Educação Especial
Por: SonSolimar • 20/12/2017 • 2.230 Palavras (9 Páginas) • 324 Visualizações
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especiais devem receber atendimento especializado, preferencialmente na escola comum de ensino regular.
Portanto uma escola inclusiva precisa acima de tudo se adequar, oferecer aos seus alunos especiais condições quanto ao espaço físico no que diz respeito à acessibilidade, bem como a organização de salas adaptadas para as mais variadas necessidades especiais. Além do investimento na formação continuada de professores, para que estes tenham condições de desenvolver um trabalho mais especifico com estes alunos.
Sabemos que estes são propósitos bem definidos do que pode ser ou que seria uma escola inclusiva, mais bem sabemos que o sistema educacional brasileiro é problemático e deficiente o que torna este assunto um tanto complexo.
De acordo com Arantes (1996, p. 51), a política educacional brasileira tem deslocado progressivamente para os municípios parte da responsabilidade administrativa, financeira e pedagógica pelo acesso e permanência de alunos com necessidades educacionais especiais, em decorrência do processo de municipalização do ensino fundamental. Nessa perspectiva quem tem a perder é o aluno que tem o seu direito violado, direito este garantido na Constituição Federal de 1988 e na LDB/1996. Apesar de toda e qualquer dificuldade a escola não poderá impedir que a inclusão aconteça, é um compromisso assumido com esse alunado e seus familiares.
Caracterização de pessoas com necessidades educativas especiais:
De acordo com Arantes (1996, p. 61), ao reunir pessoas de diferentes origens socioeconômicas, culturais, religiosas e com características individuais diversas a escola e seus professores têm de planejar atividades favorecedoras da socialização, pensando-a como processo de adaptação de um indivíduo a um grupo social e, em particular, de uma criança à vida em grupo.
Entender, compreender, aceitar e conviver com as diferenças parece ser um desafio para a sociedade atual, principalmente no que diz respeito aos portadores de necessidades educativas especiais. No entanto sabemos que a lei é clara quanto à obrigatoriedade da matrícula de alunos especiais na classe regular. Entretanto apenas receber estas crianças na escola não é o suficiente, pois é necessário dar condições para que estes alunos tenham um ensino de qualidade e suas potencialidades sejam desenvolvidas adequadamente.
Reflexão quanto ao curta metragem “As cores das flores”:
O curta metragem é uma expressão da determinação de um portado de uma necessidade especial, que mesmo com suas limitações vai em busca de seus conhecimentos, enfrentando os obstáculos que a vida lhe impõe, mas com a ajuda de seus pais e professores consegue encontrar uma forma de desenvolver suas atividades na escola.
Ao mesmo tempo o filme nos leva a refletir sobre questões e dificuldades que são rotineiras na vida dessas pessoas e o quanto precisamos voltar nosso olhar para esse tema e tentar de alguma forma realizar a inclusão dessas pessoas à sociedade sem ferir seus direitos.
A música “Ser diferente é normal”:
Esta música é uma mostra clara sobre o tema inclusão, no qual aceitar que existem as diferenças está longe de reconhecer, respeitar, compartilhar e valorizar as pessoas com deficiência. No entanto mostra que o preconceito está cada vez mais presente na sociedade, ainda que os direitos das pessoas portadoras de necessidades especiais estejam garantidos na Constituição Federal de 1988 e na LDB/96.
A música “Ciranda da bailarina”:
Esta musica é uma alusão quanto à perfeição do ser humano quanto à estética de valores, o preconceito e aceitação, a partir dos olhos de uma criança. Mas mostra também que o ser
humano apesar de suas diferenças e imperfeições é um ser único que tem o direito de acertar, errar, ser diferente, sem perder a sua essência.
A formação profissional do futuro pedagogo, que atuará em espaços em espaços educativos inclusivos:
Quanto à formação de professores na ótica da educação especial, já tem muitos meios de capacitar esses profissionais: nas Habilidades dos Cursos de Pedagogia, nas inúmeras especializações que se criam nos cursos de pós-graduação, na formação continuada oferecida pelas redes de ensino como “cursos preparatórios para a inclusão”, no acervo de clínicas e instituições que atendem a alunos e pessoas com deficiência. Trata-se da velha e conhecida formação que é necessária para manter a idéia de que a escola-clínica é a que resolve os problemas das deficiências e, em conseqüência da inclusão escolar.
A formação tradicional em educação especial não se destina a profissionais que terão o compromisso de incluir os excluídos da escola, pois não lhes incute a idéia do especial da educação, que redirecionam objetivos a práticas de ensino, pelo reconhecimento e valorização das diferenças. Porque continua a dividir, separar, a fragmentar o que a escola deve unir e fundir, para se fortalecer e tornar-se justa e democrática, consciente de seus deveres e dos preceitos constitucionais que garantem a todos os cidadãos brasileiros como uma escola sem preconceitos, que não discrimina sobre qualquer pretexto – Art. 3º parágrafo IV do Título I da Constituição Federal de 1988.
Na perspectiva da educação aberta às diferenças e do ensino inclusivo a formação dos professores não acontece pelos mesmos caminhos acima referidos, ela é construída no interior das escolas, continuamente, à medida que os problemas de aprendizagem dos alunos com e sem deficiência aparecem e considerando-se concomitante o ensino ministrado, suas deficiências, inadequações, conservadorismo.
Trata-se de uma nova formação, que busca aprimorar o que o professor já aprendeu em sua formação inicial, ora, fazendo-o tomar consciência de suas limitações, de seus talentos e competências, ora, suplementando esse saber pedagógico com outros, mais específicos, como o sistema braile, as técnicas de comunicação e de mobilidade alternativo-aumentativa, ora aperfeiçoando a sua maneira de ensinar os conteúdos curriculares, ora levando-o a refletir sobre as áreas do conhecimento, as tendências da sociedade contemporânea, ora fazendo-o provar de tudo isso, ao aprender a trabalhar com as tecnologias da educação, com o bilingüismo nas salas de aula para ouvintes e surdos.
Mas tudo isso sendo entendido como um processo de trabalho que é necessário para que a escola acolha a todos os alunos, sem preconceitos e consciência de seus compromissos de formadora e não apenas de
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