento que uma boa amizade.

Não seria possível falar de uma comunidade feliz, que seus indivíduos não tenham um relacionamento amigável, é na amizade que o bem pode ser melhor experimentado e cultivado verdadeiramente.

Nono mandamento “Cultivar o amor”, apesar de que o mandamento anterior diz respeito a amizade, sabemos que em sociedade as amizades se dividem de várias formas, mas que apenas um grupo seleto de pessoas são reconhecidas como verdadeiros amigos, pois também sabemos da existência de amizades por interesse ou por prazer por exemplo. E que apenas os verdadeiros amigos são escolhidos principalmente pelo caráter e pelo afeto.

É da natureza do ser humano desenvolver relações com seus semelhantes das mais diferentes formas. Chalita ressalta que devemos receber e retribuir o amor na medida certa, e que se deve haver um equilíbrio nas relações em que se sustente por algum interesse.

Amar a si mesmo mas sem idolatria, de acordo com Chalita não poderíamos fazer alguma coisa boa para alguém se não tivéssemos o conhecimento por experiência, ou desejo, de que aquilo é bom para nós.

Por isso uma pessoa só pode ter amor por outra, ser um verdadeiro amigo, se for capaz de amar a si mesmo. O amor a si mesmo é essencial para que possamos amar o outro.

O décimo mandamento é “Ser feliz” esse é o prêmio

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