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O TRANSTORNO DO DEFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE

Por:   •  26/10/2018  •  4.798 Palavras (20 Páginas)  •  240 Visualizações

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Estudos mostram que a hiperatividade é um dos problemas mais persistente e comum na infância. Desatenção, agitação, impulsividade afetam a integração da criança com TDAH tanto na família como na escola. Na atualidade, a pesquisa envolvendo crianças com Transtorno de Déficit de Atenção Hiperatividade tem crescido consideravelmente, explanando-se por diversas áreas, tais como a medicina, psicologia, a fonoaudiologia, a psicopedagogia bem como a macro-área da educação. Entre os profissionais da educação, esse tema tem causado fortes discussões, pois existem poucos instrumentos que lhes dão capacidade de identificar os sintomas desse transtorno, e quando evidentemente ele se torna presente, não sabem bem ao certo que tipo de metodologia educacional utilizar para incluir a criança com TDAH na escola.

Relevante, também é tratar do falso diagnóstico desse distúrbio imputado às crianças, quando na maioria das vezes o que se tem são problemas enfrentados em seu cotidiano familiar, que por sua vez, na escola, são interpretados como simples “mau comportamento”. Daí a preocupação com a capacitação adequada dos educadores acerca deste assunto, objetivando o “não erro” nos casos de identificação do distúrbio.

No decorrer do curso e principalmente durante os estágios foi possível observar que muitos professores sofrem em sala de aula com crianças que apresentam os sintomas do TDAH, sendo que muitas dessas ainda esperam pelo diagnostico e durante esse período não recebem atendimento diferenciado. Sendo assim espera – se que esse artigo com base em revisão bibliografica possa vir de encontro ao anseio de muitas duvidas de colegas pedagogos e professores no que difere a diagnóstico e tratamento de crianças com TDAH.

1 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DO TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE

É muito comum ouvirmos em rodas de conversa de mães, comentários sobre o comportamento de seus filhos, que não param quietos, são “difíceis de lidar”, não se concentram, se machucam com facilidade, não cuidam das coisas e até mesmo que possuem poucos amigos. O mesmo acontece em reuniões pedagógicas, professores, coordenadores e pedagogos se deparam por muitas vezes com situações em que determinados alunos não apresentam o comportamento e rendimento esperado.

Hoje sintomas e preocupações como as acima, são facilmente reconhecidos como Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.

No entanto, nem sempre foi assim, muitas foram às crianças que passaram sua infância sendo reprimidos pelos pais, e tiveram sua vida escolar comprometida por professores que na falta de informação e formação, apenas as classificaram como incapazes de aprender e indisciplinados.

Descrito pela primeira vez em 1845 o Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade ou TDAH, sigla que será utilizada ao longo desse estudo, é considerado um problema de saúde mental, de origem genética. Para melhor apresenta – lo, vamos nos reportar a metade do século XIX, onde, Phelan, (2005) “... é quando surgem as primeiras informações referentes aos transtornos hipercinéticos. No entanto somente no inicio do século XX é descrito um quadro clínico com mais informações.”

A partir da década de 80 (oitenta) a Associação de Psiquiatria Americana sugere uma denominação que possa englobar os vários sintomas até então diagnosticados, surge o termo Síndrome do Déficit de Atenção para se referir tanto a falta de atenção como a hiperatividade, e ainda, a sintomas como: falta de coordenação motora e equilíbrio, distúrbios da fala bem como dificuldades de aprendizagem escolar.

O TDAH passa a constar no Manual Diagnóstico e Estatístico de Tratamentos Mentais (DSM – IV – TR) na década de 80 (oitenta) e de acordo com Phelan, (2005) a partir de então fica claro que o principal problema estava na capacidade de concentração e atenção da criança.

Apesar de toda evolução, a visão no Brasil ainda é muito desanimadora. Muitas pessoas passam por desconfortos pessoais ou sociais em função da sua atenção e de controle de seus impulsos e hiperatividades. As crianças apresentam rótulos como “rebeldes” “avoados”, “no mundo da lua” entre outros.

A informação é o caminho para pais e educadores, pois existem milhares de crianças que, quando o transtorno não é tratado, prolonga-se para a adolescência e vida adulta com problemas sérios na área da atenção e na maneira de controlar seus impulsos. Estas pessoas devem ser ajudadas para que possam adquirir uma maneira de viver mais agradável, menos desconfortável e angustiante.

2 O QUE É TDAH? CONCEITOS, CARACTERÍSTICAS, SINTOMAS E TIPOS

2.1 CONCEITUANDO

O Transtorno do Déficit de Atenção – TDAH é um distúrbio eminentemente neurobiológico crônico, quer dizer, de longa periodicidade, podendo persistir por toda a vida da pessoa, que tem seu início na infância, e que pode comprometer o funcionamento sócio-educativo-familiar do portador dessa patologia.

É a uma síndrome neurobiológica. Não se conhece ainda todas as causas e sintomas desse transtorno, na maioria dos casos não são observadas grandes lesões na área do sistema nervoso central. E, por esse motivo ventilam – se uma série de hipóteses relacionadas a esse transtorno, as principais delas Facion, (2005, p.95 e 96) descreve assim:

Aqui se supõe um distúrbio de função do cérebro na primeira infância provocado por uma lesão pré, Peri, ou pós – natal no sistema nervoso central. Esta poderia ter sido causada por problemas circulatórios, tóxicos, metabólicos etc., ou por stress e problemas físicos cérebro causados por infecção, inflamação e traumatismos. Muitas vezes são sinais bem sutis e subclínicos. Facion, (2005, p.95 e 96)

Como podemos observar os mecanismos para se chegar as causas do TDAH ainda são passiveis de muitos estudos, e nos levam também a observar que de acordo com relatos de familiares e profissionais que cuidam dessas crianças os sintomas e causas podem ser diferentes de criança para criança o que torna os diagnósticos ainda mais difíceis.

No que se refere às causas deste transtorno, Barkley, (2002), comenta que os estudos científicos já passaram por vários momentos, onde, inicialmente indicavam que fatores neurológicos e genéticos desempenhavam papel nas origens do transtorno sobre isso o próprio Barkley, (2002 p. 27) escreve:

O TDAH tem sua origem no que se chama de base alterada é

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