A violência contra o professor no ambiente escolar

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A violência Psicológica é a que os professores mais sofrem e que na maioria das vezes é tratada como uma coisa banal, leve ou mansa, mas mesmo assim não deixa de ser uma violência. Essa violência ocorre de várias formas: injúrias, injustiças ou falsidade; calúnias e difamações como afirmações desonrosas, quando se atribui a alguém um fato ofensivo a sua reputação. São essas situações que os docentes vivenciam diariamente, não só partindo dos alunos, mas também dos próprios pais e até de todos os que o cercam no seu ambiente de trabalho.

Esse tipo de violência pode gerar danos irreversíveis para a vida do professor causando problemas emocionais, diminuição da autoestima, depressão, incapacidade de desenvolver suas atividades profissionais. E quando não causa danos irreversíveis, deixa sequelas como diminuição do desempenho profissional, insegurança.

Outro tipo de violência vivida pelos professores é a violência verbal que é uma agressão sem o uso da força, mas que também fere. Esse tipo de violência ocorre quando a vítima é insultada, xingada, criticada ou humilhada no seu trabalho. E com os professores não é diferente. Muitas vezes trazem como consequência a falta de vontade de exercer a sua função, e a baixa autoestima, pois não conseguem desenvolver suas atividades como deveriam, diante de tantas críticas e reclamações se sentem humilhados e diminuídos. Sendo assim como todos os outros tipos de violência, a violência verbal pode sim causar danos psicológicos irreversíveis, podendo ter como consequência o afastamento permanente do professor.

Outro tipo de violência que era desconhecida até alguns anos atrás e veio à tona com as redes sociais, é o tipo de violência mais visto nas escolas quando os alunos por muitas vezes não gostarem do professor, do seu método de ensino, usam a rede social para humilhar, expor, e até mesmo mentir com montagens fotográficas. Essa violência tem um poder devastador, é a violência virtual, onde o mal uso dos recursos tecnológicos causa graves problemas.

Considerada hoje como o Cyberbullyng, é um tipo de violência que pode ser particularmente traumatizante, esse tipo de violência inclui ameaças, vírus, palavrões, pornografias, o que afeta diretamente a honra do docente não só no meio em que trabalha, mas em toda a sua vida social. Quando o professor é vítima dessa violência pode ficar com transtornos irreversíveis e que jamais serão esquecidos. Muitas vezes, pela vergonha a que o mesmo foi submetido, abandona a sua carreira profissional, deixa de ter uma vida social ativa, quando não comete atos mais graves como suicídio.

A violência física é quando se faz uso da força, ofende diretamente a integridade ou a saúde corporal do agredido, apresenta-se na forma de tapas, empurrões, murros, facadas, tiros ou quando um objeto é lançado contra a vítima. Esse tipo de violência que tem sido muito vivenciada pelos professores não é causada somente por alunos, mas também pelos pais que deveriam dar exemplo para seus filhos. Já existem muitos casos de óbitos causados por alunos e muitas vezes dentro do ambiente escolar, quando a vítima não morre fica com sequelas que o tornam incapaz de trabalhar, gerando a síndrome do pânico, e outras doenças quando o professor não deixa de trabalhar, faz uso de escolta policial para chegar e sair do seu trabalho.

A violência física causa sim danos irreversíveis na maioria das vezes o professor tem que fazer tratamento psicológico para poder voltar à sala de aula, pois o mesmo tem medo de dizer um não, de entregar uma prova com uma nota vermelha, de chamar a atenção do aluno por não saber qual será a reação deste, o que acaba afetando diretamente o desenvolvimento profissional do docente, a transmissão do conhecimento será afetada, pois o medo que ele tem se impor faz com que os alunos não respeitem mais a figura do professor.

Profissionais docentes estão vulneráveis a qualquer tipo de violência no ambiente escolar; seja por parte dos alunos ou dos familiares destes [...] (ROCHA, et.al; 2012 p. 08). E o principal motivo dessa vulnerabilidade é a falta de investimento na segurança do ambiente escolar que deixa o docente exposto a qualquer ato de violência. A falta de policiamento nas mediações da escolas torna o professor um alvo fácil para gangues de ruas, a liberdade que os pais têm com os professores de poder entrar na sala de aula torna-o um alvo fácil para qualquer agressão.

De acordo com reportagem da revista Isto é, para tentar mudar essa realidade das salas de aula o senador Paulo Paim (PT-RS) criou um projeto de lei prevendo medidas protetivas em caso de violência contra os docentes é o PL 191 de 2009, mas esse plano não foi bem aceito pelos congressistas e continua parado, parece que ainda não reconhecem que a violência contra os professores é um problema social.

E o que mais chama a atenção é a impunidade dos agressores. Os professores sofrem a agressão e na maioria das vezes não acontece nada. No entanto, quando agredido, se o professor reagir pode ser afastado temporária ou permanentemente do seu trabalho sem ter direito nenhum. E como na maioria das vezes as agressões são cometidas por adolescentes, o máximo que pode acontecer é o mesmo ser expulso da escola, o que deixa o professor vulnerável a qualquer ação do agressor fora do ambiente escolar, a chamada vingança.

CONCLUSÃO

Neste trabalho foi abordado a temática: “Violência contra o professor no ambiente escolar”. O artigo mostra os principais tipos de violência sofridas pelo professor: violência psicológica, violência verbal, violência virtual e a violência física. Todas elas podem causar danos, e muitos deles irreversíveis, para a vida do professor: danos emocionais, diminuição da auto estima, incapacidade de desenvolver suas atividades, depressão, síndrome do pânico, deficiência física, insegurança, diminuição do desempenho, suicídio, exclusão do meio social, abandono a carreira profissional e até mesmo a homicídios.

Essas violências não são causadas somente por alunos, mas também pelos pais e até pelos próprios colegas de trabalho. A falta de um sistema de segurança e a impunidade dos agressores deixam o professor vulnerável a qualquer tipo de violência, o que é reforçado pelo desinteresse do poder legislativo, talvez porque a violência contra o docente ainda não seja vista como um problema social.

É urgente que se desenvolvam políticas publicas eficazes que motivem o poder legislativo a criar mecanismos que sem desrespeitar as leis, garantam o fim da impunidade dos agressores e medidas de