O AUTISMO INFANTIL
Por: Sara • 18/7/2018 • 2.388 Palavras (10 Páginas) • 282 Visualizações
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Cabe salientar que o atraso intelectual da criança não é global, contudo há distintas funções cognitivas que se encontram alteradas, como: Déficits de sequencialização e compreensão de regras, dificuldade na linguagem falada e utilização do gesto, déficits na transferência de uma atividade sensorial para a outra, entre outros. Nota-se que o fracassoda inteligência ao receber um conhecimento, altera o aumento de estereotipias, e também a falta de responsabilidade social.
Isto posto, citaremos apenas alguns dos comportamentos repetitivos e estereotipados: preocupações fixas numa parte de um objeto ( o botão da calça, nariz do urso de pelúcia); rituais compulsivos (rotina para sair ou entrar no quarto) qualquer adulteração desta rotina acarretara ansiedade no autista; maneirismos motores estereotipados e repetitivos ( balancear uma parte do corpo, como a cabeça, arranhar superfícies, cantarolar), esse comportamento geralmente aparecem quando há deficiência mental severa. É preciso esclarecer ainda que existem crianças autistas com outros tipos de condutas, que se definem mais problemáticos e difíceis de tratar, como agressividade, hiperatividade, etc.
- Características alguns tipos de autismo
Síndrome de Asperger
Segundo Vila, Diogo e Sequeira (2009) “Em 1944, Hans Asperger, pediatra austríaco [...] descreveu um grupo de crianças com distúrbios sociais, similares ao do Autismo. Apenas tinham a linguagem e a inteligência em geral preservadas”. Nesse sentido a síndrome pode ser confundida com depressão, esquizofrenia, dentre outros. Ainda segundo Vila, Diogo e Sequeira, portadores dessa síndrome possuem um QI dentre a média ou elevado inclusive, não compreendem o significado da conversa socializada, possuem dificuldade com o olhar, com as expressões faciais, gestos movimentos, etc. São incapazes de interpretar metáforas, compreender piadas, são apegados a rotina, fixados por um assunto específico, possuem habilidade com memorização, cálculos mentais. O diagnóstico geralmente é tardio devido as habilidades tidas como normais da inteligência e da linguagem.
Autismo Atípico
O autismo atípico geralmente é diagnosticado após os três anos de idade. segundoGilberg (2005), O autismo atípico “[...] mostra características atípicas tanto em relação aos sintomas quanto em relação ao começo das manifestações.” Por isso a decorrência do diagnóstico tardio. O autismo atípico , segundo Mello (2008) “[...] ocorre habitualmente em crianças que apresentam um retardo mental profundo ou um transtorno específico grave do desenvolvimento de linguagem do tipo receptivo.” Essas crianças possuem um padrão não tido como normal da fala, não desenvolve relacionamentos sociais comuns e apresentam ‘vícios’ de comportamentos.
Papel da família, na questão o autismo (aceitação e convivência)
Para a chegada de um filho toda a família se prepara, os pais são os que acompanham o seu desenvolvimento com choro, sorriso, fala etc. Hoje, do ponto de vista terapêutico e educacional, acreditamos que a intervenção precoce com as crianças autistas pode trazer muitos benefícios. Pode-se perceber que o diagnóstico precoce feito pelos pais podem ajudar essas crianças, mas isso não ocorre de fato, pois, em grande parte.
Geralmente, as mães largam seus empregos para cuidar exclusivamente de seus bebês, pensando serem a única pessoa capaz de cuidar e entender seu filho com autismo. Pais de crianças com autismo passam por um processo doloroso quando se deparam com a realidade, resultando aparecimento de vários problemas emocionais. Os pais e a família passam por vários sentimentos no momento que diagnostica um autista como: desespero extremamente forte, algumas vezes expresso pelo desejo de morte, raiva, amargura persistente, sentimentos de vingança e de culpa e é imprescindível que aprendam a lidar com essa questão emocional para o bom desenvolvimento do filho autista.Para Krynski (1983), há fases vivenciadas pela família, como, por exemplo, a fase do alarme, do estresse, da angústia, da rejeição e da revolta, que costumam ocorrer logo após a notícia.
Com o diagnóstico, a família vive períodos de angústia e negação da realidade, muitos procuram curas milagrosas. Sabe-se que até que se consiga restabelecer o equilíbrio, a família pode passar por um grande momento de isolamento. Após este tempo de intranqüilidade, as famílias passam por um período de aceitação, onde ocorrerá um gerenciamento dos conflitos. O processo terapêutico neste momento pode ajudar para que esta trajetória seja menos dolorida, trazendo um maior entendimento da situação e também auxiliando na busca de novos caminhos e no desenvolvimento de atitudes construtivas para a família. Quando há aceitação, os pais e familiares procuram saber o que se pode fazer sobre isso; irão se adaptar ao estilo de vida, e a partir de ajuda de um atendimento psicológico pode ajudar na autoestima da criança e da família. A partir da aceitação e da convivência percebe-se que, tanto a família quanto a criança, acabam encontrando meios de se comunicarem e pouco a pouco vão se conhecendo e se descobrindo uns aos outros.
Como tratar um autista: Método TEACCH;ABA;PECS.
A Intervenção educativa para o autismo é geralmente intensiva abrangente, que envolve uma equipe de profissionais e muitas horas de uma variedade de instruções e terapias para tratar de um aluno com necessidades comportamentais, de desenvolvimento, social e acadêmico. Para conhecer o processo de aprendizagem de uma criança autista é necessário identificá-la e observar as dificuldades de comunicação e de atenção que ela apresenta. Devido o aluno apresentar dificuldade na comunicação verbal, essa deve ser baseada no concreto, ou seja, objetos ou figuras. Geralmente as crianças autistas aprendem melhor vendo do que ouvindo, por essa razão é preciso explorar esse método ao máximo, quando ainda são pequenas. A escola tem um papel reconhecido no nível da educação, na elaboração de estratégias para que estes alunos consigam desenvolver capacidades para se integrar e interagir com as outras crianças ditas “normais”. Para o desenvolvimento das capacidades de aprendizado da criança com autismo são utilizados métodos diversos baseados na Analise Aplicada do Comportamento (ABA). Os métodos ABA usam um processo de três passos: Deve haver um antecedente, ou seja, um estímulo verbal ou físico – um comando ou um pedido, que pode ter origem no meio ambiente ou em outra pessoa,
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