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O PAPEL DO PROFESSOR: COMO LIDAR COM O TRANSTORNO DO DEFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE - TDAH

Por:   •  3/1/2018  •  9.886 Palavras (40 Páginas)  •  689 Visualizações

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A pesquisadora no intuito de contribuir com esse processo e especificamente no caso dessa escola pesquisar e devolver a esses conteúdos literários que possa contribuir com a prática dos mesmos, naturalmente melhor desempenho em relação ao TDAH.Situação que trará beneficio quanto ao embasamento teórico pesquisado sobre o TDAH.

4. OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL:

- Conhecer a prática pedagógica do professor em relação ao aluno que tem TDAH.

OBJETIVO ESPECIFICO:

- Caracterizar o que é TDAH do ponto de vista da literatura;

- Questionar como acontece a prática do professor em relação ao TDAH;

- Apontar quais são as práticas pedagógicas do professor em relação ao TDAH;

5. REFERENCIAL TEÓRICO

5.1 Caracterização do TDAH

Segundo Russel A. Barkley (2002, p.50), o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade consiste de três problemas primários na capacidade de um indivíduo controlar seu comportamento: dificuldades em manter sua atenção, controle e inibição dos impulsos e da atividade excessiva. Ainda acredita-se que há dois problemas acoplados a este transtorno que são: objeção para seguir regras e instruções e a discrepância em suas respostas a determinadas situações. Esses sintomas vão afetar diretamente o indivíduo em sua vida acadêmica, os relacionamentos familiares e amorosos, social e a vida laboral, principalmente por termos uma sociedade que exigi que os indivíduos sejam eficientes, que alcancem o sucesso e que a todo momento estejam preparados para mudanças de ambiente, de grupo de trabalho, mas ainda assim que sigam padrões.

Ao irem para escola os sintomas do transtorno se tornam mais evidentes, por estarem em contato com crianças da mesma idade e pela escola exigir delas mais atenção e um comportamento mais estático. O fato de terem que ficar em silêncio, paradas será foco de diversos conflitos, à medida que elas têm enorme dificuldade para se manterem quietas. Um desses conflitos será com os adultos que a cercam, sejam pais ou professores, que dificilmente compreenderam seu comportamento e possivelmente chamarão constantemente sua atenção.

Este comportamento mais espontâneo, com muitos movimentos, chamado de hipercinesia é visto como um problema na escola, podendo levar a um diagnóstico, devido ainda existir neste espaço uma ideia de disciplina, de controle. Ao estarem controladas o docente pode investir seu poder e transformá-las do jeito que deseja. Foucault vai dizer que “a disciplina ‘fabrica’ indivíduos; ela é a técnica específica de um poder que toma os indivíduos ao mesmo tempo como objetos e como instrumentos de seu exercício”. (Foucault, 2004, p.143).

A escola atual ainda carrega consigo resquícios de uma escola tradicional que segue moldes que vigoravam no passado, em que os professores e funcionários tem que manterem um controle e que eles são as figuras de poder e que devem manter a ordem de maneira que os alunos os obedecem, mantenham silêncio, não exprimam suas ideias.

Também não podemos desconsiderar que os indivíduos com TDAH também demonstram duas características essenciais para um diagnóstico: a atenção comprometida e hiperatividade, que devem ser evidentes não só na escola, mas em outras situações (casa, clínica).

A atenção comprometida é manifestada por interromper tarefas prematuramente e por deixar atividades inacabadas. As crianças mudam frequentemente de uma atividade para outra, parecendo perder o interesse em uma tarefa porque se distraem com outras (...). Esses déficits na persistência e na atenção devem ser diagnosticados apenas se forem excessivos para a idade e QI da criança. A hiperatividade implica inquietação excessiva, em especial em situações que requerem calma relativa. Pode, dependendo da situação, envolver correr e pular ou levantar do lugar quando é esperado ficarem sentadas, loquacidade e algazarra excessivas ou inquietação e se remexer. O padrão para julgamento deve ser que a atividade é excessiva no contexto do que é esperado na situação e por comparação com outras crianças da mesma idade e QI. Este aspecto de comportamento é mais evidente em situações estruturadas e organizadas que necessitam de um alto grau de autocontrole de comportamento (ROSSANO, 2010, p. 83 apud OMS, 1993, p. 257).

A maioria dos indivíduos com TDAH mexem as mãos e pés, falam demais, têm dificuldade de realizar atividades silenciosas, correm, não conseguem ficar sentadas, quando se espera que fiquem. Estes são sintomas de hiperatividade. Os sintomas de hiperatividade nas crianças com TDAH geralmente se manifestam por uma tendência de estar sempre se movimentando, o que consiste um dos sinais clínicos mais frequentes e exuberantes (ANDRADE, 2006, P.76).

Os sintomas de impulsividade estão atrelados aos de hiperatividade. Os indivíduos têm dificuldade de aguardar a vez, interrompem conversas, respondem antes de o interlocutor terminar a pergunta.

Já os sintomas de desatenção são observados em várias situações corriqueiras, em que eles cometem erros descuidados nas atividades escolares, apresentam falta de detalhes, dificuldade em organizar tarefas, perdem coisas, distraem-se facilmente, não conseguem realizar tarefas longas.

5.2 Educação Inclusiva e o TDAH

Incluir requer habilidades de estar com, colocar em ação. A educação especial vem trabalhando neste sentido com os alunos que se espalham pelo universo escolar e fazendo de suas necessidades especiais, necessidades iguais à de todos os alunos que freqüentam a escola comum.

A inclusão surge no cenário educacional como uma nova perspectiva que envolve rever concepções a respeito da educação, do ensinar e do aprender. Com ela emerge vários questionamentos sobre o que fazer e como fazer. O atendimento aos alunos considerados especiais em salas de recursos reforça o trabalho pedagógico realizado nas escolas públicas, onde, nem sempre, estes alunos conseguem sucesso e avanço escolar. A grande maioria destes alunos pode apresentar bom rendimento, tudo vai depender da forma como é atendido na sala de aula do ensino comum.

Aprender a trabalhar com a inclusão e mais atentamente para a inclusão de alunos com Déficit de Atenção e Hiperatividade, é um desafio para os docentes e para escola de modo geral, que necessitam

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