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EDUCAÇÃO INTEGRAL HOJE: DESAFIOS E POSSIBILIDADES

Por:   •  29/1/2018  •  5.869 Palavras (24 Páginas)  •  461 Visualizações

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Porém, para tanto, se faz necessário contar com professores capacitados, bem como os outros profissionais da área de educação, assim como estrutura apropriada e uma reestruturação das propostas didático-metodológicas educacionais, pois a de se considerar que escola em tempo integral não esta relacionada a colocar a criança o dia todo dentro de uma sala de aula e sim disponibilizar para a mesma várias atividades as quais ela não possui acesso fora da escola.

Para Pereira (2013), a escola integral evoca aquilo que é completo, inteiro, total e acabado em si, evoca uma ideia que não pode ser resumida ao trabalho realizado nos “bancos escolares” e não se finda ao término do período que compõe a educação básica, vai além, na busca de ampliação de tempos, espaços, sujeitos e situações de educação.

Porém, são muitos os desafios que a educação integral ainda terá que enfrentar para ser uma realidade cotidiana no Brasil, este, é um projeto que exige muita dedicação por parte de todos, para que se possa melhorar o que já existe e abrir novas oportunidades para aqueles não se beneficiam da escola integral.

O presente trabalho busca um maior entendimento a respeito do tema, bem como analisar os prós e contras da escola em tempo integral, avaliando o que pode ser feito e qual é o real objetivo deste projeto que já existe em alguns locais do país.

2.1-Educação e seus conceitos

Muito se fala a respeito de educação, aliás, na atualidade é dos assuntos mais debatidos e incentivados no país. Mas como se chegar a um conceito exato de algo tão amplo e que traz tantos benefícios.

Para Martins (2004), o conceito de educação sofreu influência do nativismo e do empirismo. O primeiro era entendido como o desenvolvimento das potencialidades interiores do homem, cabendo ao educador apenas exterioriza-las, e o segundo era o conhecimento que o homem adquiria através da experiência.

Segundo Hegel (1991) a criança existe como homem, mas ainda de um modo imediato, natural, portanto a educação nada mais é do que a negação deste modo natural, a disciplina que o espírito inflige a si mesmo, para se elevar a partir de sua imediatidade.

E, de acordo com Paulo Freire (2000) a educação tem caráter permanente. Não há seres educados e não educados, estamos todos nos educando. Existem graus de educação, mas estes não são absolutos.

Para Viana (2006) na visão dos pedagogos modernos, o processo educacional não reside apenas nas escolas, pois ela não é a única responsável pela educação. A educação tem uma dimensão maior do que propriamente ensinar e instruir, o que significa dizer que o processo educacional não se esgota com as etapas previstas na legislação.

Como se percebe a educação não tem um conceito definido ou uma fórmula a ser seguida, ela começa em casa com a família, quando a criança ainda é pequena e estes iniciam o processo de passar valores, o próprio ensinar a falar e a caminhar podem ser considerados educação. Não é necessário que se esteja em uma sala de aula para poder dizer que a educação esta sendo realizado, este é um processo de atuação da comunidade em si, para que a criança se desenvolva e faça parte da sociedade.

Desta forma, no pensamento de Viana (2006) a educação, em sentido amplo, representa tudo aquilo que pode ser feito para desenvolver o ser humano e, no sentido estrito, representa a instrução e o desenvolvimento de competências e habilidades.

Vale lembrar que o processo da educação não contempla apenas o intelectual, mas o desenvolvimento físico e moral. O próprio dicionário Aurélio elenca que educação é o “processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral da criança e do ser humano em geral, visando à sua melhor integração individual e social”.

Conforme o entendimento de Carvalho, (2001, p.56):

A escola partilha um espaço que aproxima pessoas de um mesmo lugar. Isso pode se dar tanto no sentido da cooperação, da solidariedade, da responsabilidade pelo que é comum, quanto no sentido oposto, o da acentuação dos conflitos, revelada nas pichações dos muros, nas depredações. O que faz com que estabeleçam vínculos com a experiência que realizamos ali com os outros? Os laços que criamos e que se tornam motivo de agregação. A agregação é o elemento essencial que vai gerar as relações comunitárias, isto é, desenvolver o sentimento de união, de pertencer ao mesmo grupo, no mesmo espaço físico e social.

Há ainda a Constituição Federal que assegura o direito a educação no seu artigo 205 “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.

Percebe-se que esta não se limita apenas ao desenvolvimento intelectual mas sim para toda a evolução que a criança precisa passar até chegar a fase adulta e estar qualificado para trabalhar, englobando aí todos os “tipos” de educação, desde os valores familiares, até o aprendizado da alfabetização, da cultura, do esporte, da cidadania e por fim aquela que o qualifica para o trabalho.

2.2-História da Educação

A educação nasceu juntamente com a civilização, pois era passada de pais para filhos, talvez, não tão organizada como atualmente, mas o conhecimento era transferido de forma oral pela família.

De acordo com Aranha, (1996), a educação era transmitida de geração a geração por meio da oralidade, as sociedades eram conhecidas como tribais essencialmente místicas e de tradição oral. O homem primitivo é guerreiro, e disso decorrem os valores apreciados pela comunidade e que são objeto da educação. As crianças aprendem imitando os gestos dos adultos nas atividades diárias e nas cerimônias dos rituais.

Não podemos deixar de reconhecer que os portugueses trouxeram um padrãode educação próprio da Europa, o que não quer dizer que aspopulações quepor aqui viviam já não possuíam características próprias de se fazereducação. (BELLO, 2001).

A educação nada mais era do que o dia a dia de cada povo que passava de geração para geração, os mais velhos detinham o saber e passavam aos mais novos de maneira a perpetuar sua cultura.

Posteriormente, na fase da educação oriental, do século XXX ao século X antes de Cristo, os povos em que já existiam civilizações desenvolvidas

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