Desafio Profissional Semestre
Por: Juliana2017 • 18/9/2018 • 1.988 Palavras (8 Páginas) • 500 Visualizações
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necessita do conhecimento escolar e passa a buscá-lo. As causas de não ter se alfabetizado na infância podem ser várias, como o fato de ter que trabalhar para sobreviver, não ter acesso a escola no local onde mora e até mesmo a evasão escolar.
É muito gratificante para uma pessoa leiga poder aprender a ler e escrever consciente da necessidade e importância de tal ato para a sua vida, um mundo novo se abre para ela é como se fosse cega e de repente abrisse os olhos e enxergasse coisas que até então não via. Alfabetizar tais pessoas é proporcionar para elas grandes mudanças, uma nova visão para o mundo. Hoje vemos como pressupostos teóricos do método EJA; Paulo Freire, Libâneo Pinto entre outros mais ou menos conhecidos como Carlos Rodrigo Brandão (2008), como Reis em (2011) Soares (2005) todos fortalecendo o compromisso que começou com Paulo Freire.
Devido as suas especificidades essa modalidade de ensino requer um modelo pedagógico próprio, com currículo contextualizado, viabilizando o emprego de metodologias e instrumentos avaliativos adequados. Deve ser considerada e articulada toda experiência de vida com um saber escolar, numa concepção de educação continuada, de modo que os educandos não se sintam pressionados e sim motivados.
A avaliação da aprendizagem se configura como um dos temas mais complexo no campo escolar. Na perspectiva da avaliação formativa deverá ser considerada a avaliação formal (teste/provas, trabalhos, projetos escolares e atividades de casa e outros), temos também avaliação informal ( auto avaliação valores e juízas de encorajamento) e outros formatos que foram definidos nos projetos político pedagógico das escolas. Na educação de jovens e adultos, essa questão torna-se ainda mais complexa por se tratar de uma parcela da população excluída da escola. Voltar a ir à escola para jovens e adultos, é antes de tudo, um desafio, um projeto de vida. A sua eventual passagem pela escola, muitas vezes, foi marcada pela exclusão e ou pelo insucesso escolar. Com um comportamento pedagógico anterior danificado, esse aluno volta á sala de aula revelando uma auto-imagem fragilizada, expressando sentimentos muitas vezes de insegurança. De aflição, de desvalorização pessoal e de fracasso frente aos novos desafios que se impõem. No EJA um modo de desenvolvimento sócio cultural e cognitivo de forma integradora, criativa e espontânea. Sei cada um com sua história e seu passado, tendo em vista uma nova oportunidade de escrever uma nova página em sua vida.
Passo III
Ao caracterizar essa modalidade específica da educação básica, a EJA, nos deparamos com uma pluralidade de sujeitos que dela fazem parte. Cada um com uma história de vida, que a partir de aprendizagens e experiências que eles adquirem ao longo do tempo em diferentes contextos sociais, suas crenças, valores, atitudes e procedimentos vão constituindo processos diferenciados de aprendizados e diferentes formas de acesso ao conhecimento. As regiões brasileiras têm diferentes costumes e isso se reflete nas maneiras das pessoas falarem. Grandes ou pequenos grupos, profissionais, jovens ou crianças constroem uma maneira particular de usar frases e expressões.
Em muitos momentos estes sujeitos se revelam tão semelhantes e ao mesmo tempo tão singulares em suas ações cotidianas. Aplicar e valorizar nas aulas de Língua Portuguesa as variedades Linguísticas, é assumir uma educação problematizadora que leve o aluno a refletir sobre sua realidade social e econômica, saber sobre a adequação vocabular, a diferença da língua falada e escrita e etc.. Trabalhar em sala de aula as variedades linguísticas é parte essencial do fortalecimento de identidades sociais, da formação de cidadania em uma sociedade democrática. É a partir do reconhecimento do valor de suas experiências de vida e visões de mundo que cada aluno jovem ou adulto pode se apropriar das aprendizagens escolares de modo crítico e original na perspectiva de ampliar sua compreensão, seus meios de ação e interação no mundo.
Passo IV
Plano de Aula EJA
Título: Variação Linguística
Objetivo Geral:
Criar situações em que os alunos tenham oportunidade de refletir sobre os textos que lêem, escrevem, falam ou ouvem, intuindo de forma contextualizada coma realidade vivenciada pelo educando, a gramática da língua, as características de cada gênero e texto.
Objetivos:
1. Conscientizar o aluno sobre variações linguísticas, e preconceitos linguísticos.
2. Valorizar a estranheza, a diversidade, e a curiosidade.
3. Despertar, no aluno, o interesse por uma nova forma de compreender a gramática.
4. Mediar à compreensão dos alunos através dos textos;
5. Analisar e entender as diferenças entre a língua falada e a língua escrita.
Conteúdos:
Cópias do texto “O Poeta da Roça” de Patativa do Assaré,
Leitura do poema “língua brasileira” escrito por um intelectual e poeta brasileiro, Oswald de Andrade
Textos, artigos de revista, fotos curiosas, e itens com conteúdo vocabular complicado.
Metodologia:
1- Pedir aos alunos que tragam reportagens de revista ou jornais para trabalharmos sobre variações linguísticas.
2- Como forma de motivação para o estudo do tema "variações linguísticas, o professor levará para a sala cópias do texto "O Poeta da Roça" de Patativa do Assaré, um grande poeta popular nordestino que era analfabeto (sua filha é quem escrevia o que ele ditava), mas sua obra atravessou o oceano e se tornou conhecida mesmo na Europa.
3- Depois de lido o texto acima, os alunos deverão responder às perguntas abaixo:
Vocês acreditam que a forma de falar e de escrever comprometeu a emoção transmitida por essa poesia?
Reescrevam-na em língua padrão.
Definam e dêem exemplos de gírias que são muito utilizadas pelos jovens na atualidade.
Você percebe diferença entre a linguagem dos jovens e dos adultos? E entre a linguagem das meninas e dos meninos. Explique o porquê dessa diferença e comprove
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