TRABALHO - PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO TEORIA DA APRENDIZAGEM ABORDAGENS PRÁTICAS

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A abordagem Humanista engloba o fato de criações de condições para que os alunos possam ser pessoas com iniciativa, ter responsabilidades. Na escola de Felipe, sua iniciativa é apenas aprender aquilo que o programa oferece, pois não há espaço para conhecimentos e iniciativas fora disso. A autodescoberta e autodeterminação são palavras chaves do comportamento, já que o aluno deve ter total liberdade de se expor a descobertas individuais e determinação pessoal, e na história é visto como errado, a determinação é que não é permitido sair do padrão e para ser um adulto bem sucedido, deve-se apenas seguir essa diretriz.

Na parte escolar, a abordagem Humanista deixa claro que se deve respeitar a criança tal como ela é, e que ofereça condições para ela se desenvolver com autonomia, desta forma, a escola deveria oferecer espaço suficiente para a criança desenvolver seu próprio processo em seu meio. O princípio básico consiste na não interferência no crescimento da criança e sem nenhuma prisão nela mesma.

Na história, a criança relata a sensação que a escola é um ambiente acuador, que tudo é comandado por diretrizes e por procedimento padrão. A criança não tem espaço para se desenvolver sozinha, como, por exemplo, o fato dele querer pintar um elefante de verde ou de rosa, a professora logo o repreende e diz que aquilo é errado, ele não pode ser imaginativo ou criativo, mas se trata apenas de uma criança, e existem formas mais humanistas de fazer o aluno aprender com aquilo que deve ser aprendido, e não de uma forma autoritária. Já a relação professor-aluno na abordagem Humanista, prega que cada professor desenvolve seu próprio método de ensino de forma única, e que esse ensino irá depender do caráter individual do professor com o do aluno, função de facilitação de aprendizagem.

Fazendo a comparação com a escola da história, percebemos que é tudo ao contrário. É dito pela professora mesmo, que o método de ensino é seguir um padrão, é seguir um programa que é igual para todos, isto é, não depende do professor querer ensinar aquilo que os alunos mais se identificam ou o que ele acha mais importante estar sendo ensinado, e sim, seguir o modelo padronizado, sem possibilidade de mudanças para qualquer facilitação ao aluno.

Na história percebemos que existe um bloqueio emocional da criança, desde o inicio que os pais começam a pressioná-la, pondo a escola como o único meio que irá determinar e julgar a capacidade da criança, em virar um adulto inteligente, bem sucedido e não virar um burro como o Pinóquio em sua história.

Essa pressão já determinada, sobrecarrega Felipe, podendo ser observado quando a criança vai dormir e sonha com isso. Quando entra na escola, ele já se depara com um padrão diferente do que ele é acostumado, sendo assim, ele tem que se adequar, caso contrário, não se desenvolverá. Depois de constatado que ele tem dificuldade de atenção e após observar o sentimento dos pais, Felipe se torna rígido consigo mesmo, e mais uma vez, muda para se adequar. A consequência disso é quando ele se forma, vira um adulto bem sucedido, dá alegria para seus pais, mas não existe uma afirmação satisfatória consigo mesmo. Para o comportamento Humanista, nada disso constrói um ser desenvolvido, nenhum destes padrões, visto na obra, justificam este como sendo o melhor método para a aprendizagem.

Fazendo uma reflexão sobre a abordagem Humanista, essa é uma diretriz que não é tão autoritária como outras, mas será essa a melhor para qualquer tipo de aluno ou lugar que ela seria trabalhada? Ela não conseguiria se adequar a qualquer parâmetro, pois em muitos lugares do país, por exemplo, poucos respeitariam esse tipo de escola humanista ou não a encarariam como um ato de aprendizagem, mas sim um lugar onde alunos fariam o que melhor é aceitável para eles. Em contra partida, este é um plano de ensino que para quem entende e a respeita, leva o indivíduo para um caminho com maior satisfação pessoal e com altos valores.

Abordagem Tradicional

A obra “Pinóquio as Avessas” mostra como é o modo de ensino que no caso o menino Felipe tem, ele está em uma escola, onde há varias salas, distintas a determinadas faixas-etárias. Existe um professor para cada disciplina, que segue o conteúdo a ser dado através do que o governo estabelece.

Igualmente como relata Mizukami (1986) sobre a abordagem tradicional, a relação professor-aluno é vertical e o papel do mesmo está intimamente ligado ao conteúdo que já está predominada á sua transmissão, igualmente como na fala da professora de Felipe (pág. 30), “Quem propõe os conhecimentos em fila são pessoas muito inteligentes, são do governo”.

Na abordagem tradicional, o ensino é caracterizado como um produto visto apresentar modelos pré-estabelecidos, sem ênfase no processo; trata-se da transmissão de ideias selecionadas e organizadas logicamente. Nessa abordagem, o ensino esta centrado no docente, sendo, portanto, voltado para o que é externo ao estudante, como o programa, as disciplinas e até mesmo o próprio professor.

A escola nessa concepção é o lugar onde se realiza a educação, onde se restringe um processo de transmissão de informações em sala de aula, essa relação é predominantemente e individual (“aula-frontal” - relação professor x aluno), desse modo, não existe a constituição de grupos para a interação de um aluno para com outros. Desse modo, o ensino aprendizagem ocorre nas situações de sala de aula, onde os educandos são instruídos pelo professor.

Na pedagogia tradicional vemos que “[...] Não se fundamenta implícita ou explicitamente em teorias empiricamente validadas, mas numa pratica educativa e na sua transmissão através dos alunos”. (MIZUKAMI, 1986. P.7).

“A abordagem tradicional é caracterizada pela concepção de educação como produto, já que os modelos a serem alcançados estão pré-estabelecidos, daí a ausência de ênfase no processo”. (MIZUKAMI, 1986, P.11.)

O ensino tradicional é caracterizado por uma forma diretiva, onde o foco é o resultado quantitativo, e está ligada a aprendizagem que o professor irá passar para o aluno.

“A escola é o lugar por excelência onde se realiza a educação, a qual se restringe, em sua maior parte, a um processo de transmissão de informações em sala de aula e funciona como uma agencia sistematizada de uma cultura complexa”. (MIZUKAMI, 1986,P.12)

Assim dizendo, as formas de ensino seguem diretrizes rígidas, passadas de tempos em tempos, com um padrão de ensino coletivo, não individual, onde o aluno persiste