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O Desafio da Inclusão Escolar para Professores do Ensino Fundamental

Por:   •  18/9/2018  •  2.821 Palavras (12 Páginas)  •  491 Visualizações

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Recusar-se a ensinar crianças e jovens com necessidades especiais sobre a lei n° 7.853/89, que dispõe em seu art. 8° sobre o apoio às pessoas com deficiência e sua integração social. Define como crime recusar, suspender, adiar, cancelar ou extinguir a matrícula de um estudante por causa de sua deficiência, em qualquer curso ou nível de ensino, seja ele público ou privado. A pena para o infrator pode variar de um a cinco anos de prisão, mais multa.

A LDB 1996 em seu art. 59 inciso III prevê que as escolas tenham professores de ensino regular preparados para ajudar alunos com necessidades educativas especiais a se integrarem nas classes comuns. Pois essa legislação prevê que todos os cursos de formação de professores de licenciatura, devem capacitá-los para receber alunos com ou sem necessidades educativas especiais.

Segundo, Prietro (2006) essa autora salienta que o termo alunos com necessidades educacionais especiais, refere-se, portanto as pessoas com deficiência (intelectual, auditiva, visual, física e múltipla).

Nesse sentido o aluno com alguma dessas deficiências citadas acima, tem seu direito garantido, e não deve procurar uma escola especializada. É dever dos professores e escola elaborar atividades que levem em conta suas especificidades e favoreça seu pleno desenvolvimento.

Mas será que de fato os professores de salas regulares encontram-se preparados, para atender alunos com necessidades educativas especiais? Como é na realidade sua prática pedagógica para incluir a todos no processo de ensino e aprendizagem?

Pois incluir não significa necessariamente colocar o aluno numa escola regular, mas sim, uma mudança de postura na forma de perceber e valorizar a diferença humana.

O professor é o mediador desse processo de inclusão para uma aprendizagem significativa e é parte fundamental para a reformulação de um novo projeto que atenda as diferenças de cada um.

Como vimos sobre os avanços legislativos no sentido de promover a inclusão de alunos com necessidades educativas especiais nas escolas regulares, emergem discussões sobre as mudanças requeridas na formação de docentes para o atendimento desta nova demanda. Ainda há dificuldade por parte dos professores por não ter tido uma formação continuada. Segundo (Pletsch 2009 pag. 145) “as professoras apontaram ainda que se sentiam despreparadas para a tarefa pedagógica com esses alunos” e citou diversos autores que vem discutindo esse aspecto (apud BUENO, 1999, 2007, 2008; KASSAR, 2006, 2007, 2008; JESUS, 2006, 2007, 2008; GLAT, 2006; 2008, entre tantos outros). Reafirmando, no entanto o despreparo como sendo os maiores obstáculos no processo de inclusão.

Nesse sentido, analisa-se que ocorreram inúmeros avanços e exigências da parte legislativa da educação inclusiva e não se obteve das políticas educacionais um respaldo e atenção para a formação continuada dos docentes. E esses profissionais se vêem diante de uma total inaptidão, até mesmo com falta de conhecimentos teóricos e práticos para atender estes alunos em sala de aula.

De acordo com Pietro (2006) essa autora salienta que, ainda que o direito de todos à educação seja recente, ainda há muitos professores e profissionais da educação que não têm conhecimento prático e teórico do tema, pois quando eles se formaram não tiveram acesso a tais conhecimentos, destacando a importância da formação continuada, pois tais conhecimentos são essenciais à prática inclusiva.

DESAFIOS NA PRÁTICA INCLUSIVA

A inclusão de crianças e jovens com necessidades especiais nas escolas de ensino regular, desde a educação infantil até o ensino fundamental é crescente e são grandes os desafios para os docentes que atende esses níveis de ensino.

Pois a dificuldade já começa na preparação desses profissionais para acolhê-los em sala de aula, até porque é preciso realizar antes uma formação contínua adaptações infraestruturais curriculares e pedagógicas.

Contudo, se de um lado é crescente as matriculas de alunos com necessidades educativas especiais o docente se vê diante de muitas demandas e exigências que a inclusão social e educacional necessita, para tornar realmente um processo efetivo de acordo com (MANTOAN 2006 pag. 101) “O ensino especial carece de profissionais qualificados para realizar nas escolas comuns e nas instituições de ensino especial o atendimento educacional especializado!”

Portanto, sem realizar devidas mudanças para o atendimento desses alunos, torna-se impossível efetivar uma educação inclusiva plena. Pois a educação básica é um dos fatores de desenvolvimento econômico e social. Para (OMOTE 2004) Essa situação, acaba por favorecer o estigma da dificuldade de aprendizagem do aluno com necessidade educativa especial, é o que infelizmente acontece muitas vezes. O que no geral, associam a dificuldade de aprendizagem desses alunos, tornando-os responsáveis pelo próprio fracasso escolar, e assim acarretando na evasão escolar.

Cada ser humano possui limites, até os ditos como “normais” também possuem, e o que o professor precisa fazer é inovar para o acesso e a permanência desses alunos, ou seja, essa inovação não começa apenas na sala de aula.

Os alunos com deficiência física necessitam de espaços modificados, como rampas, ou elevadores se necessário for, corrimões e banheiros adaptados, utilização do Sistema Braille e piso tátil para os deficientes visuais. Cabe ao professor buscar e conhecer os recursos necessários para facilitar e auxiliar o desempenho de seus alunos, como engrossadores de lápis, apoio para braços, tesouras especiais e quadros magnéticos, esses são alguns exemplos de tecnologia assistivas, para crianças e jovens com dificuldades motoras, ou seja, o grande desafio para os docentes é priorizar uma educação de qualidade para alunos da inclusão, sendo necessário, que levem em conta as necessidades dos seus alunos, como também que tenham total domínio de conteúdo no processo de ensino aprendizagem, sempre criando e adaptando materiais e atividades. O docente precisa acreditar no seu potencial, desse modo, vai realizar seu trabalho da melhor maneira possível, e terá certeza de que é uma tarefa possível de se efetivar, porém impossível de realizar por meios de métodos tradicionais feitos para atender alunos “homogeneizados”.

Diante de tudo não cabe a esses profissionais, esperar só do poder público para que haja melhorias, ou que venham até eles para oferecer cursos de formação continuada, para atender alunos com necessidades educativas especiais , enquanto isso não

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