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Relatório Estágio Educação Infantil

Por:   •  21/3/2018  •  2.324 Palavras (10 Páginas)  •  424 Visualizações

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A brincadeira significa permitir que a criança fantasie, crie, erre, acerte faça descobertas, interprete, incorpore valores, conviva com regras e faça parte de grupos (sociedade), os brinquedos e as brincadeiras são fontes inesgotáveis de interação lúdica e afetiva. Para uma aprendizagem eficaz é preciso que o aluno construa o conhecimento, assimile os conteúdos. E o jogo é um excelente recurso para facilitar a aprendizagem, neste sentido, Carvalho (1992 p. 28) afirma que:

“[...] o ensino absorvido de maneira lúdica, passa a adquirir um aspecto significativo e afetivo no curso do desenvolvimento da inteligência da criança, já que ela se modifica de ato puramente transmissor a ato transformador em ludicidade, denotando-se, portanto em jogo”.

As ações com o jogo devem ser criadas e recriadas, para que sejam sempre uma nova descoberta e sempre se transformem em um novo jogo, em uma nova forma de jogar. Quando a criança brinca, sem saber fornece várias informações ao seu respeito, sendo muito útil para estimular seu desenvolvimento integral, tanto no ambiente familiar, quanto no ambiente escolar.

Notei também a participação ativa do professor nos jogos e brincadeiras, discutindo com os alunos sobre as regras dos jogos, propondo desafios em busca de uma solução e da participação coletiva para resolvê-los.

O Educador faz uso frequente dessas estratégias metodológicas, pois é brincando que a criança aprende a respeitar regras, a ampliar o seu relacionamento social e a respeitar a si mesmo e ao outro. Por meio do universo lúdico que a criança começa a expressar-se com maior facilidade, ouvir, respeitar e discordar de opiniões, exercendo sua liderança, e sendo liderados e compartilhando sua alegria de brincar. Em contrapartida, em um ambiente sério e sem motivações, os educandos acabam evitando expressar seus pensamentos e sentimentos e realizar qualquer outra atitude com medo de serem constrangidos.

2.4 Considerações sobre o Foco 2: “Contação” de Histórias.

Na instituição escolar em que realizei o estágio, a contação de história é nitidamente percebida como parte importante e indispensável no processo de aprendizagem, especialmente para a criança da Educação Infantil. É de suma importância para a formação de qualquer criança ouvir histórias, pois suscita o imaginário infantil, estimula o intelecto e a formulação de hipóteses desenvolvendo assim, o potencial e as habilidades da criança. Abramovich cita que:

“É ouvindo histórias que se pode sentir (também) emoções importantes, como a tristeza, a raiva, a irritação, o bem estar, o medo, a alegria, o pavor a insegurança, a tranquilidade e tantas outras mais, e viver profundamente tudo que as narrativas provocam em quem as houve, com toda a sua amplitude, significância e verdade que cada uma delas faz (ou não) brotar, pois é ouvir, sentir e enxergar com os olhos do imaginário.”( 2006, p. 17).

Durante o estágio, foi inserido em vários momentos a contação de histórias infantis, utilizando a literatura como um recurso metodológico e também em atividades lúdicas, pois notei que as crianças adoravam estes momentos de interação com os livros. O trabalho com as diferentes histórias era sempre muito gostoso, pois eles prestavam muita atenção no que estava sendo contado, e consequentemente se interessavam nas atividades seguintes, demonstrando prazer em executá-las, além de aguçar o seu imaginário e desenvolver a sua oralidade deixando as aulas sempre mais prazerosas.

No início da aula, a professora começou com a roda de conversa e acolhimento dos os alunos, logo após apresentou o livro, “Não Confunda” , contou a história a eles, e sempre mostrando às imagens, dando ênfase a fala dos personagens. Após a leitura os alunos questionavam os fatos, falavam se gostaram da história, e o que eles acrescentariam, a professora fazia as intervenções necessárias e estimulava os alunos mais tímidos valorizando os seus saberes. Segundo os autores:

“O ato de ouvir e contar histórias está, quase sempre, presente nas nossas vidas: desde que nascemos, aprendemos por meios das experiências concretas das quais participamos, mas também através daquelas experiências das quais tomamos conhecimento através do que os outros contam. Todos temos necessidade de contar aquilo que vivenciamos, sentimos, pensamos e sonhamos. Dessa necessidade humana surgiu a literatura: do desejo de ouvir e contar para através dessa prática, compartilhar.” (CRAIDY e KAERCHER, 2001, p.81).

Dando continuidade a atividade da história, a professora pediu para que as crianças fizessem um desenho expressando a parte do conto que mais gostaram. Em outro dia de observação, o livro escolhido foi “A Selva”, a professora levou todos os alunos para o parque, contou a história fez uso de alguns animais de brinquedo, gravetos, fantoches e mostrou alguns dos diferentes tipos de plantas, de árvores, folhas.... E então contou a história para as crianças.

Em todas as histórias havia interação entre professora e alunos, onde todos conversaram sobre o tema, durante a conversa a professora perguntou se alguma criança queria recontar a história, duas crianças se manifestaram e recontou cada uma da sua maneira a história ouvida.

As contações de histórias em sala de aula são ferramentas essenciais para o melhor desenvolvimento das crianças, o conto permite que eles experimentem novas emoções, vivencie-as em sua inocente fantasia, sem que precise passar pelas mesmas situações na realidade, também a história oferece a criança uma forma diferente de pensar sobre os seus sentimentos difíceis, como o nascimento de um irmão, a adaptação de uma nova rotina escolar.

Diante desses aprendizados, observei que a educação infantil deve ser vista como um ambiente acolhedor, onde possa promover um desenvolvimento de habilidades, e também de socialização para as crianças, no convívio com outras crianças e, também, com adultos isso possibilita o conhecimento e a aceitação com os hábitos culturais diversos.

Ao contar uma história para uma criança, tem-se a oportunidade de compartilhar emoções, despertar o prazer de escutar o outro e de estar em convivência com o grupo.

Ao ouvir uma história, pode-se fazer e refazer, produzir e reproduzir imagens na mente, imagens no passado, estimular a criatividade. A inserção da Literatura Infantil no cotidiano escolar vai depender da criatividade e do planejamento do professor, que deve selecionar livros de acordo com os interesses da criança e propor atividades prazerosas que exercitem a leitura

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