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Transtorno deficit de atenção hiperatividade

Por:   •  8/7/2018  •  2.482 Palavras (10 Páginas)  •  446 Visualizações

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Hoje se encontra diversos educandos com transtornos e dificuldades de aprendizagem, porém o TDAH tornou-se mais comum no cotidiano escolar, fazendo-se criar novas estratégias a cada dia para o trabalho com essas crianças. Pode-se perceber que alguns professores por falta de conhecimento, rotula esses alunos como mal educados e indisciplinados, não acreditando em suas potencialidades e não procurando um currículo adequado para auxiliar na formação do aluno com TDAH. Nesse sentido, busca-se aqui um aprofundamento sobre o tema e a compreensão quanto ao mundo da criança com TDAH, também quanto o professor poderá a partir de conhecimentos claros sobre o transtorno colaborar com esse aluno. Diversos autores têm definido o TDAH como um transtorno que compromete à vida, sócio-afetiva, profissional e principalmente escolar. Na literatura encontram-se diversas definições para os grandes impactos que geram no indivíduo portador da mesma.

Pensando nas peculiaridades da criança com TDH , acredita-se na importância do papel do professor e no desenvolvimento afetivo e cognitivo desse aluno. Silva (2003:195) reforça a importância, do que denomina “Apoio Técnico”, ou seja, pequenas medidas e atitudes que acabam por criar uma estrutura externa capaz de facilitar o cotidiano da pessoa com TDAH. Segundo a autora, isso pode ser conseguido com a criação de rotinas que devem estabelecer aspectos essenciais como: estabelecer horários de maior produtividade, de repouso, de atividades físicas, de refeições; organizar cronogramas em relação as suas obrigações, projetos e lazer, criar o hábito de ter agenda para anotar sua rotina, usar sempre blocos e canetas para possíveis lembretes.

Para Goldstein (1998, p. 141) é importante que seja adotado um programa multidisciplinar para o tratamento do TDAH, incluindo ajuda à criança, amigos, professores e família em diversos ambientes. Para alcançar os objetivos curriculares de aprendizagens e garantir uma boa convivência em sala de aula, ou seja, para a formação desses alunos é necessário o conhecimento e a capacitação do professor em relação ao transtorno, para a melhor organização de suas aulas e do ambiente em a criança/aluno está inserida.

- Legislação e a Inclusão

O Brasil apresenta leis subsidiadas pela Constituição Federal (BRASIL, 1988), que estabelece o direito das pessoas com necessidades especiais de receberem educação, preferencialmente na rede regular de ensino. Assim, a ampla legislação brasileira contempla aspectos relevantes para o processo de inclusão, com legislações específicas (BRASIL, 2008).

No ideal proposto pela legislação vigente, a educação inclusiva traz consigo, inúmeras polêmicas em torno da adequação da sua prática, pois implica em contrapor a organização escolar que até então era regida sob um paradigma tradicional. A precariedade em algumas redes de ensino depara-se com entraves como a necessidade da própria mudança na sua estrutura e organização. A inclusão requer muita reflexão e preparo do contexto escolar. O movimento inclusivo no contexto educacional é desafiador, pois exige mudanças em vários aspectos a fim de superar as barreiras para a educação inclusiva, conforme Carvalho (2003, p. 61) aponta:

Em síntese, há que examinar todas as variáveis do processo educativo escolar, envolvendo as pessoas da escola (educadores, gestores, alunos, apoio administrativo); o ambiente físico (em termos de acessibilidade), os recursos financeiros e materiais (origens, quantidades, periodicidade de recebimento, manutenção de equipamentos e instalações), os graus de participação da família e da comunidade (parcerias), a filosofia de educação adotada (se tradicional ou não), o projeto político pedagógico construído pela comunidade escolar (natureza do documento, autores, destinação), a prática pedagógica (se mais centrada no ensino ou na aprendizagem), os procedimentos de avaliação (formativa, somativa, formal, informal), dentre outros aspectos.

No contexto escolar, as perspectivas recaem na prática inclusiva em sala de aula, sendo que está nas mãos dos profissionais da educação o compromisso da sua efetivação. O professor é desafiado continuamente a responder às novas e crescentes expectativas projetadas sobre ele, muito mais depois da implantação do modelo de inclusão. Supõe-se assim, que a peça principal para o processo da educação inclusiva seja o professor. Nem sempre as legislações consideram esta variável primordial no processo de inclusão, “que consiste na capacidade de resposta daqueles que a tem de pôr em prática” (CORREIA, 1999). Pois, segundo o autor: “São grandes as responsabilidades cometidas ao professor do ensino regular: espera-se que utilize estratégias e desenvolva atividades de ensino individualizado junto da criança com NEE”.

Sem a formação necessária para responder às necessidades educativas destes alunos, não conhecendo muitas vezes a natureza dos seus problemas e as implicações que tem no seu processo educativo, os professores do ensino regular não lhes podem prestar o apoio adequado. Portanto, o professor é o intermediador da efetivação do processo e quanto maior for o apoio dentro do espaço escolar para a concretização do seu trabalho, maior será a resposta nos resultados a serem atingidos no processo inclusivo. Portanto os questionamentos que se farão e precisarão ser esclarecidos na pesquisa envolvem as sequintes questões: diante do que foi relatado no subitem 1.1 no qual conceituou o transtorno e apresentou dados de que cada vez mais cresce o número de crianças diagnosticadas com tal transtorno, e ainda uma apresentação panorâmica da legislação que ampara ou defende o atendimento preparado ou inclusivo das crianças com limitações, se questiona como estão os ambientes escolares e os profissionais que nele atuam para receberem em suas salas crianças com TDHA? Questiona-se ainda como os profissionais são preparados hoje para atender essa realidade? E os ambientes escolares como um todo, estão preparados e tem equipe especializada para tal atendimento?

São questionamentos preocupantes uma vez que o professor lida diretamente com o aluno com o transtorno e precisa tanto está capacitado quanto também receber o apoio básico/ necessário para a realização do atendimento pessoal e pedagógico do aluno.

Portanto no subitem 1.3 trataremos da capacitação do professor direcionada ao transtorno e posteriormente abordaremos no próximo capítulo sobre as práticas pedagógicas voltadas ao atendimento do TDHA através de uma observação prática de um professor que atende uma criança em uma turma de ensino regular na rede

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