METODOLOGA DE ENSINO DE BIOLOGIA APLICADA AOS ALUNOS DISGNOSTICADOS COM TRANSTORNO DO DÉFICT DE ATENÇÃO COM HIPERATIVIDADE (TDAH)

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Desse modo, a ação do professor tem uma função imprescindível nesse processo. Às vezes falta profissionais altamente qualificados para que se possa trabalhar de forma correta com esses alunos intervindo no seu processo de aprendizagem, é claro que o professor como o responsável da sala, sozinho e precisando dar conta dos outros alunos na sala, a pressão vindo da diretoria sobre o conteúdo a passar para que se cumpre o objetivo especifico ao final do ano, a professora não tem como dar um ensino diferenciado a essa criança, que muitas vezes mesmo diante do seu tratamento sofre por esses e outros motivos encontrados na escola (Pinheiro, 2010).

Mais do que importante é necessário que haja um metodologia na escola para que se possa trabalhar com essas crianças, ao modo em que elas acabem se desenvolvendo e criando um certo vinculo diante dessa pessoa, para que consiga haver um processo de aprendizado, não fora da escola, mas que passa a atender esse aluno de acordo com a sua necessidade, que nos dias de hoje fica difícil tratar (Pinheiro, 2010).

Sendo assim, o objetivo deste trabalho é avaliar se a metodologia de ensino escolhida, sendo jogos lúdicos, enquanto recurso didático, favorece ou dificulta a compreensão e resposta dos estudantes com TDAH no processo de aprendizagem e socialização.

2. METODOLOGIA

A experiência pensada para essa trabalho terá metodologia semelhante a seguida pelo trabalho de Wouk, Santos & Crisostomo, 2014, com o título de “Ensino de ciências para alunos com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). O trabalho será realizado junto a uma escola da cidade de Dourados, Mato Grosso do Sul com os alunos diagnosticados com TDAH. A intervenção planejada utilizará de uma abordagem metodológica qualitativa, com o objetivo de desenvolver o conteúdo Educação Ambiental - Reciclagem. Esta será realizada por meio de uma pesquisa-ação que irá propor estratégias que atenderão as necessidades educacionais e, buscarão solucionar os problemas enfrentados no âmbito escolar destes alunos.

Inicialmente, analisaremos os históricos escolares dos alunos e em seguida conversareamos com os professores sobre o comportamento dos discentes objetivando aprimorar a nossa intervenção no ambiente escolar. Buscaremos participar de um concelho de classe para conhecermos mais o ambiente escolar e as caracterísitcas dos alunos através do relato dos professores, assim, coletaremos mais informações sobre os alunos envolvidos no trabalho. Em seguida, convidaremos os responsáveis para uma reunião para tomarem ciência do projeto e permitirem seus filhos a participarem da presente pesquisa.

Este trabalho contará com todos os estudantes das salas de aula dos alunos diagnosticados com hiperatividade por isso as atividades desenvolvidas procurarão dar assistência individual e coletiva contemplando as necessidades do aluno com TDAH e também dos outros aluno. Serão utilizadas atividades lúdicas como palavras cruzadas, caça-palavras e montagem de brinquedos através de material reciclável.

Para a coleta dos dados, adotamos uma metodologia baseada na videografia, que é o "registro em vídeo de atividades humanas" (MEIRA, 1994, p.61) apresentada como "uma ferramenta ímpar para a investigação microgenética de processos psicológicos complexos, ao resgatar a densidade de ações comunicativas e gestuais”. Considerando as especificidades da pessoa com TDAH, a adoção da videografia contribuiu para a descrição do comportamento e das atitudes do estudante de forma minuciosa. Para a análise, serão selecionados alguns episódios das gravações e realizada a transcrição integral do comportamento, atitudes e falas do estudante. Ao final, para tratamento dos dados, utilizamos a análise qualitativa, segundo Góes (2000).

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARROS, J. M. Gramático: Jogo Infantil e Hiperatividade. Rio de Janeiro: Sprint, 2002.

BRANDÃO, Ana Carolina Perrusi Alves (Org) et al. Jogos de alfabetização MEC. Centro de Estudos em Educação e Linguagem - CEEL. Manual Didático. Universidade Federal de Pernambuco, 2009.

__________. MEC. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Caderno de educação especial: a alfabetização de crianças com deficiência : uma proposta inclusiva. Brasília : 2012.

CERRI. M. F. O lúdico como recurso para o professor de Educação Física atuar sobre a agressividade e a violência dos alunos nas aulas do ensino fundamental. 78 fls. Monografia - trabalho de conclusão de curso de Educação Física/ Instituto de Biociências, Unesp, Rio Claro, 2001.

CUNHA, A. C. T. Importância das atividades lúdicas na criança com Hiperatividade e Défice de Atenção segundo a perspetiva dos professors. Dissertação apresentada à Escola Superior de Educação João de Deus com vista à obtenção do grau de Mestre em Ciências da Educação na Especialidade de Educação Especial: Domínio Cognitivo e Motor sob a orientação do Professor Doutor Horácio Pires Gonçalves Ferreira Saraiva. Lisboa, 2012.

GÓES, Maria Cecília Rafael. A abordagem microgenética na matriz histórico-cultural: Uma perspectiva para o estudo da constituição da subjetividade. Cadernos Cedes, ano XX, nº 50, Abril/00.

GARCIA, R. M. C. (1999). A educação dos sujeitos considerados portadores de deficiência: contribuições vygostikianas, Ponto de Vista.

MATTOS, Paulo. No mundo da lua: perguntas e respostas sobre transtorno do déficit de atenção com hiperatividade em crianças, adolescentes e adultos. São Paulo: Lemos Editorial, 2003.

MEIRA, Luciano. Análise Microgenética e Videografia: ferramentas de pesquisa em psicologia cognitiva. Mestrado