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MOTIVAÇÃO ESCOLAR E O PAPEL DO PROFESSOR COMO MEDIADOR.

Por:   •  13/11/2018  •  1.417 Palavras (6 Páginas)  •  455 Visualizações

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“A motivação é encarada como uma espécie de força interna que emerge, regula e sustenta todas as nossas ações mais importantes. Contudo, é evidente que motivação é uma experiência interna que não pode ser estudada diretamente”. (Vernon, 1973, p.11).

Já a visão behaviorista focaliza o papel da recompensa e do reforço na motivação. Segundo o modelo condicionante de SKINNER (apud BROWN, 1994), as ações humanas são motivadas por uma recompensa antecipada, ou seja, o ser humano tem a habilidade de prever uma recompensa futura para seu comportamento. Essas recompensas servem para reforçar o comportamento e levam à persistência. Quando há antecipação da recompensa fora e além do comportamento - recompensas externas, como, por exemplo, prêmios, notas, e valores monetários, - tem-se a motivação extrínseca. A motivação intrínseca ocorre quando não há recompensa aparente pela realização da tarefa, a não ser a tarefa em si. (BROWN, 1994).

Segundo Child (1994, apud DICKINSON, 1995), os alunos que atribuem seu fracasso a causas

externas tendem a não persistir quando fracassam; os que acreditam que é devido a causas internas tendem a persistir. Esses últimos, que acreditam que o sucesso ou o fracasso está sob seu controle, que depende de si próprios, tendem a conseguir mais do que aqueles que acreditam que está fora de seu controle. Neste caso, o sucesso realça a motivação que leva à possibilidade de sucesso. Dickinson (1995:171) sugere, assim, que o sucesso na aprendizagem leva à motivação maior somente os alunos que acreditam ter o controle das causas do sucesso ou do fracasso, isto é, aqueles que aceitam a responsabilidade de seu sucesso ou fracasso, que reconhecem que isso resulta do esforço pessoal e não da habilidade ou sorte, e acrescenta que "o sucesso realça a motivação apenas em aprendizes que estão concentrados nos objetivos da aprendizagem, ou seja, que estão intrinsecamente motivados".

Enquanto, Martín Díaz e Kempa (1991) defendem, que se devem ter em conta as características individuais dos alunos, se o objetivo for o de melhorar o processo de ensino e de aprendizagem. Do ponto de vista educativo, partilhamos com Neto (1996) a ideia de que o ideal no ato educativo seria o professor ter em conta a multiplicidade de estilos motivacionais existentes na sala de aula e ser capaz de adaptar as características dos procedimentos didáticos a essa multiplicidade. Se existe grande preocupação face à forma como os conhecimentos prévios dos alunos influem na forma como aprendem e constroem conhecimento, também devem ser tidos em conta as suas características motivacionais. Os alunos socialmente motivados, por exemplo, reagem melhor em situações de aprendizagem em grupo e os curiosos em situações de resolução de problemas.

Conclusão

Percebe-se que, a motivação é um processo que se dá no interior do sujeito, embora, intimamente ligado as relações de troca que o mesmo estabelece com o meio, estímulos externos ou incentivos, principalmente, vindos de seus professores e colega. Por isso é importante que o professor, planeje regularmente as suas aulas, selecionando e estruturando os conteúdos, utilizando recursos incentivadores e materiais adequados; Diversificando as atividades propostas alternando atividades em grupo, em roda, em duplas e individuais; Incentivando seus alunos a avaliarem seu próprio trabalho e mantendo os alunos sempre ocupados evitando dispersão e indisciplina.

Referências

Boruchovitch, E., & Bzuneck, J. A. (2001). A motivação do aluno: Contribuições

da psicologia contemporânea. Petrópolis: Ed. Vozes.

Boruchovitch, E. (2009). A motivação do aluno (4.ª ed.). Rio de Janeiro: Editora Vozes.

BROWN, H.D. Teaching by Principles An Interactive Approach to Language Pedagogy. Prentice Hall

Inc. USA. 1994.

Bzuneck, J. A. (2004). A motivação do aluno: aspectos introdutórios. Em: E. Boruchovitch e J. A. Bzuneck (Orgs.) A motivação do aluno, 3ª. Edição, pp. 9-36. Petrópolis: Vozes.

Crookes , G e SCHMIDT , R.W. de motivação: Reaberta a agenda de investigação.

Aprendizagem de Línguas,41,469-512 . 1991

DICKINSON. L. Autonomy and motivation - A Literature Review. System. 23:2. 165-174. 1995.

Martin-Diaz, M.J. e Kempa, R.F. (1991). alunos preferem estratégias diferentes ensino da educação científica de acordo com as suas características motivacional.

Neto, A. J. (1996). Estilos cognitivos. Texto não publicado. Évora: Universidade de Évora. Departamento de Pedagogia e Educação

Nieto, J. E. (1985). Motivacion y aprendizaje. In J. Mayor (Ed.), Psicologia de la educación. Madrid: Anaya.

Pintrich, P.R. (2003). A motivational science perspective on the role of student motivation in learning and teaching contexts.

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