SÍNTESE DO TEXTO: ESCOLARIZAÇÃO E BRINCADEIRA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

...

Atualmente, o modelo escolar adotado dispõe de poucos espaços para brincadeiras livres. Os horários são rígidos, com turmas homogêneas, atividades padronizadas e pouca escolha da criança. A socialização pela brincadeira fica ausente deste modelo que prioriza a escolarização e a aquisição de rudimentos de escrita e cálculo.

A adequação dos materiais destinados às brincadeiras na proposta froebeliana foram gradualmente sofrendo alterações e, essa adequação dos materiais cria a necessidade de adequação, também, dos espaços desrtinados ao brincar.

Com isso, a preocupação com a educação higiênica, emocional, religiosa e física, leva a uma discussão sobre a educação das crianças em novas bases dentro das creches. Entretanto, o brincar livre, embora desejável, torna-se utópico, uma vez que a criança não dispõe de alternativas, de objetos culturais, ou espaços para implementar seus projetos de brincadeira.

As atividades que envolvem o brinquedo e a brincadeira na educação infantil, nos modelos propostos para a educação brasileira, são oferecidas de forma orientada e nunca livre, pois quem seleciona a brincadeira e o brinquedo, bem como o momento para tais atividades, é sempre o professor, nunca a criança. Com isso, é possível afirmar que a autonomia que poderia ser desenvolvida na criança com a utilização da proposta lúdica fica limitada. Pois, segundo Kishimoto (1996), a concepção de brincar como forma de desenvolver a autonomia das crianças requer um uso livre de brinquedos e materiais, que permita a expressão dos projetos criados pelas crianças.

Convém destacar que os brinquedos e as brincadeiras ensinam e socializam, todavia, faz-se necessário o conhecimento da sua função e aplicabilidade e por isso é importante frisar o papel do professor na condução das atividades lúdicas que visem os efeitos pedagógicos, portanto, precisa planejá-las adequadamente atendendo às expectativas e necessidades do seu grupo.