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ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL

Por:   •  7/11/2018  •  1.996 Palavras (8 Páginas)  •  218 Visualizações

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Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. (LDB, 2010, p.51).

Na década de 30, a EJA foi instituída na educação nacional, neste período o país passava por profundas mudanças provenientes do processo de industrialização e concentração populacional nos grandes centros urbanos.

O governo federal inseriu diversos programas e projetos para a alfabetização de adultos, como uma alternativa de erradicação do analfabetismo. Ribeiro (1999, p. 20) apud Egas et al (2007, p. 145), afirma que: “O analfabeto, onde se encontre, será um problema de definição social quanto aos valores: aquilo que vale para ele é sem mais valia para os outros e se torna pueril para os que dominam o mundo das letras”.

Moura (1999, p. 41) afirma que:

[...] atualmente imperam a inconsistência e a pobreza teórica das políticas e ações na Educação de Jovens e Adultos, o que impede que os alfabetizadores se apropriem de um ideário pedagógico, influenciando suas formas de compreensão de si mesmo e do educando. O desenvolvimento das práticas pedagógicas é, então, afetado, propiciando sua transformação em atividades pobres em todos os aspectos. Por outro lado, na alfabetização de adultos ainda se convive com práticas desenvolvidas mais a partir da intuição, do voluntarismo e do compromisso político, do que baseadas em referenciais teóricos sólidos e consistentes.

Zanetti (2003, p. 02) destaca a crescente marginalização da educação de jovens e adultos no Brasil.

A atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9.394/96) não contempla nenhum artigo que mencione a questão do analfabetismo, como se este não fosse um dos graves problemas da realidade brasileira. Na lei não está prevista nenhuma atitude ativa por parte do Estado, pois, no Artigo 37, parágrafo 2º, embora afirme que o poder público viabilizará ações de permanência do trabalhador na escola, essas ações não estão explicitadas. Enfatizando os exames supletivos, a LDB reduz a idade para realização destes – de dezoito para quinze anos no ensino fundamental e de vinte e um para dezoito anos no ensino médio.

Para que a EJA seja reconhecida como uma política efetiva no intuito de assegurar o direito a educação a todos os cidadãos, deve-se eliminar a concepção desta modalidade como forma apenas de melhorar as condições sociais da população por meio da instrução, tendo em vista as exigências atuais do mercado de trabalho e do mundo globalizado.

Quanto a alfabetização de adultos, Freire (1979) afirma que:

[...] o processo de aprendizagem não é uma memorização mecânica de palavras e sílabas, mas constitui um instrumento pelo qual o indivíduo possa atuar criticamente sobre seu contexto e onde o papel do educador se fundamenta no sentido de “dialogar com o analfabeto sobre situações concretas, oferecendo-lhe simplesmente os meios com os quais possa se alfabetizar” (FREIRE, 1979, p. 72).

As escolas estaduais atendem alunos na modalidade de EJA no turno noturno. A divisão desta modalidade de ensino se apresenta da seguinte forma: EJA 1º segmento – Alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental; EJA 2º segmento – Alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental; EJA Ensino Médio.

Os professores serão divididos conforme as composições das turmas, em segmentos: professores de português e artes, história e geografia, de matemática, de ciências, inglês e religião. No Ensino Médio são professores de português e artes, de história, geografia, filosofia e sociologia, de matemática e física e de biologia.

Na EJA, o processo educativo pode acarretar em desmotivação permanente, sendo que essa modalidade é composta por uma heterogeneidade de indivíduos jovens, adultos e idosos dividindo o mesmo espaço físico. São pessoas com histórias de vida muito parecidas e que se encontram na situação de retomar seus estudos seja por necessidade, seja pela força de vontade e gosto de aprender, e que por sua rotina de trabalho, de convivência familiar, pelo contexto social em que estão inseridos, necessitam ainda mais que o professor exerça uma influência positiva e construtiva sobre elas.

3 A PEDAGOGIA E A SUPERVISÃO EDUCACIONAL

O trabalho do pedagogo é de suma importância para a escola, é o responsável pela investigação e ação das melhores formas de organizar e transmitir saberes, no intuito de moldar o homem e construir uma sociedade, tanto nas atividades de discussão, questionamento e encaminhamento aos professores, quanto às tarefas de atendimento aos pais e aos alunos.

A supervisão educacional cabe o desenvolvimento de um trabalho educativo que movimente a população para a realização das transformações necessárias. Ferreira (2000, pp. 235–254) busca destacar:

[...] os compromissos da supervisão educacional e dos profissionais da educação com uma escola de qualidade, não concebidos como circunscritos somente a um trabalho pedagógico, mas entendidos em uma dimensão mais ampla que contemple o compromisso com a emancipação humana que dará o verdadeiro significado do trabalho pedagógico.

A supervisão educacional tem o compromisso de garantir a qualidade do ensino, da formação humana, que se confere nas instituições escolares, no sistema educacional brasileiro e tem a responsabilidade de fazer o mundo mais humano através do trabalho pedagógico de qualidade, garantindo conteúdos trabalhados com profundidade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste trabalho compreende-se que para que a atuação do supervisor pedagógico possa ser atribuída as suas funções e responsabilidades no sentido de colaborar com o bom andamento da escola em que atua, bem como a busca por ações que atenda toda comunidade escolar e para que favoreça a participação de todos destaca-se o acompanhamento do processo ensino-aprendizagem.

A educação ao longo dos tempos passou e passa por muitas mudanças que acabam se adaptando ao governo vigente e seus planos de melhorias educacionais, porém mesmo assim algumas situações ainda insistem em permanecer. Uma delas é a modalidade de ensino de Educação de Jovens e Adultos (EJA) esta ainda é compreendida como uma compensação, quando na verdade é um direito básico e garantido

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