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Projeto Integrador: A LEITURA DE IMAGENS E SUAS CONTRIBUIÇÕES

Por:   •  12/12/2017  •  1.393 Palavras (6 Páginas)  •  605 Visualizações

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Problema

A dimensão individual relaciona-se com as habilidades individuais, presentes na leitura e na escrita, envolvendo desde o domínio do código até a construção do significado de um texto. A dimensão social, por sua vez, relaciona-se com as práticas sociais, isto é, o que as pessoas fazem com as habilidades e os conhecimentos relacionados com a leitura e a escrita. Assim, é possível identificar que a tendência atual dos autores é situar a alfabetização como parte desse processo geral de letramento, mas caracterizada pelo domínio da tecnologia da escrita, ou seja, o período em que o aluno aprende os mecanismos da leitura e da escrita e os elementos textuais necessários para construir significados a partir dos textos. Certamente, isso também implica o domínio do código, mas não pode ficar restrito a este aspecto, sob pena de reproduzir o modelo tradicional.

O desafio, portanto, que se coloca para os professores alfabetizadores, a partir do quadro teórico acima esboçado, é como desenvolver o processo de alfabetização numa perspectiva de letramento, isto é, como alfabetizar letrando. Do que já foi exposto, pode-se afirmar que é possível desenvolver o processo de alfabetização escolar simultaneamente ao envolvimento dos alunos com as práticas sociais da escrita. Isso ocorre, por exemplo, quando os professores alfabetizadores utilizam textos verdadeiros durante a alfabetização, desprezando as antigas práticas de letramento que só existiam no interior da escola, como os textos tradicionais das velhas cartilhas Atividades de leitura bem selecionadas mostram aos alunos que eles se alfabetizam para aprender, para divertir-se, e para fins práticos, como ler um cartaz, um aviso. Essa sensibilização deve ser acompanhada de atividades de leitura livre, não guiada. As diferentes hipóteses de leitura (memorização de texto, adivinhação do que pode estar escrito, invenção de história a partir da gravura) podem ser feitas desde muito cedo. A criança vai se enganar, compreender mal, não importa, diz o autor. O importante é o que ela faz para entender bem. Dabene destaca as condições de êxito da aprendizagem:

- Valorizar a oralidade da criança e sua cultura fora de escola, que não deve ser encarada como uma subcultura.

- Formar um ambiente favorável à leitura e à escrita na escola, principalmente quando há desigualdades sociais. Organizar os cantos de leitura para atividades não guiadas, valorizar as situações espontâneas de leitura.

- Lembrar que a escrita não é a transcrição do oral. Para a criança que começa a escrever, essa é uma das maiores dificuldades, pois aprender a escreuer não se resume a aprender a escrever o que se diz. Aliás, o que se diz espontaneamente, quando é transcrito, parece extremamente cansativo e desagradável de ler. Alguns tentam, erradamente, ensinar a criança falar como se escreve, ou a escrever como se fala. E preciso lidar com duas ordens diferentes, a da língua escrita e a da língua oral.

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