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DESENVOLVENDO O GOSTO PELA MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Por:   •  14/3/2018  •  2.879 Palavras (12 Páginas)  •  238 Visualizações

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Ao permitir a manifestação do imaginário infantil, por meio de objetos simbólicos dispostos intencionalmente, a função pedagógica subsidia o desenvolvimento integral da criança.

Não se pode ignorar que a Matemática está presente em muitas das atividades realizadas pelas crianças, por exemplo: montar quebra-cabeças, contar e comparar peças de blocos lógicos, dividir o lanche; distribuir brinquedos e materiais pedagógicos entre os colegas; calcular a distância entre sua posição e um alvo a ser atingido; pensar no trajeto caminhado, etc.

Segundo Vygotsky (1998, p. 13):

Através do brinquedo a criança aprende a agir numa esfera cognitivista, sendo livre para determinar suas próprias ações. O brinquedo estimula a curiosidade e a autoconfiança, proporcionando desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da concentração e da atenção. O uso de jogos e curiosidades no ensino da Matemática tem o objetivo de fazer com que os adolescentes gostem de aprender essa disciplina, mudando a rotina da classe e despertando o interesse do aluno envolvido.

As pesquisas têm demonstrado que, desde muito pequenas, as crianças já elaboram conhecimentos sobre Matemática, fato observado por professores quando as crianças estão brincando, conversando, resolvendo situações-problema que se apresentam no dia-a-dia da escola e que, certamente refletirá em suas vidas futuras, em situações simples como fazer compras, ir ao banco, resolver situações em casa, pagar alguém, receber salário, etc.

Para Salvador (2004, p. 26):

Em relação ao trabalho com crianças da educação infantil, sabe-se que o trabalho com o conteúdo de matemática, vai muito além de aprender números e de contar. O ensino dessa matéria, hoje, tem como objetivo maior, encorajar a criança de modo que ela possa explorar uma enorme variedade de idéias matemáticas, não apenas numéricas, mas também aquelas relacionadas à geometria, medidas de forma que a criança possa conservar sua curiosidade, adquirindo diferentes formas de perceber e compreender o mundo em que vive.

Assim, percebendo a importância do conteúdo, só nos resta procurar a melhor forma de introduzir esse aprendizado no cotidiano escolar do aluno. O importante é que o professor perceba que pode trabalhar a matemática na Educação Infantil sem se preocupar tanto com a representação dos números ou com o registro no papel, pode colocar em contato com a matemática crianças de todas as idades, desde bebês. Podemos pensar a matemática a partir de uma proposta não-escolarizante, que permita à criança criar, explorar e inventar seu próprio modo de expressão e de relação com o mundo. Tudo o que temos que fazer é criar condições para que a matemática seja descoberta, oferecer estímulo e estar atentos às descobertas das crianças.

Caberá à Escola traçar diversos caminhos para a criança trilhar, propondo um conjunto de métodos e ações didáticas, com planejamentos flexíveis e que se adequem aos alunos, respeitando o tempo de aprendizado, as limitações e potencialidades deles, e, também que levem as crianças a desenvolverem noções e conceitos matemáticos.

Para Borin (1996, p.9):

Dentro da situação de jogo, onde é impossível uma atitude passiva e a motivação é grande, notamos que, ao mesmo tempo em que estes alunos falam Matemática, apresentam também um melhor desempenho e atitudes mais positivas frente a seus processos de aprendizagem.

Partindo do princípio que as crianças pensam de maneira diferente dos adultos e de que nosso objetivo não é ensiná-las a jogar, devemos acompanhar a maneira como as crianças jogam, sendo observadores atentos, interferindo para colocar questões interessantes (sem perturbar a dinâmica dos grupos) para, a partir disso, auxiliá-las a construir regras e a pensar de modo que elas entendam. Podemos afirma que ''o jogo aproxima-se da Matemática via desenvolvimento de habilidades de resoluções de problemas''.

O TRABALHO DO PROFESSOR

Desde cedo as crianças devem ser acostumadas a ouvir uma linguagem matemática empregada em diferentes contextos para que possam fazer a sua própria construção de significado na interação com os colegas e adultos do seu meio A professora de educação infantil deve dar à criança oportunidade para observar tudo que a rodeia, contando, comparando, medindo, etc. Dessa iniciação dependerá muito seu interesse pela Matemática no decorrer de sua vida. Devemos então, como educadores incentivar a criança, no seu universo povoado de sentidos, dos seres mágicos, de risos, de travessuras, de imagens, curiosidades e números que irão auxiliar a criança na exploração e compreensão do mundo da matemática.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB n° 9394 de 20/12/1996, estabelece, em seu Artigo n° 29, que a Educação Infantil tem como finalidade “o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade”. Tal afirmação mostra uma nova maneira do professor lidar, ensinar e compreender a criança de hoje que é vista como um ser ativo, competente, agente, produtor de cultura, construtor de seu próprio conhecimento, pleno de possibilidades atuais e não apenas futuras.

Para Moura (1992, p. 76):

A Educação Matemática tem respondido às questões “O que ensinar?”, “Por que ensinar?”, “Como ensinar?”. Seu papel é fornecer ferramentas para a construção do conhecimento futuro. E isto é feito a partir do domínio do conhecimento presente.

Vendo o professor como o objeto de relação entre o aluno e o conhecimento, é importante que ele perceba que pode trabalhar a matemática na Educação Infantil, e o mais importante, sem se preocupar tanto com a representação dos números, continhas, letra bonita ou feia, ou com o registro no papel. Ele pode colocar, sim, todas as crianças em contato com a matemática. E crianças de todas as idades, desde bebês, claro, com a escolha certa de método que permita à criança criar, explorar e inventar seu próprio modo de expressão e de relação com o mundo e estar atentos às descobertas das crianças. Ao professor caberá dar essa oportunidade de criação, de manipulação, de contato com jogos e brinquedos que darão a eles a capacidade de construção do próprio conhecimento.

Para Kami (1991, p. 125):

Educar não se

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