Avaliação Educacional

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A avaliação é a reflexão transformada em ação. Ação, essa, que nos impulsiona a novas reflexões. Reflexão permanentemente do educador sobre sua realidade, e acompanhamento, passo a passo, do educando, na sua trajetória de construção do conhecimento. Um processo interativo, através do qual educando e educadores aprendem sobre si mesmos e sobre a realidade escolar no ato próprio da avaliação. (HOFFMANN, 2002, p.17)

O Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo – SARESP é uma avaliação externa em larga escala da Educação Básica, aplicada a cada ano desde 1996 pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. Sua finalidade é produzir um diagnóstico da situação da escolaridade básica na rede pública de ensino paulista, visando orientar os gestores do ensino no monitoramento das políticas voltadas para a melhoria da qualidade educacional.

Anualmente, o SARESP avalia os alunos do 3º, 5º, 7º e 9º anos do Ensino Fundamental e da 3ª série do Ensino Médio, por meio de provas cognitivas nas áreas de Língua Portuguesa com Redação e Matemática, com alternância entre as disciplinas das áreas de Ciências Humanas e Ciências e Ciências da Natureza. São aplicados também questionários socioeconômicos aos pais e alunos participantes de todas as redes de ensino. As escolas estaduais respondem ainda a questionários de contexto dirigidos aos diretores, professores-coordenadores e professores das disciplinas avaliadas.

O desempenho da unidade escolar no Saresp também é utilizado para o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp). O índice, que é um dos principais indicadores da qualidade do ensino paulista, foi criado em 2007 e estabelece metas que as escolas devem alcançar ano a ano. Por meio do Idesp é calculado o bônus por desempenho pago aos servidores da Educação.( MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2013)

- IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR E ANALISE DOS RESULTADOS

A referente pesquisa deu-se na Escola Estadual Moabe Cury situada a Rua Avelino Alves da Silva, número 101 – Conjunto Residencial Elmano Ferreira Veloso, Dom Pedro I, jurisdicionada a Diretoria Regional de Ensino de São José dos Campos/ SP onde ministra Ensino Fundamental e Ensino Médio, escola criada em 27 de outubro de 1983 pela rede Estadual da cidade de São José dos Campos/SP.

De acordo com a professora dessa escola, a unidade participa de avaliações internas e avaliações externas como o Saresp, que indica o desempenho do aluno, pois, trabalha com habilidades que o aluno desenvolveu e compreendeu na série em que se encontra e também verifica o trabalho do professor.

Os resultados dessas avaliações de acordo com a docente contribuem muito para melhoria da qualidade de ensino e em sua fala coloca que “ajuda a medir” o desempenho dos alunos e de seu trabalho como docente também, pois, para ela a preocupação com a qualidade do ensino é fundamental por que através do Saresp eles conseguem classificar como: Abaixo do Básico, básico, adequado e avançado.

Esses resultados na escola são discutidos nos ATPC ( aula de trabalho pedagógico coletivo) para que todos os educadores tracem estratégias para melhorar o ensino dos alunos e revejam as atividades dadas para contemplar o que ainda não foram assimiladas.

Questionada se teria alguma sugestão quanto às práticas das avaliações externas a professora acredita que são importantes as avaliações para prestação de contas e busca de soluções para o ensino.

- CONCLUSÕES

Por meio da análise bibliográfica e entrevista realizada com a professora, concluímos que a avaliação deve ser utilizada na otimização do trabalho do professor e oferecer uma aprendizagem de qualidade para o aluno. Zabala (1998) alude que a avaliação para “o professor deve favorecer a reflexão contínua sobre sua prática pedagógica, contribuindo para construção de um planejamento que atenda às reais necessidades dos alunos”.

Verifica-se a necessidade de repensar práticas pedagógicas quanto ao modo que os educadores avaliam o progresso de seus alunos, em avaliações internas, e como os mesmo auxiliam os educandos para as avaliações externas que ocorrem nas escolas, pois sem preparo e conhecimento prévio sobre os assunto é muito complexo para o aluno conseguir realizar uma prova, outro fator que precisa ser modificado é a compreensão de como é importante e benéfico esse processo de avaliar, tanto para o aluno como para o professor.

Observa-se uma melhoria no clima de aprendizagem da classe quando os alunos percebem que as provas mais freqüentes são dadas para acompanhar seu progresso na aprendizagem em relação aos trabalhos desenvolvidos em sala de aula e para estimulá-los em suas aprendizagens. [...] Com esta atmosfera, os alunos, usualmente, sentem menos pressão e maior motivação para aprender. (GATTI, 2003, p. 104)

Observada a opinião dos profissionais referente às avaliações externas, nota-se na entrevista que através de avaliações pode-se atingir a qualidade de ensino desejada.

No caso das provas externas como SARESP a professora entrevistada, considera estas provas importantes para a avaliação do ensino, pois através dos resultados é possível verificar as áreas de maior dificuldade dos alunos, e trabalhar de maneira mais efetiva quanto à melhoria do desempenho dos mesmos.

O claro entendimento dos profissionais sobre todos os assuntos referentes ao ensino e seus objetivos se faz necessário, assim como a importância de um bom relacionamento entre os profissionais e a abertura de discussões, para que se possam traçar estratégias visando um único objetivo, sendo este a qualidade do ensino.

Dessa forma acredita-se que atender o aluno, trabalhar com monitoramento, colocar o aluno como sujeito do processo, promover a interatividade, estudos orientados pelo professor, laboratório de trabalho entre outras, são ações que com certeza promoverão a aprendizagem.

8. REFERÊNCIAS

CALDEIRA, A. M. S. Avaliação e processo de ensino-aprendizagem. Presença Pedagógica, Belo Horizonte, v. 3,1997.

CALDEIRA, A. M. S. Avaliação Institucional: UFMG-PAIUB. Belo Horizonte: PROGRAD/UFMG,p. 122-129, 2000 (Cadernos de Avaliação, 3).

DEPRESBITERIS , L. O desafio da avaliação da aprendizagem: do fundamento a uma proposta inovadora. São Paulo: EPU, 1989.

GATTI,