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AVALIAÇÃO EDUCACIONAL, CONCEPÇÕES E PRÁTICAS COTIDIANAS

Por:   •  17/12/2018  •  9.676 Palavras (39 Páginas)  •  297 Visualizações

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3.1 Técnica de pesquisa 29

3.2 Amostragem 30

3.3 Critérios de participação 30

3.5 Instrumento da pesquisa 30

ANÁLISE E DISCUSSÃO DE DADOS 31

CONSIDERAÇÕES FINAIS 38

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 39

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INTRODUÇÃO

Atualmente as avaliações de desempenho escolar, parecem não acompanhar o estado atual das investigações e pesquisas sobre o tema sendo que na sua grande maioria, as avaliações escolares são utilizadas como indicadores de aprovação, reprovação ou para fins de classificação.

Desta forma, a avaliação acaba exercendo um controle sobre o conhecimento na medida em que o aluno estuda para a prova, sem levar em consideração o próprio processo de construção desse conhecimento e em geral as provas são voltadas apenas para o condicionamento juntamente com a memorização e o aluno resume-se em repetir, no momento da prova e em forma de respostas, um conteúdo pré-determinado.

Partindo dos princípios supracitados este estudo tem como objetivo principal investigar o “para quê avaliar” buscando adentrar no real sentido desta questão no âmbito educacional.

A justificativa do tema está em analisar a importância da avaliação escolar e como ela está sendo vista pelo professor atualmente, pois este tema ainda é o centro das atenções em reuniões como ATPC’s[1], reuniões pedagógicas, planejamentos e replanejamentos, orientações técnicas e cursos direcionados à educação. Avaliar para quê?

Percebe-se que poucos utilizam a avaliação pensando na aprendizagem efetiva dos alunos. Segundo Hoffmann (1998, p. 20)... “avaliar é dinamizar oportunidades de ação-reflexão, num acompanhamento permanente do professor, que incitará o aluno a novas questões a partir de respostas formuladas”.

Neste sentido espera-se identificar como o professor em especial, vê o processo de avaliação e de que forma utiliza seus resultados na sala de aula como ferramenta de trabalho para o processo de formação do aluno e para a qualificação do ensino.

Os aportes teóricos utilizados nesta pesquisa foram: Perrenoud (1991), Hoffman (1998), Hadji (2001), Steban (2008), Vasconcellos(1996), entre outros. Como metodologia de pesquisa foi utilizada a questão central discutida aqui que é o “avaliar para quê”. Este estudo utilizou-se de uma entrevista com um professor de cada disciplina na Escola Estadual Dr. Felício Laurito, tendo como principal objetivo verificar como o professor define avaliação e o seu processo e se o seu conceito é alterado após a leitura do texto: Avaliação da Aprendizagem Escolar: O papel da avaliação e sua utilização pelo professor na sala de aula. Rose Carla Mendes Oleques, e o texto: “Avaliação: Indicador de desempenho do aluno ou da Escola?” de Manoel Ambrósio de Souza e Helen Barbosa Raiz Engler.

No capítulo 1 foi realizada uma revisão de literatura sobre a questão da avaliação e seus porquês contando com estudos de Perrenoud 91991, Vasconcellos (1996), Hoffman (1998) e No segundo capítulo colocou-se a questão do Avaliar para quê, abarcando a avaliação como forte aliada ao sucesso escolar. No terceiro capítulo que compõe a metodologia utilizou-se um projeto sobre avaliação realizado durante os ATPCs na escola onde leciono, E.E Dr. Felício Laurito, em Ribeirão Pires, que demonstra a realidade da escola no âmbito da avaliação da aprendizagem.

CAPÍTULO I- A AVALIAÇÃO E SEUS CONCEITOS

Apesar de parecer desgastado e cansativo após tantos estudos, a avaliação continua sendo uma questão polêmica no contexto escolar partindo do pressuposto que a mesma ainda é imperativa quanto ao sucesso e o fracasso escolar.

Na realidade a avaliação deveria ser um momento de coleta de informações, que fornece subsídios para julgar o trabalho pedagógico e tomar decisões a respeito de seus rumos e correções, oportunidade de reflexão por parte do aluno e do professor. Assim a avaliação deixa de ser o final de um processo de ensino-aprendizagem para fazer parte do processo, quando seu propósito é ajudar na compreensão das dificuldades do aluno e na definição de novas ações para saná-las.

O conceito de avaliação se traduz em Perrenoud (1999, p11.):

A avaliação é tradicionalmente associada, na escola, à criação de hierarquias de excelência. Os alunos são comparados e depois classificados em virtude de uma norma de excelência, definida no absoluto ou encarnada pelo professor e pelos melhores alunos.

De acordo com Luckesi (2009, p.95) na prática da aferição do aproveitamento escolar, normalmente os professores seguem três procedimentos sucessivos;

1. Medida do aproveitamento escolar:

O padrão de medida formulada pelo professor quanto ao acerto da questão e os acertos transformados em pontos.

2. Transformação da medida em nota:

Essa transformação dá-se por meio do estabelecimento de uma equivalência simples entre acertos ou pontos e uma escala previamente definida.

3. Transformação da medida em nota ou conceito.

Os resultados são registrados no diário de classe e às vezes é oferecido ao aluno com baixa nota a oportunidade de uma nova aferição.

Esse enfoque seletivo que o professor ainda utiliza deve-se principalmente porque dessa forma foram avaliados e rever este conceito, requer mudança de paradigma incrustado em sua prática do processo ensino-aprendizagem.

Além das mudanças da nova demanda escolar, esta visão de avaliação não condiz com a Progressão continuada que compõe um processo de conhecimento contínuo, ou seja, o resgate da aprendizagem é adquirido diariamente e acumuladamente sem quantificar, mas sim qualificar a construção de conhecimento que o aluno obtém em sua trajetória escolar

Conforme Bain (1988, p.24) apud Perrenoud (1991, p.89)

“A avaliação formativa está, portanto centrada essência, direta e imediatamente sobre a gestão das aprendizagens

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