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AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

Por:   •  16/6/2018  •  5.841 Palavras (24 Páginas)  •  289 Visualizações

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Para Strick e Smith (2001), as dificuldades de aprendizagem referem-se não a um único distúrbio, mas a uma ampla gama de problemas que podem afetar qualquer área do desempenho acadêmico. As dificuldades são definidas como problemas que interferem no domínio de habilidades escolares básicas. As crianças com dificuldades de aprendizagem são crianças suficientemente inteligentes, mas enfrentam muitos obstáculos na escola. São curiosos e querem aprender, mas sua inquietação e incapacidade de prestar atenção tornam difícil explicar qualquer coisa a eles. Essas crianças têm boas intenções, no que se refere a deveres e tarefas de casa, mas no meio do trabalho esquecem as instruções ou os objetivos.

Segundo o “DSM-IV: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais” (1995), desmoralização e baixa auto-estima podem estar associadas às dificuldades de aprendizagem. A criança com dificuldades de aprendizagem muitas vezes é rotulada, sendo chamada de “burra”, “incapaz” ou “retardada”.

Contudo, o que se percebe é que para haver mudança torna-se necessário ir muito além de simples capacitações e especializações de caráter informativo para os professores. Toda a escola deve estar engajada para essa nova etapa, desenvolvendo um projeto político pedagógico que envolva estes alunos, tendo instrumental didático, esclarecimento sobre as necessidades educacionais deles.

O motivo deste estudo foi o pouco conhecimento dos professores, falta de recursos humanos, financeiro, didático e a peregrinação de pais e alunos em busca de respostas para sanar ou amenizar tal problemática. As hipóteses foram: curso de formação com pouca instrução sobre o assunto falta de formação continuada e carência de recursos didáticos.

Dada a relevância do tema, este estudo pretende , tendo como referencial teórico Piaget, J. Bruner, Edward L. Thorndike e B. F. Skinner, David Ausubel, Lev Vygotsky, Henri Wallon e outros autores das abordagens da aprendizagem dentre eles Albert Bandura, Maturana e Varela, Paulo Freire, etc...

Aprofundar o conhecimento sobre as dificuldades na leitura e na matemática, para tanto serão desenvolvidos três capítulos.

No primeiro capitulo apresento as Teorias de Aprendizagem, o que seria Distúrbios e Transtornos as diferenças entre um e outro bem como Conceito e Características de cada um.

No capitulo II os Distúrbios da Aprendizagem abordando cada distúrbio e ou transtorno como a Dislexia, Disortografia, Discalculia, Disgrafia, Dispraxia, Discriminação Auditiva, Percepção Visual, Desordem ou Déficit de Atenção c/ou sem Hiperatividade.

E finalizando com o terceiro e ultimo capitulo procurei refletir sobre a formação e o preparo dos professores para receberem alunos com essas necessidades educacionais especiais. Na seqüência, apresento as considerações finais e por fim são elencados as referencias bibliográficas.

CAPITULO I - TEORIAS DE APRENDIZAGEM

As teorias de aprendizagem buscam reconhecer a dinâmica envolvida nos atos de ensinar e aprender, partindo do reconhecimento da evolução cognitiva do homem, e tentam explicar a relação entre o conhecimento pré-existente e o novo conhecimento. A aprendizagem não seria apenas inteligência e construção de conhecimento, mas, basicamente, identificação pessoal e relação através da interação entre as pessoas.

As teorias de aprendizagem têm em comum o fato de assumirem que indivíduos são agentes ativos na busca e construção de conhecimento, dentro de um contexto significativo.

Epistemologia Genética de Jean Piaget

O conceito de estrutura cognitiva é central para a teoria de Piaget. Estruturas cognitivas são padrões de ação física e mental subjacentes a atos específicos de inteligência e correspondem a estágios do desenvolvimento infantil. Existem quatro estruturas cognitivas primárias - estágios de desenvolvimento - de acordo com Piaget: sensorial-motor, pré-operações, operações concretas e operações formais. No estágio sensorial-motor (0-2 anos), a inteligência assume a forma de ações motoras. A inteligência no período pré-operação (3-7 anos) é de natureza intuitiva. A estrutura cognitiva durante o estágio de operações concretas (8-11 anos) é lógica, mas depende de referências concretas. No estágio final de operações formais (12-15 anos), pensar envolve abstrações.

As estruturas cognitivas mudam através dos processos de adaptação: assimilação e acomodação. A assimilação envolve a interpretação de eventos em termos de estruturas cognitivas existentes, enquanto que a acomodação se refere à mudança da estrutura cognitiva para compreender o meio. O desenvolvimento cognitivo consiste de um esforço constante para se adaptar ao meio em termos de assimilação e acomodação. Nesse sentido, a teoria de Piaget é similar a outras teorias de aprendizagem contrutivistas como as Bruner e Vygotsky.

Embora os estágios de desenvolvimento cognitivo identificados por Piaget estejam associados a faixas de idade, eles variam para cada indivíduo. Além disso, cada estágio tem diversas formas estruturais detalhadas. Basta observar que o período operacional concreto tem mais de quarenta estruturas distintas, cobrindo classificação e relações, relações espaciais, tempo, movimento, oportunidade, número, conservação e medida. Uma análise detalhada similar das funções intelectuais é fornecida por teorias de inteligência, como Guilford, Gardner e Sternberg.

Piaget explorou as implicações de sua teoria em todos os aspectos do desenvolvimento da cognição, inteligência e moral. Muitos dos experimentos de Piaget foram focalizados no desenvolvimento de conceitos matemáticos e lógicos. A teoria foi bastante aplicada no modelo de prática de ensino e de currículo na educação elementar (Bybee & Sund, 1982; Wadsworth, 1978).

O desenvolvimento cognitivo tem como facilitador atividades ou situações que envolvam os aprendizes e que requeiram adaptação destes. Os materiais de aprendizado e atividades devem envolver um nível apropriado de operações motoras ou mentais para uma criança de uma dada idade. É preciso evitar o pedido para que os aprendizes realizem tarefas que estejam além de suas capacidades cognitivas atuais.

Teoria Construtivista (J. Bruner)

Bruner afirma que o aprendizado é um processo ativo, no qual o aprendiz constrói novas idéias ou conceitos, baseado em seus conhecimentos prévios e os que estão sendo estudados,

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