PROJETO DE PESQUISA ALTAS HABILIDADES

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Dentro do regulamento da instituição o aluno com altas habilidades deve estar devidamente matriculado no ensino regular e o atendimento no NAAHS acontece no contra turno, que são dois dias na semana durante duas horas de acompanhamento, mas como a dificuldade de transporte para esses alunos é muito grande, o atendimento está sendo realizado uma vez na semana com a duração de quatro horas contemplando a carga horária. O NAAHS recebe somente crianças com características de altas habilidades/ superdotação, porém se o aluno tiver diagnóstico de uma outra necessidade especial atrelado a altas habilidades, isso não vai impedir o atendimento. Definir altas habilidades não é fácil, não existe laudo para uma pessoa superdotada, tem somente um questionário com pré-requisitos que são preenchidos pela escola que encaminha a criança, que passa por um processo de observação assistida que dura de 4 a 16 semanas acompanhados por professores e psicólogo, a instituição não é aberta somente a escola pública, também recebe alunos de escola privada, o aluno e a família são devidamente informados sobre o processo de avaliação.

Identificar uma criança com altas habilidades/superdotação é algo complexo, muitas vezes pode ser confundido com precocidade, ou até mesmo “dom” uma criança com dois anos de idade saber ler sem nenhum estimulo dos pais é um indicio que ele possa ter altas habilidades, porém se ele vai ter não se sabe, mas é com base nessa característica que o profissional vai trabalhar, segundo o NAAHS “se essa característica for bem trabalhada ela pode sim ser evoluída, como também pode estagnar de acordo com seu crescimento e se igualar a inteligência de seus pares” (crianças da mesma idade). Uma pessoa com altas habilidades/superdotação quando não se tem um acompanhamento profissional pode até virar um líder do mal, sendo um fator de risco não só para ele, mas para a sociedade ou até mesmo para a nação, muitos casos comprovam essa afirmação como o Hitler, Fernandinho Beira Mar, dentre outros... o NAAHS trabalha para estimular as altas habilidades até o ponto que o próprio aluno se sinta satisfeito consigo mesmo, pois acredita que no ensino regular com salas superlotadas, uma professora não pode parar e dar uma atenção especial para aquela criança, então o núcleo com salas especiais, funciona com a perspectiva de intensificar essa habilidade, diante disso, percebe-se a importância do núcleo.

Altas Habilidades e superdotação são sinônimos da mesma palavra, são terminologia na qual os autores não conseguem chegar a um consenso, não existe uma definição precisa e aceita universalmente, existe um senso comum que diz o seguinte: quando a pessoa tem altas habilidades ela é boa em tudo! Não é bem assim, o Ministério da educação juntamente com a Secretaria de Educação Especial -MEC/SEEP (2008), definem superdotação, aqueles alunos que apresentam grande criatividade, fácil aprendizagem e habilidade na realização de tarefas em áreas do seu interesse, ou seja, demostram um potencial superior em qualquer uma das seguintes áreas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes, infelizmente pensamentos como esse atrapalha na realização dos trabalhos, pois o governo passa a acreditar que, se um aluno é superdotado, ele não precisa de mais nada, se resolve por si só, quando na verdade não é assim, um superdotado precisa de muitos investimentos, como no caso dos superdotados em artes, são muitos materiais utilizados para atingir sua realização pessoal.

Um dos grandes problemas que cai sobre a identificação de um superdotado é que muitos pensam que para ter altas habilidades, necessariamente essa habilidade precisa está dentro da área acadêmica, inclusive esses são os mais fáceis de serem identificados, por ser muito bom na matemática, na linha portuguesa, por exemplo, tem muita gente que não admite que ser um bom jogador de futebol, não significa ser um superdotado, Howard Gardner psicólogo norte-americano (1983), identifica oito tipos de inteligência que são: linguístico, lógico-matemático, espacial, intrapessoal, corporal-sinestésico, interpessoal e musical, podemos citar um líder como um possuidor de uma inteligência interpessoal. Altas habilidades é uma necessidade especial preconizada pelo MEC, mas não é nem transtorno, nem deficiência, porém faz parte de uma necessidade educativa especial, tanto quanto o deficiente auditivo ou o autista. O NAAHS busca satisfazer o objetivo do aluno dentro das limitações da instituição, que sobrevive de verbas do governo, e de poucos funcionários, atendendo altas habilidades em matemática, língua portuguesa e artes, no caso das artes só é entra; desenho e escultura, ficando de fora as outras formas artísticas, no entanto, o NAAHS mantém suas portas abertas para receber pessoas voluntárias e esclarecidas dispostas a contribuir para desenvolvimento dos alunos.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Dentro de tudo que foi abordado em nossa disciplina na parte teórica (aula) e na prática (pesquisa de campo) sobre a Educação Especial, vimos o quanto foi e ainda é difícil a inclusão e identificação de alunos com altas habilidades/ superdotação nossa sociedade apesar de séculos de estudos que tratam do assunto. As pessoas ainda carregam o senso-comum de que estes são inteligentes de mais e por isso não necessitam de apoio e por esse motivo precisam ter ainda mais assistência pedagógica dentro das escolas mas na verdade isso não acontece pois são sujeitos que possuem uma outra postura de diante do mundo.

Observamos o empenho e dedicação que a equipe pedagógica- administrativa com os alunos atendidos do núcleo, mas ainda necessita de investimentos para melhorias da estrutura física e do número de quadro maior de profissionais como fonoaudiólogos, psicopedagogos, psicólogos e professores para enriquecer as oficinas e intervenções com os alunos, os pais, a comunidade ali atendida.

Em relação a isto percebemos de perto no pequeno contato que tivermos na visita ao NAAH/S (Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/ Superdotação), serviu para o enriquecimento de nossos estudos no campo da Educação Especial e além despertar o interesse de atuação profissional com esses alunos e consequentemente no aprofundamento em estudos na área.

REFERÊNCIAS

Gardner, H. Frames da mente: A teoria das