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RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Por:   •  23/3/2018  •  1.910 Palavras (8 Páginas)  •  239 Visualizações

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O Centro é mantido pelo governo federal, mas para isso acontecer é preciso que a prefeitura desenvolva projetos que insiram o centro, sendo que quanto mais projetos a prefeitura vincula ao centro, mas verba assim recebe para desenvolver as atividades ali proporcionadas aos alunos. O centro também é vinculado a projetos sociais junto ao CRAS. Embora as informações sobre custos educacionais sejam sempre controvertidas, ainda quando se trate do universo escolar, tal informação é menos sistemática para a educação não formal e isso dá margem crer que seja mais barata TRILLA (2003), especialmente porque os custos de pessoal podem ser menores com uso de trabalho voluntário ou de indivíduos não plenamente profissionalizados.

A pedagoga atua no Centro de educação Primavera desde 2005, com total dedicação e compromisso com toda comunidade escolar do Jardim Laura. Acreditando no seu trabalho e buscando fazer a diferença na vida das pessoas, com um trabalho voltado ao desenvolvimento de vínculos, pais e alunos, alunos e Centro, alunos e professores, Centro e escolas, comunidade geral, como objetivo de complementar a educação formal e social, das crianças ali inseridas. As necessidades vieram de diferentes demandas: cuidado, formação, ambientes seguros e profissionais qualificados para deixar as crianças e adolescentes, socialização, e outras. Todas essas demandas expandidas recaem sobre o setor educacional, a diferença está no fato de terem se modificado, ou estiverem se modificando as instâncias responsáveis pela educação no mundo atual. Uma função social que não mais se restringe à família e à escola. Os meios educacionais não formais podem cobrir uma ampla gama de funções relacionadas com a educação permanente e com outras dimensões do processo educacional global, marginalizadas ou deficientemente assumidas pela instituição escolar. (TRILLA, 2008 p.20)

Segundo a pedagoga do Centro de Interação Primavera, ao retirá-las (crianças e adolescentes) da vulnerabilidade, possibilitando criar uma nova perspectiva de vida, uma vez que a realidade dessas crianças que frequentam o Centro Primavera é restrita, penso que, a educação não-formal reconhece a pessoa como um ser que pensa, age, sente e que traz consigo uma cultura que precisa ser respeitada para que ele possa crescer e se desenvolver, pois a cultura faz parte da identidade do ser humano e os valores são imprescindíveis em sua formação. E com isso, as pedagogas junto aos demais responsáveis pelo Centro abrem um leque de oportunidades para que essas crianças descubram um mundo novo fora do seu contexto, por meio de atividades como: Circo, teatro, jogos, visitas a biblioteca, karatê, Intercâmbio com os outros Centros, cinema familiar fortalecendo e estreitando a relação com a família destas crianças, cada uma em sua particularidade são as que mais reconhecem a importância do centro em suas vidas, concretizando assim a educação não formal, uma educação que ocorre fora do âmbito oficial, porém, todas as atividades são realizadas de forma sistematizadas, intencional, ficando claro que naquela ambiente a educação ocorre igualmente, seja ele de caráter, motor, psíquico, social, moral, etc. (Trilla, 2008 p.29)

Um aspecto muito importante relatado pela pedagoga é o descaso que a sociedade faz com o trabalho realizado nos centros de Integração, a princípio criado para complementar a educação formal de forma que ambas andassem juntas, mas não é isso que ocorre, não generalizando. Segundo Coombs (1975), a educação não formal juntamente com a informal deveria abranger o universo inteiro da educação. A visão que se tem da educação não formal realizada no Centro de Integração é apenas de desenvolver um trabalho de assistencialismo, mas vai muito, além disso, ela é “organizada, sistemática, educativa, realizada fora do marco do sistema oficial" (Coombs, 1975 p.27)

Outro relato da pedagoga é que as crianças que frequentam o Centro sofre discriminação já que o mesmo é visto como um local de marginais, a escola não possui relação com o centro embora muitas vezes a orientação do centro tenha procurando-os para uma parceria, a fim de melhoras o rendimento dos alunos, tendo o centro um compromisso com o serviço de fortalecimento de vinculo do individuo que ali frequenta. Para Trilla (2008), a educação não formal tem necessidade de desenvolver meios educacionais diferentes dos convencionais escolares, assim não somente desenvolver uma atividade voltada ao aluno, mas uma conscientização por meio dos pais e comunidade.

Outro aspecto que a pedagoga ressaltou foi à exclusão dos profissionais que trabalham no Centro de integração, pois os mesmo não são considerados professores da área da educação, não são convidados a participar de eventos como, semana pedagógica ou comemorações do dia do professor. Segundo Trilla (2008) as formas de recrutamento, o status profissional e a formação de quem desempenham função educacional em programas não formais são muito variáveis, uma vez que a exigência de títulos acadêmicos é menor e relativizada.

A educação formal pode depender de dois critérios, que nem sempre são compatíveis: o metodológico e o estrutural. A educação formal como a escolar, metodologicamente, pode-se considerar os elementos caracterizadores da prática escolar: constituição de uma forma coletiva e presencial de ensino e aprendizagem, a escola como espaço próprio, tempos e horários predeterminados de atuação, separação institucional do professor e do aluno, pré-seleção e ordenação dos conteúdos e contexto de aprendizagem sistematizada. Trilla (2008), afirma que “o formal é aquilo que assim é definido, em cada país e em cada momento, pelas leis e outras disposições administrativas.” Segundo Trilla, na educação não formal, a inexistência de vínculos orgânicos entre seus múltiplos e variados meios, instituições e programas proporcionaria menos esclerose burocrática, maior capacidade de adaptação a necessidades e abertura a iniciativas setoriais. Trilla opta pelo critério estrutural, uma vez que na educação não-formal “cabe o uso de qualquer metodologia educacional, até mesmo daquelas que são mais usuais na instituição escolar”. (p.41-42)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A educação não formal ainda é um desafio que devemos enfrentar, já que o preconceito que gira em torno desse assunto ainda é grande, instituições que desenvolvem trabalhos assim ainda tem muito a desenvolver e ser aceito, é necessário analisarmos como algo

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