TDHA - Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade
Por: Rodrigo.Claudino • 26/1/2018 • 2.220 Palavras (9 Páginas) • 419 Visualizações
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- Substâncias ingeridas na gravidez: Tem sido feito pesquisas que apontam que a nicotina e álcool ingeridos durante a gravidez, podem causar alterações em algumas partes do cérebro da criança e dentre elas o lóbulo frontal.
Essas pesquisam mostram também que mães alcóolatras têm maiores chances de terem filhos com problemas de hiperatividade e desatenção.
- Sofrimento fetal: Alguns estudos mostram que mulheres que tiveram problemas no parto, que acabaram causando sofrimento fetal tinham mais chance de terem filhos com TDAH. Nesses estudos a relação da causa não é clara, talvez mães com TDAH sejam mais descuidadas e assim possam estar predispostas a terem algum problema na gravidez e/ou no parto.
- Exposição a chumbo: Crianças que sofreram intoxicação por chumbo, podem apresentar sintomas semelhantes aos do TDAH.
- Problemas familiares: Algumas teorias sugerem que problemas familiares (brigas, discórdias, família desestruturada), poderiam causar TDAH nas crianças, porém estudos recentes mostram que dificuldades familiares podem agravar um quadro de TDAH, mas não causa-lo.
- Incidência da doença na população (faixa etária, etnia, região)
O TDAH atinge em torno de 3 a 5% da população infantil, enquanto em adultos estima-se em torno de 4%. Pesquisas apontam que o TDAH, é mais frequente em sexo masculino, porém o sexo feminino tem maiores chances de apresentarem primeiramente características de desatenção em comparação com o sexo masculino.
- Tratamento/cura
Primeiramente o tratamento só será iniciado após uma extensa analise das causas, deve ser realizado um Diagnóstico Diferencial, quanto mais cedo se diagnosticar e iniciar o tratamento, melhor será a qualidade de vida do portador da doença . O tratamento deve ser multimodal, isto significa que será administrado uma combinação de medicamentos, os pais e o professores serão orientados, e técnicas especificas serão ensinadas ao portador. Além de todos esses métodos também deve passar por uma equipe multidisciplinar, ou seja, seguira com a ajuda de vários profissionais, como os da área médica, de saúde mental e pedagógica. Avaliações com psicólogo, fonoaudiólogo, psicomotricista, otorrinolaringologista, oftalmologista, e outros, podem ser necessárias, conforme a demanda de cada caso.
É necessário que o portado do TDAH e seus familiares frequentem Grupos de Apoio Psicoeducativos sobre o TDAH, para que eles aprendam a lidar com os sintomas e também possam trocar vivências e experiências com outros portadores e familiares.
Em relação às intervenções psicoterápicas, a mais efetiva é a Terapia Cognitivo Comportamental que no Brasil é de atribuição exclusiva de psicólogos. Até o momento esta é a única forma psicoterápica que auxiliam nos sintomas do TDAH. Nem todos os portadores da doença precisam passar por tratamento psicoterápico, o quadro sempre exige orientação familiar.
Em casos complexos, com prejuízo funcional em várias áreas, que apresente comorbidades pais discordantes é necessário iniciar o tratamento pela psicoeducação familiar e suporte educacional.
Na famílias em que há frequência da doença, é preciso ter cuidado com as variáveis ambientais que podem alavancar aqueles que tiverem predisposição ao transtorno.
- Psicológico do paciente
Enquanto crianças e adolescentes a vida social pode ser prejudicada porque eles são mais rejeitados pelos colegas por conta de suas características (os sintomas do transtorno).
Quando não diagnosticado ou administrado tratamento correto geram grandes prejuízos na vida social, profissional, pessoal e afetiva do individuo sem que ele possa entender o que está acontecendo.
Se não tratado, outros distúrbios podem surgir e se associar a doença (comorbidades), a auto-estima fica cada vez mais comprometida, levando a pessoa a se isolar. Entre os transtornos que podem se associar ao TDAH e suas frequencias estão: Desordem Secundária: 66%, Problemas de leitura: 60%, TOD (Transtorno Opositivo Desafiador): 33%, Transtorno de Ansiedade: 25 a 35%, Transtorno de Conduta: 25%, Depressão: de 10 a 30%, TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo): de 10 a 17%, Três ou mais desordens: 10%, Transtornos de Leitura: 10%, Síndrome de Tourette: 7%.
Pesquisas também apontam que caso não seja tratado o transtorno pode levar ao fracasso acadêmico, abandono escolar, acidentes de trânsito, uso de drogas, álcool e divórcio, entre outras situações negativas na vida adulta.
- Área de atuação do psicólogo em relação à doença.
O tratamento do TDAH requer uma abordagem de forma que vários profissionais da saúde, médicos, neurologistas, psicólogos e psiquiatras possam orientar os pais ou responsáveis pela criança com o diagnóstico do transtorno. Geralmente, o TDAH é percebido por um médico pediatra que irá encaminhar o paciente para um Psicólogo e se necessário, para um Psiquiatra.
O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade é uma das principais causas de procura por atendimento em ambulatórios de saúde mental da criança e adolescentes segundo Faraone, Sergeant, Gilbert & Bierderman, apesar de que algumas pesquisas apontam que o número de investigações com pré-escolares, adolescentes e adultos é significativamente menor. Estima-se que 3 a 6 % de crianças e adolescentes apresentam o transtorno. Os tratamentos comprovadamente eficazes para o manejo do TDAH, além da farmacoterapia, incluem a orientação dos pais em manejo de contingências, onde se faz necessário a combinação e aplicação destas também em salas de aula, para que seja obtido o resultado esperado. Dessa forma, a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) será descrita como intervenção no TDAH por apresentar bons índices de sucesso terapêutico. Não obstante, mesmo quando o transtorno é tratado com medicação, muitos indivíduos continuam a apresentar alguns sintomas residuais e estes podem ser amenizados com a TCC, tais como depressão e ansiedade.
As intervenções cognitivo-comportamentais no TDAH têm sido usadas clinicamente há bastante tempo (Knapp, Rohde, Lyszkowski & Johannpeter, 2002). A TCC é apontada como modalidade psicoterápica com maior evidencia científica de eficácia para os sintomas nucleares. Segundo Doyle (2006), a Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) consiste em quatro etapas: a psicoeducação, a psicoterapia em si, a avaliação das comorbidades
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