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Projeto de leitura

Por:   •  5/11/2017  •  8.106 Palavras (33 Páginas)  •  529 Visualizações

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2. DELIMITAÇÃO DO TEMA E FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

Quando se trata do mundo escolar infantil inúmeros são os seus adjetivos: Estimulante, encantador, divertido, criativo, surpreendente, etc. Entretanto, desde cedo deve-se aprender que a escola, não é feita só de encanto e diversão, ela também produz sentido sobre o mundo e as coisas do mundo; ensina sobre raça/etnia e gênero, institui normas e administra condutas. Ensina modo de ser, de agir, de pensar, de olhar para si e para o outro.

De acordo com Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Etnicorraciais e para o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira e Africana, os desafios da qualidade e da equidade na educação só serão superados se a escola for um ambiente acolhedor, que reconheça e valorize as diferenças e não as transforme em fatores de desigualdade.

Observando algumas crianças negras da Comunidade do Caboclo no município de Planaltino – Bahia, notou-se que as dificuldades de autoaceitação decorrem de um possível comprometimento de sua identidade com as atribuições negativas de seu grupo social. De acordo com artigo apresentado pela pedagoga Pollyana Neves, o que acontece, sobretudo com as crianças, que estão em processo de desenvolvimento emocional, cognitivo e social, é uma internalização do discurso alheio, ou seja, é pelo olhar do outro que alguém se constitui como sujeito e é a qualidade desse olhar que contribui para o grau de autoestima de qualquer indivíduo, seja ele branco ou negro.

Considerando que ainda não existe a universalização da adoção da lei 10639 nos sistemas de ensino, e que há uma compreensão de que é necessário fortalecer e institucionalizar as orientações do Parecer do Cne03/2004 e da resolução 01/2004, faz –se necessário o fortalecimento da construção da identidade da criança, visto que, a escola poderá ser o primeiro espaço de vivência das tensões raciais. Sendo assim, pergunta-se: Porque não trabalhar no cotidiano escolar o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira ao invés de abordá-lo esporadicamente em datas comemorativas?

3. OBJETIVOS DA PESQUISA

3.1. Objetivos Gerais

- Refletir sobre a lei 10639/03 e a importância de se trabalhar a diversidade étnico- cultural brasileira na Educação Infantil.

- Analisar o modo como os currículos para o ensino de História e Cultura Afro-brasileira são concebidos e configurados no interior das políticas educacionais do Ensino infantil desse Município no contexto das transformações sociais, culturais, educacionais e políticas.

- Traçar o perfil do profissional da educação infantil do Município de Planaltino-Ba;

- Compreender a importância da educação infantil como a primeira etapa de interação social da criança.

3.2 Objetivos Específicos

- Apresentar e discutir o teor das leis 10.639/03 e 11.645/08 com a comunidade escolar;

- Resgatar a história e cultura africana e afrobrasileira no sentido de aproximar os alunos aos valores étnicos e sociais da ancestralidade nacional e local;

- Realizar debates constantes sobre o valor das diversidades humanas e a riqueza que isso traz à nossa cultura e à nossa identidade nacional, bem como sobre a necessidade de se combater o racismo e o preconceito dentro do ambiente escolar;

- Contribuir para que a escola seja um espaço democrático de crescimento pessoal, de convivência plural, de respeito e de valorização das diversas culturas e grupos étnico-raciais;

4- JUSTIFICATIVA

Por ser um espaço democrático, a escola precisa estar em constante transformação, caso não queira se tornar num ambiente de exclusão. Necessita abrir-se ao debate e ao diálogo com todos os envolvidos no processo educativo, tornando-se um lugar privilegiado para a reflexão dos mais diversos problemas que afligem as pessoas no mundo atual. Isso pode transformar a escola em um ambiente interessante e provocativo, um espaço aberto à busca de caminhos alternativos e práticas sociais renovadas, mais humanizadas e democratizantes, além de sintonizá-las com a diversidade e pluralidade tão presentes no universo escolar.

Um professor consciente que desempenha seu papel criticamente, e comprometido com as questões sociais e todos os aspectos que a norteiam, fazem dos momentos em sala de aula ocasiões ricas e propícias para trabalhar a questão étnica racial. Nesse sentido, uma maneira interessante de trabalhar com os pequenos, são por meio dos projetos envolvendo a literatura infantil, pois além de atender as questões e conhecimentos sugeridos nos Referenciais Curriculares para a educação infantil proporcionaria aos alunos situações e oportunidade de participar de variadas situações de comunicação oral, cultuando nos pequenos o interesse pela leitura e familiarização com a escrita por meios de livros e historinhas infantis.

5. METODOLOGIA

Para a realização deste estudo, utilizar-se-á um processo investigativo baseado na pesquisa bibliográfica com uma abordagem qualitativa na coleta de dados. Como instrumentos serão utilizados fichamentos e análise de documentos para uma atualização histórica do processo educacional do Município de Planaltino – Bahia, sendo tais instrumentos, suporte para a elaboração do relatório a partir dos dados fornecidos. A pesquisa será voltada para as Instituições de Educação Infantil no Município de Planaltino – Ba.

Os instrumentos utilizados terão como base o ECA e os PCNs da Educação infantil, afim de se estabelecer um paralelo entre o tratamento oferecido às crianças pelas Escolas e àqueles estabelecidos por leis.

Em suma, os dados colhidos na pesquisas serão utilizados como mediadores entre a prática e a teoria. Os pesquisadores não interferirão nos resultados, mas estarão à disposição para qualquer esclarecimento. Vale salientar que, O presente projeto seguirá todos os procedimentos éticos de pesquisa e não implicarão em qualquer risco físico, psicológico ou moral ou prejuízo aos indivíduos participantes. O estudo cumprirá as “Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos” (196/96) editadas pela Comissão Nacional de Saúde, respeitando assim, à dignidade humana.

6. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Quando

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